Orientar o desenho das cidades para as pessoas é uma diretriz que vem cada vez mais norteando o desenvolvimento das cidades. Assim, planejadores e autoridades vêm retomando a escala humana e colocando os pedestres em primeiro plano, em detrimento dos automóveis.
Exemplo disso são os projetos realizados em espaços que antes eram dominados por automóveis e que agora estão abertos para pedestres e ciclistas, entre os quais se destacam a pedestrianização da Times Square e a demolição de rodovias.
A dificuldade de se pensar sobre a arquitetura brasileira vem sendo enfrentada continuamente por arquitetos, historiadores, teóricos, críticos e pelos demais profissionais que se detém a analisar reflexivamente as amplas questões relacionadas ao tema. Nesse sentido, o olhar artístico, ao tangenciar e instigar reflexões sobre o assunto, também pode contribuir para os debates em curso sobre a historiografia da arquitetura brasileira. Para tanto, pode-se tomar como exemplo a obra “Transarquitetônica”, proposta pelo artista Henrique Oliveira, em 2014, no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo.
Lina Bo Bardi não apenas fez edifícios; representou o espírito do seu tempo a partir de uma intensa produção cultural. Além de ilustradora, cenógrafa, designer, escritora, curadora e artista visual, ela compreendeu a cultura brasileira, disseminando um espírito moderno que transformou as formas de se entender a arte e a arquitetura no Brasil. Nos seus textos analíticos e críticos prevalece uma visão social. Isso mostra uma característica forte de sua atuação que sempre acreditou na arte popular, não como folclore exótico, mas sim como ação coletiva catalisadora de arranques sociais.
Há, pelo menos, tantas definições de arquitetura quanto há arquitetos ou pessoas que comentam sobre esta prática. Enquanto alguns a abraçam como arte outros defendem a responsabilidade social da arquitetura como seu atributo mais definitivo. Começar uma frase com "Arquitetura é" é um passo ousado em território traiçoeiro. E, no entanto, muitos de nós expressamos - ou pelo menos pensamos - "Arquitetura é ..." enquanto trabalhamos em um projeto importante, ou refletimos sobre por que escolhemos esse caminho profissional.
Na maioria dos dias, a arquitetura é uma prática difícil; Em outros, é maravilhosamente satisfatória. Porém, o mais importante, talvez, é que a arquitetura está inerentemente aberta à possibilidades.
Esta coletânea de declarações ilustra a amplitude do significado da arquitetura; Podemos defini-la de maneira diferente quando se fala entre arquitetos ou ajustar nossas declarações para leigos.
“Transporte não é uma finalidade em si, mas sim um meio que permite às pessoas acesso a qualquer necessidade: emprego, mercados e bens, interação social, educação e uma série de outros serviços que contribuem para vidas saudáveis e plenas.” Essa é a importância que o transporte detém no contexto urbano e é reconhecida pelas Nações Unidas em seu recém-lançado relatório intitulado “Mobilizando o Transporte Sustentável pelo Desenvolvimento”. O documento tem o objetivo de fornecer orientações sobre o transporte sustentável que os países devem seguir até 2030.
De acordo com o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, o setor de transporte ainda não recebe o reconhecimento adequado em relação à contribuição que tem a dar no combate às mudanças climáticas. Para mudar esse entendimento, a organização reuniu uma comissão de 16 especialistas da área para reunir diretrizes que podem auxiliar no cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e do Acordo de Paris.
Como parte de um masterplan ao longo do Rio Chicago, a Torre Beech River é um arranha-céu residencial que, se construído, será a mais alta construção de madeira existente. A equipe por trás do projeto consiste do escritório de arquitetura Perkins + Will, engenheiros da Thornton Tomasetti e a Universidade de Cambridge. Atualmente um empreendimento conceitual acadêmico e profissional, a equipe pontua que ele poderia ser realizado potencialmente nas fases finais de implantação do masterplan.
Abrir um escritório de arquitetura pode partir do amor e interesse de alguém pela disciplina, mas gerenciar um negócio que seja competitivo exige mais do que apenas gostar do trabalho.O BIM pode ser o elemento definidor para que um escritório se destaque na multidão. Uma empresa pode fazer uso do BIM de muitas maneiras para se tornar mais rentável em seus projetos e mais bem sucedida, antes de tudo, na captação desses projetos. Conheça, a seguir, seis formas de tornar sua empresa mais competitiva com o BIM.
https://www.archdaily.com.br/br/800449/6-formas-de-tornar-seu-escritorio-mais-competitivo-com-o-bimAD Editorial Team
https://www.archdaily.com.br/br/800701/sao-miguel-mais-humana-rua-para-todos-intervencao-urbana-temporaria-na-area-40-de-sao-miguel-paulistaITDP Brasil
É difícil compreender e quantificar a importância do design nas nossas vidas. No entanto, quando passamos a estudar e vivenciar peças que nos inspiram e transformam nosso cotidiano, um mobiliário inovador nos traz novas formas de enxergar o mundo, que aprimoram ainda mais o significado de simples conceitos como: beleza, conforto e qualidade.
Iniciamos aqui a série de posts Leituras Essenciais, onde apresentaremos textos notáveis e imprescindíveis que abrangem temas diversos, como a arquitetura contemporânea, urbanismo, arquitetura de interiores e paisagem.
Ornamento e Crime iniciou como uma conferência realizada por Adolf Loos em 1910, em resposta a uma época (o final do século XIX e o início do século XX) e um local (Viena), em que o Art Nouveau era o status quo. Loos utilizou o ensaio como um veículo para explicar seu desprezo aos "ornamentos", em favor de "superfícies lisas e anteriores", em parte porque eles culminavam em objetos e edifícios que se tornariam fora de moda mais cedo e, portanto, obsoletos. Isso - o esforço desperdiçado na concepção e criação de ornamentos supérfluos - era entendido por ele como nada menos que um "crime". As ideias incorporadas neste ensaio foram precursoras do movimento moderno, incluindo práticas que acabariam por ser o núcleo da Bauhaus em Weimar.
A história do bairro Hammarby Sjöstad, em Estocolmo, apresenta muitos contrastes. Se antes esta região era muito poluída pelas indústrias, fato que ocasionou seu esvaziamento, hoje ela é considerada o primeiro bairro sustentável da cidade. Saiba como isso foi possível, a seguir.
Tudo começou nos anos 1990 com a notícia de que Estocolmo poderia se tornar sede dos Jogos Olímpicos de 2004. No entanto, a votação do Comitê Olímpico realizada em 1997 elegeu Atenas como sede, e a capital sueca, que chegou entre as cinco finalistas, deu prosseguimento aos seus planos.
É com bom humor que o arquiteto e urbanista dinamarquês Jan Gehl passa suas ideias sobre como construir um futuro melhor para as cidades. Aos 80 anos, Gehl consolidou os 50 anos de estudos e trabalho sendo um arquiteto “diferente”. Ao sair graduado da Academia Real de Belas Artes da Dinamarca, em 1960, ele se sentia preparado para começar a colocar em prática o que tinha aprendido com a base da escola modernista. Foi ao conhecer a esposa, a psicóloga Ingrid Mundt, que tudo mudou. Eles passaram a organizar reuniões semanais com colegas da sociologia, da psicologia e da arquitetura, até que Gehl chegou a uma simples, mas formidável percepção: o planejamento urbano deve ajudar a criar cidades para as pessoas e a escala humana deve ser a prioridade. Mais do que dar atenção à forma, a arquitetura precisa ajudar a criar o melhor habitat para o Homo sapiens.
O fotógrafo de arquitetura Marc Goodwin realizou recentemente a segunda edição de sua "ultra-maratona de fotos" - em Londres. Na sequência de sua série dos espaços ocupados por escritórios de arquitetura escandinavos (com sede em Oslo, Estocolmo, Copenhague e Helsinki), Goodwin voltou suas lente para alguns dos mais reconhecidos escritórios londrinos, registrados em apenas sete dias. De Zaha Hadid Architects às monumentais instalações de Foster + Partner nas margens do Rio Tamisa, veja, a seguir, os surpreendentes locais que estes arquitetos chamam de "lar".
https://www.archdaily.com.br/br/800008/escritorios-de-arquitetura-londrinos-pelas-lentes-de-marc-goodwinAD Editorial Team
O Instituto de Políticas para o Transporte e Desenvolvimento (ITDP) acaba de publicar o resultado da pesquisa "Pessoas próximo ao trânsito: Melhorando a acessibilidade e cobertura do trânsito rápido nas grandes cidades", que mede a distância a pé que os habitantes devem percorrer para acessar o transporte público (ônibus, metrô, trem etc.).
A medição foi realizada sobre os sistemas de transporte público de 26 cidades de diferentes continentes, a maioria de dimensão metropolitana, sendo sete delas latino-americanas: Cidade do México, Belo Horizonte, Brasília, Buenos Aires, Quito, Rio de Janeiro e São Paulo.
A pesquisa considerou a quantidade de habitantes que vivem dentro de um raio de 1 quilômetro de distância de alguma estação de transporte público.
É provável que muitos leitores tenham ficado impressionados com este GIF que mostra a hora de pico em Copenhague. Mas, conseguem imaginar quantos ciclistas passam por ali?
Segundo dados da Copenhagenize, diariamente transitam por lá aproximadamente 42.600 ciclistas, ou seja, 86% do fluxo nesse cruzamento, que recebe o nome de Søtorvet devido a um edifício homônimo ali localizado, é composto por ciclistas.
Estes números fazem deste o cruzamento cicloviário mais movimentado do mundo e, consequentemente, um dos mais seguros. Saiba o motivo a seguir.
Em um ano marcado pelo Plebiscito pela Paz e o posterior cenário de pós-conflito na Colômbia, hoje a comunidade do bairro Mariscal Sucre em Bogotá se enaltece ante a cidade e o país graças ao mural que integra suas fachadas. Por meio da palavra PAZ, o bairro sobressai de seu contexto informal e marginal, para incluir-se na paisagem urbana composta por morros, por meio dessa obra de arte urbana.
Este é o resultado do trabalho de Outsiders Krew no setor nordeste da capital, nas costas dos morros sobre a Avenida Circunvalar. Em sua segunda visita, os artistas conseguiram estabelecer uma ligação com o bairro vizinho, Chapinero Alto, e com a própria cidade. Sua disposição estratégica formou a palavra PAZ sobre uma rica paleta de cores (verde, violeta, rosa e azul) e a soma de todas as suas fachadas na inclinação significativa da ladeira.
Soldados dos EUA na casa onde nasceu Adolf Hitler em Braunau am Inn (1945)
A humanidade tem uma relação estranha com os elementos mais obscuros de sua história. Enquanto alguns argumentam que devemos consignar nossos maiores erros ao passado para avançar, outros acreditam que ignorar, ou recusar-se a reconhecer, nossas transgressões desonra aqueles que sofreram - e nos deixa vulneráveis a repeti-los. Este debate encontrou uma recente polêmica na Áustria, onde o governo nacional anunciou a sua intenção de demolir uma casa amarela aparentemente insignificante na cidade ribeirinha de Braunau am Inn - uma casa que, apesar de sua fachada despretensiosa, ficou conhecida como local de nascimento de Adolf Hitler.
Talvez com a única exceção das estações ferroviárias, o espaço público é geralmente entendido como espaço ao ar livre. Se nos Estados Unidos ou na Europa, especialmente agora com maior preocupação em relação à segurança, parece haver este modo determinado de privatizar tudo o que está dentro de casa, mesmo apesar de estarmos cada vez mais querendo melhorar o acesso ao espaço público ao ar livre. Mas nos sistemas em camadas de nossas cidades do futuro, precisamos nos concentrar nos espaços públicos encontrados dentro dos edifícios - tornando-os acessíveis.
Qualidade sobre quantidade, assim diz o ditado. Com tantos conceitos flutuando em torno da profissão do arquiteto, pode ser difícil manter-se em dia com todas as ideias que você espera saber. Mas, na arquitetura e em outras áreas, as ideias mais memoráveis são, muitas vezes, as que podem ser condensadas textualmente: "a forma segue a função", "menos é mais", "menos é uma chatice". Embora com pouco mais de três palavras, a seguinte seleção de textos que não demora muito para ser lida, mas proporciona lições duradouras e oferece a você a oportunidade de preencher lacunas em seu conhecimento de forma rápida e eficiente. Cobrindo tudo de Scott Brown a Adolf Loos, o público ao doméstico, e da cor à fenomenologia, veja oito textos em inglês para colocar em sua lista de leitura:
A arquitetura depende de seu tempo. É a cristalização de sua estrutura interna, o lento desdobrar de sua forma. - Ludwig Mies van der Rohe
Em 1951, Mies van der Rohe projetou a Casa Núcleo, um projeto participativo que poderia ser concluído por seus moradores.
Este modelo flexível desafiou certos conceitos arquitetônicos, explorou novas tecnologias industriais e propôs um sistema modular para melhorar a qualidade e a acessibilidade da habitação.
Banheiros coletivos, em que uma fileira de vasos sanitários é instalada no lado oposto a uma fileira de chuveiros, designados a homens ou mulheres, têm sido a regra em instalações educacionais ao longo dos últimos cem anos. Eles envolvem encanamento, exaustão mecânica e custos de instalação previsíveis. As portas encurtadas e as paredes de divisórias permitem o monitoramento passivo dos usuários.
Renunciar a este modelo de casa de banho tradicional é assustador, já que banheiros individuais podem aumentar significativamente os custos com encanamento, ventilação, divisórias, portas e louças adicionais. Esses projetos também exigem mais espaço. Além disso, escolas públicas normalmente têm orçamentos limitados, instalações pré-estabelecidas e práticas sociais profundamente enraizadas.
https://www.archdaily.com.br/br/799840/como-projetar-banheiros-escolares-mais-seguros-confortaveis-e-inclusivosJoAnn Hindmarsh Wilcox and Kurt Haapala
*Texto desenvolvido pelo autor no marco do Fórum Alternativo aoHabitat III, que foi realizado entre 17 e 20 de outubro na cidade de Quito, paralelamente ao Habitat III.
Para aqueles que ainda menosprezam as mudanças climáticas e os impactos que o homem tem gerado no planeta, atitudes enérgicas de grandes países podem emitir um alerta difícil de ignorar. Uma decisão do parlamento alemão pode representar uma mudança de maré para a quantidade de CO2 emitida pelos carros no país.
No mês passado, o Bundestag, o conselho federal dos 16 estados da Alemanha, aprovou uma resolução para banir os carros movidos a gasolina e a diesel até 2030. O país é uma das maiores indústrias automobilísticas do mundo e a maior da Europa. O setor também é um dos mais importantes para o país, tendo 44 milhões de carros registrados em 2013. No entanto, o idealizador da iniciativa é o Vice-Ministro da Economia Rainer Baake. “O fato é que não houve qualquer redução nas emissões de CO2 advindas do transporte desde 1990. Nós não temos ainda a solução para cortar as emissões dos caminhões, mas nós temos respostas para os carros.”
Modelos 3D tradicionais compostos por superfícies nos ajudaram durante muito tempo a visualizar edifícios e espaços, mas eles frequentemente são associados a um custo: são arquivos muito pesados e exigem muito espaço e poder de processamento de dados. Como parte de nossa parceria com a Sketchfab, nossos parceiros mostram apresentam um método mais eficiente e cada vez mais popular de representar espaços arquitetônicos: point clouds [nuvens de pontos]. Este método consiste em um conjunto de pontos localizados em um sistema de coordenadas tridimensional que, quando reunidos, passam a impressão de uma superfície de um objeto ou edifício,
O método é bastante simples. A série de pontos é gerada por um scanner 3D que gira enquanto emite um laser que mede a distância até pontos em superfícies próximas. Esses dados são convertidos em um modelo poligonal que pode ser processado como qualquer outro modelo 3D. No entanto, as vantagens de manter a digitalização em forma de ponto são o que o torna ótimo. Os tamanhos dos arquivos são muito menores e a porosidade das nuvens de pontos torna possível ver através de paredes e superfícies, acessando espaços "ocultos" e visões incomuns de um ambiente aparentemente familiar. Saiba mais, a seguir.