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O modelo de transporte público de Curitiba na contramão das ideias estrangeiras adotadas no Brasil

A cidade de Curitiba, localizada no Estado do Paraná, tem sido reconhecida no cenário internacional como uma das principais referências do planejamento urbano brasileiro, principalmente pelo sucesso de seu modelo de transporte coletivo. Nesse contexto, é interessante percorrer os caminhos que fizeram a capital paranaense conquistar tal reconhecimento. Abordando o processo de difusão de ideias, este ensaio traz à luz diferentes posições de Curitiba na história do urbanismo: ora importadora de ideias, ora exportadora.

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Zoneamento urbano: uma denúncia necessária

O zoneamento é a principal técnica de regulação urbanística adotada no mundo. Ele consiste na divisão do território urbano em um conjunto de zonas, fixando-se para cada uma os usos permitidos e os índices que definem parâmetros para as edificações que poderão ser construídas em cada lote. Em tese, são dois os objetivos buscados pelo zoneamento: evitar incômodos gerados por determinadas utilizações e limitar as densidades de ocupação à capacidade de suporte da infraestrutura existente.

COP27: principais resultados e perspectivas para 2023

A COP27, realizada em Sharm el-Sheikh, no Egito, terminou com um avanço histórico para ajudar os países vulneráveis a lidar com as perdas e danos decorrentes das mudanças climáticas. Por outro lado, as negociações também decepcionaram muitos atores ao não incluir nenhuma nova medida significativa para reduzir as emissões, o que é essencial para manter o aumento da temperatura global abaixo de 1,5°C. Já em relação à adaptação, apesar de alguns aspectos positivos, os avanços também ficaram aquém do esperado.

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Salvando o sudeste asiático: 5 projetos sociais feitos por arquitetos locais

A arquitetura tem sido criticada por ser uma indulgência elitista primária. A maioria dos projetos arquitetônicos é financiada pelos ricos e vista como um meio de trazer beleza ao ambiente circundante. A arquitetura, no entanto, é uma moeda de dois lados com a funcionalidade equilibrando a estética. Com a capacidade de criar estratégias para soluções radicais, os arquitetos encontram-se igualmente na vanguarda da resolução de questões complexas. O contexto do sudeste asiático oferece um grande desafio com vários problemas sociais, dando aos arquitetos a chance de "salvar o mundo" com design humanitário.

O sal pode ser um material de construção? Inovando com painéis de sal cristalizados

O cloreto de sódio, mais conhecido como sal, está em toda parte. Abundante na natureza, seu uso é feito há muito tempo, preservando ecossistemas locais, degelando estradas, sendo vital em uma variedade de processos industriais e temperando nossas comidas. Hoje, lhe é atribuído relativamente pouco valor - considerando que costumava ser tão caro quanto ouro - e, diferentemente de outras alternativas derivadas da natureza, como algas ou micélio, não parece haver pesquisas e interesse suficiente em torno de toda a sua física, propriedades mecânicas ou estéticas. No entanto, trata-se de um material com potencial infinito e extraordinário. Além de suas qualidades de apoio à vida, o sal é acessível, facilmente disponível, antibacteriano, resistente ao fogo, pode armazenar umidade e calor e é ótimo em refletir e difundir luz.

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Sirena: uma homenagem a Lina Bo Bardi no Chile

A Barco galeria, localizada no centro de Santiago, Chile, organizou uma homenagem à arquiteta Lina Bo Bardi. A exposição Sirena, da artista Jessica Briceño com curadoria de Matías Allende Contador e Anton zu Knyphausen, coloca o trabalho disciplinar de Bo Bardi como ponto central de reflexão através de uma instalação imersiva que reúne cinco peças que abstraem seus recursos mais recorrentes. A mostra conta com colaboração da Embaixada do Brasil no Chile.

A galeria ocupa uma sala dentro do Edifício Barco, de Sergio Larraín, uma obra pioneira da arquitetura moderna chilena. Propõe uma prática curatorial dedicada ao debate, pesquisa e desenvolvimento de ideias críticas e inovadoras relacionadas à arte e arquitetura por meio de ciclos expositivos. Suas exposições mais recentes incluem 1972: Ciudades para el centro de Santiago, Solo tendrás piedras e Anaquel de Manufactura Aditiva.

Por que usamos vidro em nossas cercas e muros no Brasil?

Antigamente, em um contexto urbano menos adensado e populoso, as casas e prédios eram construídas com uma relação direta com a rua, não havendo a necessidade de existir muros e cercas frontais. Com o tempo, o tecido urbano foi se transformando e a divisão entre espaços públicos e privados se fez cada vez mais evidente e — sob o argumento da segurança pública — necessária. Apesar dessa divisão acontecer de diferentes formas nas cidades brasileiras, de maneira geral, utiliza-se muros, cercas e grades nas fachadas, criando uma espécie de espaço de transição entre a rua e o edifício e transformando a relação entre o objeto arquitetônico e a rua.

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Os melhores projetos brasileiros de paisagismo de 2022

Criar a paisagem que dialoga com a arquitetura a partir de elementos naturais que podem compor com o espaço. A junção de diferentes texturas, materiais e espécies. Conceber a harmonia entre o tempo da natureza e o da construção. São diversas as frases possíveis para tentar resumir um projeto de paisagismo, que a partir de seus desenhos, referências e conceitos, é fundamental não apenas para trazer mais beleza aos lugares, mas também conforto e qualidade.

Confira a lista completa de estádios da Copa do Mundo FIFA 2026, nos Estados Unidos, México e Canadá

Desde que o Congresso da FIFA de 2018 escolheu os Estados Unidos, o México e o Canadá como sedes da Copa do Mundo de 2026 - oficialmente apresentada como United Bid - os três países norte-americanos vêm trabalhando para entregar a próxima edição do mais prestigiado torneio de futebol do mundo.

A Copa do Mundo de 2026 será a primeira a incluir 48 seleções participantes, em vez de 32. Apesar da confusão em relação ao formato do torneio ainda não confirmado, os três países-sede não precisam construir novos estádios, ao contrário do processo de preparação da Copa do Mundo de 2022 no Catar. Alguns estádios aproveitarão a oportunidade para atualizar suas instalações, incluindo o Estadio Azteca da Cidade do México, o AT&T Stadium de Arlington e o BMO Field de Toronto.

As melhores casas de 2022: mobiliário em destaque

O mobiliário é fundamental para melhorar a qualidade dos interiores de uma residência. A escolha de cada cor, textura e material, aplicados ao design de cada móvel, é fundamental para uma boa composição espacial. Seja pelo conjunto de móveis adotado ou por uma peça colocada de forma isolada a ponto de se tornar protagonista do espaço, cada peça ajuda a conformar os ambientes e a circulação de um projeto.

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As origens dos cemitérios como parques públicos

No século XIX, muitos estadunidenses que viviam em cidades e vilas em ascensão frequentemente se viam passeando pelos caminhos sinuosos de jardins desenhados, parando para descansar à sombra de uma árvore e fazer um piquenique com a família e amigos. As áreas gramadas eram pontilhadas lápides, marcando os locais de sepultamento daqueles que foram enterrados. Embora o conceito de relaxar em um cemitério possa parecer um pouco estranho para algumas pessoas e crenças, muitas vezes era a única opção que as pessoas encontravam para recreação e lazer. Muitos dos parques que temos hoje se originaram da evolução e planejamento de cemitérios.

Ideias para transformar seu quarto com poucos elementos

O dormitório é um dos ambientes mais íntimos de uma casa. É nele onde repousamos e nos refugiamos da nossa rotina para recarregar as energias. Muitos têm o quarto como um santuário, um espaço sagrado de intimidade e cuidado. Para além de uma cama confortável, o dormitório pode ser ambientado com elementos que ajudam no descanso, lazer e refúgio.

Ainda que conforto seja um conceito pessoal, no caso dos dormitórios, existem ideias gerais que podem ajudar a direcionar escolhas para ambientar seu quarto da melhor maneira possível. Para além de grandes aberturas com vistas paradisíacas, é possível compor um dormitório alterando a posição e o tipo da cama, adicionando objetos decorativos ou funcionais, ou ainda incorporando outras atividades como escritório ou sala de tv. Veja a seguir algumas ideias de como transformar e compor seu dormitório.

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Espaços saudáveis: a ascensão da arquitetura para o bem-estar em 2022

O ano de 2022 presenciou um aumento nas buscas por temas como saúde e bem-estar. Dois anos após o início da pandemia de Covid-19, a indústria da arquitetura está mais informada sobre práticas de construção saudáveis ​​e equipada para impulsionar soluções impactantes. O Dia Mundial da Arquitetura 2022 focou na “Arquitetura para o Bem-Estar”, em paralelo com a designação de 2022 como Ano do Design para a Saúde em edifícios e cidades pela UIA (União Internacional de Arquitetos). À medida que um novo ano começa, o ArchDaily explora os "espaços saudáveis" como uma tendência, juntamente com ideias que persistirão no futuro.

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A história e o futuro dos edifícios de estacionamento

Cada carro em circulação precisa de um local para ser colocado — mas os estacionamentos são a resposta? Eles são frequentemente vistos como a antítese do planejamento urbano amigável às pessoas. Grandes caixas cinzas são usadas apenas para guardar carros temporariamente, fazendo um mau uso do espaço, especialmente em cidades onde o custo da terra é elevado. A presença cada vez mais incisiva destes edifícios transformou núcleos urbanos em distritos de estacionamento, alterando drasticamente suas paisagens. Em várias cidades a legislação urbana acaba contribuindo com o problema, exigindo um número mínimo de vagas por região. Estacionamentos estão por toda parte — ao redor de shoppings, torres residenciais e equipamentos esportivos.

A arquitetura pode salvar a terceira dimensão?

Este artigo foi publicado originalmente em Common Edge.

Em Childhood’s End, clássico livro de ficção científica de Arthur C. Clarke de meados do século XX, um personagem questiona se os habitantes achatados que experimentam a tremenda força gravitacional de um planeta distante estão cientes da terceira dimensão. Nos últimos anos, essa hipótese encontrou paralelos em nosso crescente universo digital, onde somos continuamente atraídos para nossas telas planas para confirmar nossa relevância, nos conectar com pessoas que pensam como nós ou criar perfis de namoro. Com lapsos de atenção cativados pelo infinito conteúdo digital, andar na rua tornou-se uma dança delicada de impedir que as pessoas olhem inadvertidamente para seus telefones - aqueles que, lembrando a famosa pergunta de Ada Louise Huxtable, "Chutaram um edifício ultimamente?".

Uma análise interseccional da mobilidade urbana: um direito social

É perceptível a exclusão do gênero feminino da formação do espaço, refletindo um lugar de insegurança e de vulnerabilidade. Neste contexto, a mobilidade urbana, tal qual conhecemos, reproduz as desigualdades de gênero, raça e classe existentes em nossa sociedade. Seja por meio da caminhabilidade ou do transporte público, o fato é que a forma como os deslocamentos são realizados não se adequa às necessidades das mulheres, especialmente aquelas autodeclaradas pretas e pardas e com menor renda. Buscamos aqui, portanto, dar especial atenção para o modo como as noções de interseccionalidade têm operado nessa mobilidade urbana como um direito social para todas e todos.

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Rodovias urbanas: apagar o fogo com gasolina?

A construção de mais rodovias urbanas continua em muitos lugares. Na América Latina, vemos projetos sendo desenvolvidos em Santiago (Américo Vespucio Oriente), Lima (Linha Amarela), Quito (Solución Vial Guayasamín), São Paulo (Rodoanel Mário Covas) e Cidade do México (Segundo Piso a Cuernavaca), apenas para citar alguns.

Na Colômbia, o Governo Nacional anunciou um novo programa para melhorar o acesso às áreas urbanas durante o XVIII Congresso da Câmara Colombiana de Infraestrutura. Nas palavras do presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, “nosso objetivo também é transformar o acesso às cidades. Não vale a pena economizar tempo em viagens interurbanas se esse tempo é perdido em áreas urbanas”.

Vivendo em espaços pequenos: mobiliário e acessibilidade

O canal do Youtube Never Too Small tem 2,25 milhões de inscritos – uma plataforma que apresenta a manipulação imaginativa do espaço em plantas pequenas. Vídeos de microapartamentos, em Paris, Londres e outras cidades alcançam milhões de visualizações. Claramente há uma demanda por conteúdo voltado para a vida em espaços pequenos, já que uma crise imobiliária global acelerou a queda na disponibilidade de residências acessíveis e maiores em áreas urbanas. Para aproveitar ao máximo o espaço limitado dentro dessa realidade restrita, arquitetos têm projetado plantas com menos de 40 metros quadrados visando criar uma experiência espacial não claustrofóbica.

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Tatiana Bilbao projeta sala de degustação de tequila na Art Basel Miami Beach

O escritório mexicano de arquitetura Tatiana Bilbao ESTUDIO divulgou seu projeto para a sala de degustação da Tequilera Casa Dragones. Fundada em 2009 por Bertha González Nieves para criar tequilas saborosas produzidas com o máximo cuidado e experiência, a Casa Dragones se tornou a primeira marca de tequila a ser parceira oficial da Art Basel Miami, evento para o qual Tatiana Bilbao também projetou um espaço em dezembro passado.

A ambiciosa agenda climática da Nigéria e sua fixação com a pegada de carbono

Há alguns meses, o mundo se reuniu em Sharm El Sheik, no Egito, para a cúpula anual sobre mudanças climáticas: a COP27. Como o resto da África, a Nigéria é representada por seu séquito de burocratas, defensores do clima e outros grupos interessados. Desde a última reunião na Escócia (COP26), a Nigéria assinou a Lei de Mudanças Climáticas, estabelecendo uma meta de atingir zero emissões líquidas de gases de efeito estufa entre 2050 e 2070.

Nesse tempo, o país desenvolveu um ambicioso plano de energia que veria a transição dos combustíveis fósseis para as energias renováveis, utilizando a sua vasta reserva de gás natural. O país está na vanguarda da Iniciativa dos Mercados Africanos de Carbono e planeja arrecadar pelo menos US$ 500 milhões com o comércio de créditos de carbono para compensar o carbono emitido.

Há mais de uma maneira de definir o contexto

Finalmente chegou a hora de escrever isso. Durante anos - em reuniões, passeios no campus e conversas informais - falei sobre o Wurster Hall da Universidade da Califórnia em Berkeley, agora Bauer Wurster Hall, incentivando as pessoas a ver e apreciar o significado e a beleza deste edifício. Não foi algo fácil de se fazer.

Bauer Wurster Hall abriga o College of Environmental Design (CED). Originalmente, abrigava os departamentos de arquitetura, paisagismo, planejamento urbano e design. O prédio foi projetado e construído especificamente para o CED, a nova faculdade fundada em 1959 que reuniria esses departamentos pela primeira vez. William Wurster, que originalmente deu nome ao prédio, foi o reitor fundador da faculdade e visionário quanto ao prédio. 

Vi o Wurster Hall pela primeira vez em 1976, quando cheguei a Berkeley para fazer pós-graduação em arquitetura. O prédio, então com pouco mais de uma década, já era considerado um dos mais feios do campus, causando um especial desconforto por ser a sede do Departamento de Arquitetura. Eu não via dessa forma, mas estava muito ocupada nos ateliês e nas salas de aula para prestar atenção no design do edifício. Pelo que me lembro, embora os arquitetos do corpo docente do prédio ainda estivessem presentes, eles não discutiram o prédio conosco. Certamente estávamos cientes do caráter incomum do edifício.

A identidade arquitetônica das sedes de governo

Conhecido como a casa do estado, o palácio presidencial ou uma variedade de outros termos - o edifício que abriga a sede do governo de um país geralmente é bastante impressionante em termos arquitetônicos. Frequentemente opulenta, grandiosa e às vezes imponente, a casa do governo destina-se a funcionar como um marco visual distinto de uma nação - uma extensão da identidade de um país. No continente africano, região que viu uma parte significativa ser colonizada por nações europeias, essa identidade de estado, no sentido arquitetônico, é complexa.

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Construindo calorias: entendendo o valor de viver com as plantas

Em 2013, o ArchDaily publicou o artigo “Podemos parar de desenhar árvores no topo dos arranha-céus?” - e o autor ficou frustrado com o greenwashing desenfreado. Se você quiser fazer parecer sustentável, basta colocar uma árvore nele. As plantas sempre foram uma tática de marketing eficaz de apelo aos ambientalmente conscientes, mas assim que são editadas no Photoshop, são descartadas ao primeiro sopro de engenharia de valor. Dada a volumosa enxurrada de comentários e debates vigorosos após essa publicação (2013, 2016, 2016), fica claro que algo persiste. Talvez um instinto amplamente sentido de que, na verdade, nossas “paisagens” urbanas são insustentáveis e muitas vezes inabitáveis. Nossas cidades não apenas aproveitam os serviços ecossistêmicos de florestas distantes e águas subterrâneas para sustentar nossa produção de carbono, poluição do ar e desperdício de água, esgotando terras aráveis para alimentar nossas populações cada vez mais urbanas, mas também criam áreas urbanas desprovidas de vida que aumentam nossa pegadas de carbono e impactam negativamente a saúde e o bem-estar humanos.

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