Nos últimos anos, os sistemas de compartilhamento de bicicletas experimentaram um renascimento potencializado pela pandemia que ocasionou um duro declínio de outras formas de transporte coletivo. Embora o número de ciclistas tenha parado de subir, uma vez que diversos aspectos da "vida normal" retornaram, muitas pessoas continuam a ver as bicicletas compartilhadas como um meio de transporte viável, atraídas pela facilidade e acessibilidade de ir de um lugar a outro.
Artigos
A expansão do pedal: o compartilhamento de bicicletas está em alta
Morando no limite: casas adaptadas a condições climáticas extremas
Em cada diferente região no globo surgiram construções vernaculares das mais variadas, sejam enterradas no subsolo, dentro de grutas, ou ainda construídas com pedras, madeira e tecidos. A solução desses abrigos se dava a partir dos materiais disponíveis e também das condições climáticas que precisavam ser enfrentadas. A arquitetura surge a partir do desenvolvimento desses abrigos, construídos para proteger as pessoas de predadores e também das intempéries.
As soluções construtivas empregadas há milhares de anos se desenvolveram e ficaram cada vez mais complexas, mas mantiveram essencialmente um objetivo em comum, lidar com o clima da região.
Cabeleireiros e barbearias: exemplos em plantas e cortes
Embora nos últimos anos os cabeleireiros e barbeiros tenham começado a incorporar diferentes atividades - uma hibridização programática quase necessária hoje - seria apenas a variação dos espelhos e cadeiras que define as diferentes experiências nesses estabelecimentos?
A complexidade da tarefa projetual está em propor alternativas para abordar não apenas uma configuração espacial eficiente como também a estética dos interiores - o que não é fácil quando se dispõe de poucos metros quadrados e deve-se seguir algumas exigências quanto aos equipamentos.
Entre os projetos publicados em nosso site, compilamos a seguir dez soluções de salões de cabeleireiros e barbearias, acompanhados de seus desenhos.
Construindo entre espécies: arquitetura como colaboração entre humanos e não humanos
Muito se fala hoje em dia sobre a importância dos processos colaborativos de projeto que envolvem a criação conjunta, afirmando um contexto no qual há cada vez menos espaço para trabalhos individuais e muito mais para a lógica do coletivo, da cocriação. Sendo assim, a ideia da obra criada única e exclusivamente pelo arquiteto já é entendida como uma distorção da realidade complexa que circunda a concepção de um projeto, extrapolando o corpo técnico para agregar também a comunidade e seus usuários.
O que é arquitetura regenerativa? Limites do design sustentável, pensamento sistêmico e o futuro
Um dado muito citado na indústria da arquitetura é que o ambiente construído é responsável por cerca de 40% das emissões globais de carbono. Esse fato preocupante coloca uma imensa responsabilidade sobre os profissionais da construção. A ideia de sustentabilidade na arquitetura surgiu com urgência como uma forma de remediar os danos ambientais. Várias práticas de sustentabilidade não visam mais do que tornar os edifícios “menos ruins”, servindo como medidas inadequadas para a arquitetura atual e do futuro. O problema com a arquitetura sustentável é que ela se resume a "sustentar".
Para manter o estado atual do meio ambiente, a comunidade de arquitetura tem trabalhado para meios de produção mais ecológicos. Convencionalmente, um edifício verde emprega características ativas ou passivas como ferramenta de redução e conservação de recursos. A maioria dos projetos sustentáveis vê os edifícios como um recipiente próprio, em vez de partes integradas de seu ecossistema. Com as necessidades atuais do planeta, essa abordagem não é suficiente. Não basta sustentar o ambiente natural, deve-se também restaurar os processos ambientais.
O direito de caminhar pela cidade: poderia uma mulher ser “flâneuse”?
No início do século XIX, em uma Paris prestes a ter seu tecido medieval rasgado pelos enormes bulevares de Haussmann, a romancista George Sand se vestia como homem para andar pelas ruas. Segundo seus diários, “de calças e botinas podia voar de uma ponta a outra da cidade, qualquer que fosse o clima, a hora e o local”. Ninguém lhe dava atenção, ninguém adivinhava seu disfarce, ninguém a olhava ou criticava, ela era mais um “átomo perdido naquela imensa multidão”. Graças às vestes masculinas, Sand vivenciou incursões destemidas e percursos solitários, como um verdadeiro flâneur. Experiências que, posteriormente, se tornaram fundamentais para a construção de suas narrativas de sucesso.
Precisamos desenhar as cidades em que queremos viver
A ilustração acima é uma imagem famosa do artista Imperial Boy (帝国少年), que trabalha na indústria dos animes. Às vezes eu afirmo que todo o gênero do solarpunk se inspirou nessa imagem. Isso é um exagero, obviamente — algumas pessoas pensaram muito seriamente sobre os princípios de design do solarpunk —, mas a influência e o apelo do design do Imperial Boy são inegáveis. E outras artes solarpunk, embora muitas vezes adoráveis, tendem a não se parecer imediatamente com o tipo de cidades que você gostaria de construir; ou é uma imagem de uma fazenda de alta tecnologia, ou alguma variação de “coloque uma árvore na lateral de cada prédio”.
O que são mudanças sistêmicas e por que importam para o clima
Mudanças sistêmicas. Transformação. Transição profunda. Essas expressões são usadas com tanta frequência que correm o risco de se tornarem palavras da moda, tendo seu real significado ofuscado.
Ainda assim, para conter o aumento da temperatura do planeta, conservar a natureza e construir uma economia mais justa capaz de beneficiar a todos, nós de fato precisaremos de uma mudança profunda em todos os aspectos de nossas economias – e a um ritmo e em uma escala nunca vistos até então.
Qual o custo do tempo perdido no trânsito?
Entre os diversos problemas do uso excessivo de carros nas grandes e médias cidades, sem dúvida os congestionamentos e o tempo perdido no trânsito são os que recebem maior atenção da mídia e da sociedade.
Os motoristas costumam não dar muita bola para outros problemas, ainda que gravíssimos, como as mortes e tragédias no trânsito, a poluição do ar, o estressante ruído produzido pelos veículos motorizados, o espraiamento urbano, que tornam as cidades disfuncionais, caras e distantes, ou os problemas hidrológicos causados pelo excesso de asfalto e concreto destinados aos automóveis. Geralmente, essas questões são ignoradas ou vistas como fatalidades, enquanto o trânsito infernal é visualmente evidente, sendo algo logo percebido como desagradável e a exigir soluções imediatas.
De pivotantes a sem caixilhos: 20 tipos de janelas para arquiteturas
Quando as crianças aprendem a desenhar uma casa, há quatro componentes básicos que ilustram: uma parede, um teto inclinado, uma porta e uma ou mais janelas. Juntamente com os elementos estruturais comuns, janelas sempre foram consideradas características arquitetônicas indispensáveis por suas múltiplas funções. Ao proporcionar vistas, luz do dia e ventilação natural, elas isolam do frio e do calor, protegem de ameaças externas e aumentam a aparência de uma fachada. Também estão associados a um forte valor poético ou simbólico; É através delas que somos capazes de nos conectar e desfrutar do ambiente, seja uma bela paisagem natural ou um ambiente urbano denso. Uma parte expressiva de qualquer edifício, as janelas servem como uma ponte visual entre o interior e o exterior, agindo um pouco como uma fuga revigorante da nossa rotina diária.
Dicas de iluminação artificial para a cozinha: inspirações para aprimorar o ambiente
Com o passar do tempo, a cozinha deixou de ser apenas um espaço de trabalho para também configurar uma área de encontro e lazer. Para muitos, ela se tornou o coração da casa. Sendo assim, conciliar a iluminação necessária para um ambiente que exige cuidado aos detalhes na hora de preparar os pratos, mas também que traga conforto durante uma reunião de amigos e familiares, não é simples.
Usando elementos lúdicos em projetos de interiores
A ludicidade é um conceito muitas vezes atribuído às crianças e pouco se conectada com a vida adulta. Na arquitetura, os projetos dedicados à idade infantil propõem uma combinação de objetos, cores e soluções voltadas a incentivar a imaginação e quebrar a rigidez dos espaços, ao passo que a grande maioria dos projetos convencionais se limitam ao regular e carimbam a sobriedade da vida adulta.
Encontrando um equilíbrio: o dilema das cidades históricas
Sujeitas às forças do capital, populações migratórias e circunstâncias políticas, as cidades estão em constante evolução. Essa evolução contínua é evidente no tecido construído dos assentamentos, à medida que arquitetos e urbanistas constroem sobre camadas já existentes, alguns tendo a árdua tarefa de integrar com sucesso as áreas urbanas históricas com intervenções e sistemas arquitetônicos contemporâneos.
As cidades desta categoria estão frequentemente em conflito interno - muitas vezes tendo que lidar com os objetivos às vezes contraditórios de sustentar as populações locais e acolher investimentos externos e projetos de desenvolvimento nacional.
Pioneirismo no renascimento da arquitetura de terra: Egito, França e Índia
Os esforços arqueológicos destinados a explorar as civilizações do passado revelaram uma semelhança em todo o mundo, uma forma de arquitetura desenvolvida de forma independente em todos os continentes. As evidências mostram que as comunidades neolíticas usavam solos férteis e argila aluvial para construir habitações humildes, criando o primeiro material de construção durável e sólido da humanidade. A arquitetura de terra nasceu muito cedo na história da humanidade, e as técnicas sofreram um declínio gradual à medida que os estilos de vida mudaram, as cidades cresceram e os materiais industrializados floresceram. A arquitetura de terra tem lugar no mundo do século XXI?
Reality show de reforma: fato ou ficção?
Programas e séries televisivas sobre reformas são sedutoras. Sentimentos uma ansiedade em ver aquele lar remodelado de uma forma inimaginável, proporcionando uma reconexão da família com o novo espaço. As lágrimas no final, o apresentador-arquiteto-empreiteiro satisfeito com o resultado, os pisos intactos de madeira, eletrodomésticos brilhantes, banheiras novas prontas para serem estreadas. Não é à toa que esses programas estão ganhando cada mais público e, consequentemente, inspirando muitas transformações nas casas alheias.
Mas, se por um lado, eles fomentam a vontade de mudança nos espectadores, mostrando as infinitas possibilidades ao transformar e melhorar um espaço, por outro, eles podem reproduzir conceitos equivocados sobre a arquitetura, principalmente em relação ao processo de concepção e execução.
Respeitando o envelhecer: painéis de fachada que reagem com o tempo
Para tentar explicar a passagem do tempo, os gregos contavam com dois deuses: Cronos e Kairós. Enquanto o primeiro é representado como impiedoso tal qual um relógio que nunca para, Kairós evocava a um momento adequado ou oportuno para uma ação. Ou seja, enquanto Cronos é quantitativo, Kairós tem uma natureza qualitativa e permanente. De fato, a relação da humanidade com a passagem do tempo nem sempre é amigável.
Com as edificações não é diferente. John Ruskin, em seu seminal The Seven Lamps of Architecture (1849), dizia que somente edificações em ruínas preservariam nossas percepções passadas e, simultaneamente, nos permitiriam enfrentar nosso estado de mortalidade. Nesse sentido, as manchas de tempo e escombros eram testemunhas cruciais para demonstrar o envelhecimento na arquitetura, que, em sua concepção, atingiam uma estética entre o sublime e o pitoresco. Ainda que esta seja uma opinião um tanto contraditória, a ideia de considerar como uma edificação irá perdurar no tempo vem ganhando mais atenção. É sabido que alguns materiais envelhecem melhor que outros: enquanto uma parede branca rebocada rapidamente apresenta trincas e manchas, um muro de pedra parece melhorar com os anos, se fundindo com o seu entorno, por exemplo. O tempo traz matizes novas, conta a história do que passou e dá autenticidade às superfícies.