Brincando com nossa imaginação ao diluir os limites entre céu e mar, as piscinas de borda inifinita têm se tornado cada vez mais recorrentes em projetos de arquitetura. A ilusão de ótica que atrai tantos clientes acontece quando uma ou mais paredes laterais da piscina correspondem exatamente ao nível d'água, iludindo os olhos e fazendo crer que não existem limites físicos contendo o volume. Nesses sistema, a água literalmente transborda, caindo em um reservatório de onde é bombeada novamente à piscina.
A forma como os espaços interiores se compõe é essencial para o bem-estar das pessoas. Durante a pandemia da Covid-19 o assunto ganhou proporções ainda maiores, uma vez que o projeto de um ambiente fechado - além de ser esteticamente agradável - também pode ajudar na prevenção de doenças e influenciar diretamente na forma como nos sentimos.
https://www.archdaily.com.br/br/947981/como-pensar-os-interiores-dicas-sobre-cores-mobiliario-paisagismo-e-tecnologiaEquipe ArchDaily Brasil
Palácio de Versailles. Foto de Jeremy Bezanger, via Unsplash
Localizado próximo a Paris e símbolo do poder dos monarcas franceses absolutistas, o Palácio de Versalhes começou a ser construído entre 1610 e 1643 como residência rural para os períodos de caça do Rei Luís XIII da França. Com o tempo, a residência foi sendo reformada e aperfeiçoada, até que em 1634 tornou-se em um palacete. Sua transformação em um grande palácio de luxo e ostentação da realeza se dá a partir da regência de Luís XIV, conhecido como o Rei Sol.
Modelos sinuosos, curvas acentuadas, formas geometricamente complexas. Quando se aborda o tema da arquitetura paramétrica, essas são, provavelmente, as primeiras imagens que surgem em mente. E não é à toa. Enquanto modo de projetar, a utilização de parâmetros no processo de criação tem possibilitado a criação de formas impressionantes no enlaçamento entre a tecnologia digital e a construção civil.
Cotidianamente nos deparamos com imagens de edifícios históricos que foram recentemente modernizados, ressignificados e trazidos de volta à vida. O contraste entre passado e presente, entre memória e a história viva de um determinado lugar ou edifício e a tensão entre estas duas coisas é algo que muito contribui para com a experiência da arquitetura e do espaço construído. E mais do que isso, a reabilitação de estruturas históricas pode ter um significado ainda mais profundo, principalmente quando tratamos da vida das pessoas que habitam estes lugares. Neste sentido, a arquitetura pode ser vista como um contentor de memórias coletivas compartilhadas, e o seu desenvolvimento, um livro que narra a própria história da humanidade, seus desafios, conquistas e traumas.
Quatro jovens escritórios de arquitetura com sedes na Grécia, Lituânia, Itália e Dinamarca foram escolhidos pela New Generations, uma plataforma que observa o que há de mais inovador dentre os arquitetos europeus, proporcionando um espaço para troca de conhecimento e confronto, teoria e produção. Desde a sua fundação em 2013, a New Generations trouxe a público mais de 300 escritórios promissores de arquitetura, apresentando um cenário diversificado de studios e ateliês dedicados às mais diferentes atividades culturais, promovendo festivais, exposições, chamadas abertas, entrevistas e oficinas.
A escassez de moradias é o catalisador para a especulação arquitetônica sobre cenários de resgate adaptativos ou a valorização de locais subutilizados nas cidades. Ao mesmo tempo, a crise da saúde e seus imperativos de trabalho em casa, trouxeram para o foco o potencial de reutilização adaptativa dos espaços de escritórios em habitações. A probabilidade de que alguns edifícios comerciais permaneçam vazios após a pandemia abre a possibilidade de trazer de volta moradias para os centros das cidades, possibilitando a implementação de uma visão de cidade de 15 minutos. A seguir, discutiremos os desafios e oportunidades de transformar espaços de escritórios em moradias, destacando a viabilidade e o impacto desse fenômeno limitado a longo prazo.
FIRST 500 é uma iniciativa global que documenta as realizações de arquitetas negras e agora a organização lançou um novo site. Servindo como um arquivo digital, o site tem como objetivo aumentar a conscientização sobre as mulheres negras arquitetas e suas realizações, fornecer recursos para estudantes, profissionais e aspirantes a arquitetas e construir uma comunidade para mulheres negras no campo arquitetônico.
Casa Collage / S+PS Architects. Image Cortesia de S+PS Architects
Reformas e adaptações de espaços representam uma parcela significativa de projetos encomendados a escritórios de arquitetura, e o reuso de estruturas preexistentes não é um novidade. Funções e necessidades mudam ao longo do tempo e consequentemente adaptações são necessárias para cumprir novas demandas. No entanto, por mais que a manutenção de um edifício seja, na maioria dos casos, preferível no sentido econômico e ecológico à sua demolição e a uma nova construção desde o princípio, a lógica do reaproveitamento de um espaço não costuma ser extendida às suas partes constituintes que tornam-se, assim, entulho.
Imagine abrigar estranhos no quintal da sua casa. Tempos atrás, a ideia poderia soar absurda, mas a alta do mercado de turismo (antes da pandemia) tornou hospedagens alternativas, como CouchSurfing e AirBnb, soluções bastante requisitadas. Em Seattle, maior cidade de Washington (EUA), um projeto busca voluntários que queiram abrir seus quintais para instalar pequenos abrigos. Diferente dos programas voltados a jovens viajantes, este tem um cunho social: a ideia é que as pessoas possam, de fato, morar em tais espaços.
O chamado Block Project nasceu do arquiteto Rex Hohlbein, após ele mesmo abrir o terreno de sua casa para abrigar um artista sem-teto. Para Hohlbein, a comunidade precisa se envolver se quiser resolver o problema habitacional que afeta as grandes cidades. Seattle está entre as 100 cidades mais caras do mundo para morar e trabalhar, segundo o levantamento global da Mercer de 2021.
A Argentina está localizada no extremo sul e sudoeste da América do Sul e, graças a seu tamanho, tem uma multiplicidade de climas e diferenças na incidência da luz solar. Estas condições levaram muitos arquitetos a recorrer, em suas propostas, aos pergolados para criar espaços de transição entre o lado de dentro e de fora das casas que atendam às necessidades de seus moradores, criando espaços de sombra, encontro e descanso ao ar livre.
Balneário Camboriú. Foto de u/philipjupiter, via Unsplash
Segundo Gerard Peet, em The Origin of The Skyscraper, a primeira vez que a palavra arranha-céu obteve denotação arquitetônica foi no início da década de 1880. Ela apareceu em artigos de jornais como o Chicago Daily, enfatizando a crescente criação de edifícios altos em Nova York.
Judith Dupré, em seu livro sobre a história dos skyscrapers, se refere aos arranha-céus como “divas elevadas”, “ícones da cidade”, “estrelas de cinema”, “símbolos do poder” que comandam a cena urbana de nossas metrópoles.
Ambientes bem projetados são essenciais para reduzir o risco de acidentes e o tempo de resposta em caso de queda. Para arquitetos, o trabalho de criar cidades e casas seguras é essencial, especialmente quando se olha para as tendências demográficas em todo o mundo. Desenvolver um projeto de arquitetura, através de um bom desenho e de uma correta especificação dos produtos, é antes de mais um gesto de carinho e preocupação para com os nossos familiares e concidadãos mais velhos. É essencial fazer as perguntas "Para quem?" e "Que necessidades eles têm?" para que, a partir desse ponto, pensar em como podemos melhorar sua qualidade de vida.
É um convite consciente que leva a arquitetura a ter um papel ativo na sociedade atual, uma mudança positiva que entrega design e qualidade de vida.
Ensaios dos reflexos do acrílico na paisagem projetada do Pavilhão. Esses reflexos podem ser uma forma de resignificarmos imagens já conhecidas. Imagem: produção da autora
Um manifesto, invariavelmente, antevê um trabalho. Ele vem antes, como forma de publicá-lo, transmiti-lo a um maior número de pessoas. Além disso, um manifesto, invariavelmente, pós-vê um manifesto outro. Ele relê um trabalho, para, assim, reescrevê-lo, adequando-o a suas próprias teorias.
Com a crise de toda uma ideologia, o período pós-guerra foi extremamente frutífero para a teoria da arquitetura. Revistas publicavam, com absurda frequência, os mais diversos manifestos. Esses textos são capazes de ilustrar os debates na arquitetura de forma muito mais eficaz que projetos datados do mesmo período. Afinal, como o próprio nome sugere, eram as publicações a principal responsável por tornar públicas as ideias, principalmente porque uma concretização projetual seria impossível. Eram as revistas, portanto, que fomentaram os debates, possibilitando constantes mudanças ideológicas dentro do campo arquitetônico.
O cultivo de alimentos foi um dos grandes eventos históricos que marca a evolução da nossa sociedade. O domínio de técnicas de agricultura foi fundamental para a evolução de uma sociedade nômade para a sedentária. Séculos mais tarde, a produção agrícola se torna uma das principais forças a moldar o território. O fenômeno pode ser visto nas imagens aéreas que selecionamos a seguir.
Muitas das cidades que conhecemos hoje, não apenas foram fundadas a séculos mas cresceram e floresceram devido a uma série de diferentes razões. Alguns dos mais importantes assentamentos humanos e urbanos se desenvolveram devido à sua proximidade com a água, como no o caso de Dar es Salaam, atualmente uma das mais importantes cidades portuárias da África Oriental. Outras famosas capitais do mundo foram planejadas e construídas do zero muito mais recentemente, como no caso do Brasil e também da Nigéria. Existem ainda cidades e até regiões criadas para servir a um determinado setor da economia ou industria, como é o caso do Vale do Silício, no estado americano da Califórnia. Entre a infinidade de distintas razões que podem provocar o surgimento ou o desenvolvimento de uma determinada cidade, existe uma que no entanto, foi capaz não apenas de criá-las da noite para o dia, mas também de destruí-las em um curto espaço de tempo.
O desejo de um bom paisagismo vai além da tendência inata de buscar estar sempre próximo à natureza. Pensar a paisagem dos espaços públicos, jardins ou, até mesmo, entre quatro paredes, é um assunto que cada vez ganha mais importância devido a forma como a disposição de elementos no espaço afeta não apenas a percepção espacial, mas também psicológica, agregando conforto e uma qualidade ainda maior para seus usuários.
https://www.archdaily.com.br/br/947428/paisagismo-desenhos-referencias-e-conceitosEquipe ArchDaily Brasil
A África Subsaariana é um lugar onde coexistem muitas religiões e, consequentemente, um grande número de fiéis. Edifícios icônicos, estandartes de diferentes culturas e crenças, podem ser encontrados espalhados pelos quatro cantos do continente, como a famosa Basílica da Sagrada Família no centro de Nairóbi ou o impressionante Templo Hare Krishna na África do Sul. Seja qual for o credo que estes edifícios representem, o que é evidente é que a arquitetura religiosa hoje constitui uma parte fundamental do tecido urbano das cidades da África Subsaariana. Em muitos casos, estas estruturas simbólicas e representativas operam ainda como um terreno fértil para a experimentação na arquitetura.
No mundo inteiro, os países estão enfrentando uma crise habitacional. As estatísticas das Nações Unidas estimam que o número de pessoas que vivem em moradias abaixo do padrão é de 1,6 bilhão, e 100 milhões de pessoas não tem acesso a uma casa. À medida que os conflitos e as mudanças climáticas forçam os refugiados a se deslocarem para novos países, e os preços das casas continuam a subir, as cidades estão tendo que buscar opções para fornecer moradia segura e acessível para seus habitantes.
A Polônia é um país geograficamente muito diverso, com distintas paisagens e territórios além de uma vasta história e cultura milenar. Suas mais importantes cidades são como um inventário de distintas arquiteturas, do românico ao gótico, passando pelo barroco ao pós-moderno. Além de suas históricas e exuberantes capitais e topografia única, a Polônia conta hoje com dezessete sítios históricos de interesse mundial reconhecidos pela UNESCO. De cidades medievais a reservas naturais, passando por pequenas igrejas de madeira até o impressionante Castelo de Malbork, esta seleta lista de lugares e edifícios históricos e naturais esconde um verdadeiro tesouro desconhecido. Escondida em um pequeno vale ao sul de Cracóvia, encontra-se uma das maiores e mais antigas minas subterrâneas cavadas à mão—a qual foi transformada ao longo dos séculos em um amplo complexo multiuso com tudo aquilo que você é capaz de imaginar (e do que não é capaz também). De um centro de tratamento de saúde, beleza e bem-estar a uma pequena e reclusa igreja enterrada dezenas de metros abaixo do nível do solo, a famosa Mina de Sal de Wieliczka conta ainda com a primeira plataforma subterrânea de bungee jumping do mundo.
Rio Aare, Berna, Suíça. Created by @dailyoverview Source imagery: @maxartechnologies
Tâmisa, Danúbio, Sena, Nilo, Hudson, todos esses nomes nos rementem imediatamente a cidades especificas. Isso porque discorrer sobre a história do urbanismo é também abordar a relação entre a urbe e o rio, já que este é um elemento natural fundamental em torno do qual muitas cidades se formaram. Tal fato se deve, principalmente, ao caráter utilitário dos cursos d’água que, além de delimitar – e consequentemente proteger – as cidades, serviam para o abastecimento hídrico e transporte de matérias-primas e produtos. O rio assumia, portanto, a função de um estruturador urbano, oportunizando atividades nas suas margens e favorecendo o desenvolvimento econômico e social.
Com paredes e tetos distantes, muitas vezes a maneira mais prática de controlar uma fonte de luz é colocá-la na posição exata onde se faz necessária, com uma luminária pendente.
Mesmo a iluminação suspensa pode ser tão simples ou tão complexa quanto os parâmetros do projeto exigem. Das esculturas mais intrincadas de vidro ou peças mecânicas a uma única lâmpada em um cabo, aqui estão sete tipos de luminárias pendentes e os propósitos para os quais são mais adequadas:
As piscinas domésticas se tornaram recorrentes em condomínios e residências, principalmente em lugares onde o calor é predominante na maior parte do ano. Sol, sombra e água fresca pedem por um projeto paisagístico que auxilie na harmonia desse espaço.
Barcelona, Espanha. Foto: Pere Jurado, via Unsplash
A busca por meios de transporte mais eficientes e sustentáveis nos centros urbanos vem ganhando espaço em várias cidades do mundo. Com a pandemia, os benefícios da bicicleta se comprovaram e muitos municípios tem investido em ciclovias e incentivos para que as pessoas continuem pedalando, mesmo com o fim das restrições impostas pela COVID-19.
O uso do transporte público, outra alternativa mais sustentável do que veículos individuais, se torna mais seguro à medida que a vacinação avança. Em Barcelona, para estimular cada vez mais as pessoas a abandonarem seus carros, em especial os antigos, a prefeitura oferece um passe de transporte gratuito válido por três anos para os cidadãos que vendem o veículo antigo.