Romullo Baratto

Romullo Baratto é arquiteto e urbanista, doutor em arquitetura e cinema pela FAU-USP. Project Manager do ArchDaily, também trabalha como fotógrafo de arquitetura. Integrou a equipe curatorial da 11ª Bienal de Arquitetura de São Paulo em 2017. Siga-me no instagram: @romullobf

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"O Brasil é sinônimo de desigualdade": imagens aéreas mostram o abismo socioeconômico em cidades brasileiras

"O Brasil é sinônimo de desigualdade": imagens aéreas mostram o abismo socioeconômico em cidades brasileiras - Image 1 of 4"O Brasil é sinônimo de desigualdade": imagens aéreas mostram o abismo socioeconômico em cidades brasileiras - Image 2 of 4"O Brasil é sinônimo de desigualdade": imagens aéreas mostram o abismo socioeconômico em cidades brasileiras - Image 3 of 4"O Brasil é sinônimo de desigualdade": imagens aéreas mostram o abismo socioeconômico em cidades brasileiras - Image 4 of 4O Brasil é sinônimo de desigualdade: imagens aéreas mostram o abismo socioeconômico em cidades brasileiras - Mais Imagens+ 7

Desigualdade socioeconômia é um termo com o qual a maioria de nós está familiarizado, no entanto, embora sentida na pele por boa parte da população mundial, permanece relativamente abstrata para muita gente. Torná-la visível é a proposta do fotógrafo Johnny Miller que, através do projeto Unequal Scenes, vem registrando territórios de tensão a partir de uma perspectiva bastante esclarecedora: a imagem aérea.

Iniciado na África do Sul, país social e espacialmente marcado pelo apartheid, o projeto foi recentemente trazido ao Brasil para registrar contextos em que pobreza e riqueza extremas coexistem a poucos metros, mostrando que distância não é apenas uma grandeza fisicamente mensurável, mas também pode assumir aspectos mais complexos, profundamente enraizados em nossa sociedade.

6 Filmes que usam visualizações arquitetônicas para contar histórias e criar atmosferas

Representar o mundo real está, sem nenhuma dúvida, na gênese do cinema, uma arte que nasce da fotografia, posta em sequência para oferecer ao espectador a impressão de movimento. Tão verdade, que o primeiro registro fílmico de que se tem notícia, de 1895, mostrava a chegada de um trem à estação de Ciolat, na França – um acontecimento banal no cotidiano das cidades europeias do século XIX. 

Entretanto, por mais que a realidade concreta faça parte do cinema, não se pode negar que o fascínio exercido por esta arte venha, em grande medida, de sua capacidade de criar mundos imaginários, ativar espaços mentais e desencadear emoções. Nesse sentido, o mundo real pode muitas vezes não bastar como combustível, inspiração ou pano de fundo das histórias elaboradas por diretoras e roteiristas, exigindo das equipes de direção de arte e cenografia a criação de realidades outras, imateriais, que sirvam de base para a narrativa. 

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Como impactamos o planeta? Transformações na Terra pela ação humana vistas de cima

Os impactos causados pelo ser humano no planeta Terra passaram e ser tema recorrente, e cada vez mais se fala em um caminho sem volta. Aquecimento global, gases de efeito estufa, exploração dos recursos naturais e produção de resíduos sólidos e atmosféricos são alguns dos assuntos mais urgentes com os quais a comunidade global precisa lidar se desejamos um futuro de qualidade para as próximas gerações. Essas questões são tema e podem ser visualizadas em cores e alta definição no novo livro Overview Timelapse: How We Change the Earth, de Benjamin Grant e Timothy Dougherty, que reúne 250 fotografias feitas por satélite ou drone de regiões em transformação na Terra.

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Gabriela de Matos é eleita Arquiteta do Ano pelo IAB-RJ

A arquiteta Gabriela de Matos, criadora do projeto Arquitetas Negras, foi eleita a Arquiteta do Ano pelo Departamento Rio de Janeiro do Instituto de Arquitetos do Brasil. Junto dela, o IAB-RJ homenageou também a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em evento online realizado esta semana para o anúncio dos selecionados da 58ª Premiação Anual e do 37º Prêmio Arquiteto do Amanhã.

Dedicando-se a explorar o debate racial de forma interseccional ao debate de gênero, de arquitetura e de cidade, Gabriela destacou em seu discurso a importância de reconhecer que "embora o campo da arquitetura e urbanismo seja ainda um campo elitista e racista, é justamente a formação de arquitetas e arquitetos urbanistas que vejam a arquitetura como ferramenta social, que pode contribuir para a diminuição dos abismos e desigualdades presentes em nossa sociedade". 

Explorando a anatomia arquitetônica: entrevista com Corpo Atelier

Fundado por Filipe Paixão em 2014, Corpo Atelier é um estúdio de arquitetura e arte com sede em Faro, Portugal, voltado para a exploração e expansão da anatomia arquitetônica com uma prática baseada na tradição do desenho à mão. Com projetos que englobam reabilitações de estruturas preexistentes, edifícios novos, design de produto, textos e editoração de livros, o ateliê enxerga essa diversidade como algo natural à prática arquitetônica, "processos conceituais que são exatamente os mesmos."

Após o estúdio ter sido selecionado para a lista dos melhores Jovens Escritórios de Arquitetura de 2020 do ArchDaily, tivemos a oportunidades de conversar com Filipe Paixão sobre as abordagens projetuais do ateliê, sua visão interdisciplinar e seu gosto pelo trabalho do artista Gordon Matta-Clark. Leia a entrevista a seguir:

Explorando a anatomia arquitetônica: entrevista com Corpo Atelier - Image 1 of 4Explorando a anatomia arquitetônica: entrevista com Corpo Atelier - Image 2 of 4Explorando a anatomia arquitetônica: entrevista com Corpo Atelier - Image 3 of 4Explorando a anatomia arquitetônica: entrevista com Corpo Atelier - Image 4 of 4Explorando a anatomia arquitetônica: entrevista com Corpo Atelier - Mais Imagens+ 6

"Habitação popular é um exercício de fazer mais com menos": Entrevista com Jirau

No interior de Pernambuco, na cidade de Caruaru – cerca de 130 quilômetros a oeste de Recife – um escritório de arquitetura se destaca por soluções originais para um problema de sempre: habitação de interesse social. Fundado em 2010 e dirigido por Pablo Patriota e Bernado Lopes, o Jirau vem explorando um fazer projetual profundamente ligado aos modos de habitar de sua região, construindo em diversas escalas e tipologias para diferentes programas.

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"Não acredito em fronteiras disciplinares, geográficas ou geracionais": entrevista com Andreia Garcia da Architectural Affairs

Portugal é um país de dimensões singelas, população pouco numerosa, mas um profundo legado no campo da arquitetura, sobretudo a produzida a partir de meados do século XX, que dispensa a necessidade de citar aqueles nomes que se destacaram no contexto do modernismo. Sua produção contemporânea, contudo, também merece atenção – e não apenas pelo virtuosismo com que projetam e constróem estes jovens profissionais do Porto, Lisboa e outras localidades, mas por tensionarem os limites de nosso campo disciplinar, na prática e na teoria.

Um exemplo destes escritórios e coletivos que se situam num território entre campos é a Architectural Affairs, liderada pela arquiteta Andreia Garcia. Fundado no Porto em 2016, o grupo lida com a prática arquitetônica a partir de três dimensões – o projeto, a curadoria e a editoração – e vem sendo reconhecido com diversos prêmios nacionais e internacionais. Dentre seus trabalhos mais recentes, Andreia Garcia e o Architectural Affairs ficaram a cargo da curadoria da Bienal de Arte Contemporânea da Maia’19 e da exposição em homenagem aos 20 anos de carreira de Fernando Guerra, na Roca Lisboa Gallery.

"Não acredito em fronteiras disciplinares, geográficas ou geracionais": entrevista com Andreia Garcia da Architectural Affairs - Image 1 of 4"Não acredito em fronteiras disciplinares, geográficas ou geracionais": entrevista com Andreia Garcia da Architectural Affairs - Image 2 of 4"Não acredito em fronteiras disciplinares, geográficas ou geracionais": entrevista com Andreia Garcia da Architectural Affairs - Image 3 of 4"Não acredito em fronteiras disciplinares, geográficas ou geracionais": entrevista com Andreia Garcia da Architectural Affairs - Image 4 of 4Não acredito em fronteiras disciplinares, geográficas ou geracionais: entrevista com Andreia Garcia da Architectural Affairs - Mais Imagens+ 7

Voma, o primeiro museu de arte totalmente virtual do mundo

Em um ano profundamente marcado pelas relações virtuais, uma temporária supressão dos espaços públicos das cidades e uma profusão de mostras e exposições em meio digital, foi inaugurado o Virtual Online Museum of Art (Voma), primeiro museu de arte totalmente virtual do mundo. Localizado em um contexto tão intangível quanto toda a proposta – pode ser às margens de um lago ou uma enseada, não se sabe ao certo – o edifício virtual tem uma arquitetura peculiar, composta por volumes complexos não muito claros e uma materialidade simulada que faz lembrar concreto pigmentado.

Casas brasileiras: 30 projetos com concreto em planta e corte

O concreto talvez seja o material mais facilmente associado à arquitetura moderna brasileira; de alta resistência à compressão e, quando armado, capaz de assumir variadas formas, sua plasticidade fez com que se tornasse o material favorito de alguns dos mais expressivos arquitetos brasileiros do século passado. 

Hoje, ainda é bastante explorado na arquitetura produzida no Brasil, seja por sua robustez estrutural, facilidade de manutenção ou valor estético. 

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Ginásio do Ibirapuera corre risco de ser transformado em shopping

Centro de discussão nas últimas semanas, o Ginásio do Ibirapuera, projetado pelo arquiteto Ícaro de Castro Mello, corre o risco de ser convertido em "centro comercial, de entretenimento e gastronomia". Este é o possível destino da estrutura de notório valor patrimonial caso a iniciativa privada coloque em marcha os termos do Relatório de Modelagem Econômico Financeira da concessão do Parque Ibirapuera, articulado pelo Governo do Estado de São Paulo.

"A transdisciplinaridade é essencial à arquitetura": entrevista com Vão

Formado por Anna Juni, Enk te Winkel e Gustavo Delonero, Vão é um escritório transdiciplinar de arquitetura fundado em 2013 com sede em São Paulo. Explorando temáticas e escalas tão diversas quanto instalações artísticas e arquiteturas residenciais, passando equipamentos culturais, estabelecimentos comerciais e escritórios, Vão trabalha num território entre campos, buscando diluir, ou tensionar, as fronteiras disciplinares com o intuito de enriquecer a reflexão e a prática arquitetônica.

Tivemos, recentemente, a oportunidades de conversar com os sócios sobre alguns dos temas que estruturam a abordagem do escritório e, também, aprofundar em alguns dos projetos mais conhecidos do grupo. Leia a entrevista a seguir.

"A transdisciplinaridade é essencial à arquitetura": entrevista com Vão - Image 1 of 4"A transdisciplinaridade é essencial à arquitetura": entrevista com Vão - Image 2 of 4"A transdisciplinaridade é essencial à arquitetura": entrevista com Vão - Image 3 of 4"A transdisciplinaridade é essencial à arquitetura": entrevista com Vão - Image 4 of 4A transdisciplinaridade é essencial à arquitetura: entrevista com Vão - Mais Imagens+ 11

Oito edifícios do Plano Piloto recebem o Selo CAU/DF – Arquitetura de Brasília

Dois edifícios do Plano Piloto de Brasília receberam o Selo CAU/DF – Arquitetura de Brasília 2020 e outros seis o receberão nos próximos dias. Lançado em agosto deste ano pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Distrito Federal, o selo tem o objetivo de reconhecer o valor histórico das edificações não monumentais de Brasília e de seus autores, bem como divulgar as boas práticas de conservação e manutenção predial que preservaram a linguagem arquitetônica do movimento moderno.

Oito edifícios do Plano Piloto recebem o Selo CAU/DF – Arquitetura de Brasília - Image 1 of 4Oito edifícios do Plano Piloto recebem o Selo CAU/DF – Arquitetura de Brasília - Image 2 of 4Oito edifícios do Plano Piloto recebem o Selo CAU/DF – Arquitetura de Brasília - Image 3 of 4Oito edifícios do Plano Piloto recebem o Selo CAU/DF – Arquitetura de Brasília - Image 4 of 4Oito edifícios do Plano Piloto recebem o Selo CAU/DF – Arquitetura de Brasília - Mais Imagens+ 4

Educação espacial e o futuro das cidades africanas: uma entrevista com Matri-Archi

Liderado por Khensani de Klerk e Solange Mbanefo, Matri-Archi é um coletivo com sede na Suíça e África do Sul que visa aproximar e empoderar mulheres para a educação espacial e o desenvolvimento das cidades africanas. Por meio da prática projetual, textos, podcasts e outras iniciativas, Matri-Archi — eleito um dos melhores novos escritórios de 2021 pelo ArchDaily — se dedica ao reconhecimento e à capacitação das mulheres no campo espacial e na indústria da arquitetura.

O ArchDaily teve a oportunidade de conversar com as codiretoras do coletivo sobre temas como espaço hegemônico, arquitetura informal, tecnologia, idiossincrasias locais e o futuro das cidades africanas e globais. Acompanhe a entrevista a seguir.

Oito exemplos históricos de habitação coletiva em São Paulo

Oito exemplos históricos de habitação coletiva em São Paulo - Image 1 of 4Oito exemplos históricos de habitação coletiva em São Paulo - Image 2 of 4Oito exemplos históricos de habitação coletiva em São Paulo - Image 3 of 4Oito exemplos históricos de habitação coletiva em São Paulo - Image 4 of 4Oito exemplos históricos de habitação coletiva em São Paulo - Mais Imagens+ 4

A história da habitação coletiva tem sido o tema de interesse do grupo de pesquisa PC3 - Pensamento Crítico e Cidade Contemporânea, da FAUUSP, coordenado pelos professores Leandro Medrano e Luiz Recamán. Através dos Cadernos de Habitação Coletiva – desenvolvidos a partir de um acordo de cooperação entre pesquisadores da FAUUSP e da ETSAM-UPM de Madri – o grupo explora os exemplares mais relevantes deste tipo de programa no Brasil.

Segundo a plataforma do grupo, "o objetivo principal dos Cadernos de Habitação Coletiva tem sido realizar uma base completa de dados organizada por décadas que inclui os edifícios de habitação coletiva brasileiros mais relevantes, tanto projetados quanto construídos." A seguir, reunimos oito experimentos de habitação coletiva construídos em São Paulo entre as décadas de 1930 e 1960, estudados em detalhes nos CHC e disponibilizados em artigos individuais aqui no ArchDaily.

Sesc 24 de Maio receberá a exposição "Infinito Vão: 90 Anos de Arquitetura Brasileira"

Uma das maiores exposições dedicadas à arquitetura brasileira realizadas fora do Brasil, Infinito Vão chega a São Paulo. Idealizada pela Casa da Arquitectura - Centro Português de Arquitectura em 2018, a mostra tem curadoria de Guilherme Wisnik e Fernando Serapião e será inaugurada no dia 25 de novembro no Sesc 24 de Maio.

Sesc 24 de Maio receberá a exposição "Infinito Vão: 90 Anos de Arquitetura Brasileira" - Image 1 of 4Sesc 24 de Maio receberá a exposição "Infinito Vão: 90 Anos de Arquitetura Brasileira" - Image 2 of 4Sesc 24 de Maio receberá a exposição "Infinito Vão: 90 Anos de Arquitetura Brasileira" - Image 3 of 4Sesc 24 de Maio receberá a exposição "Infinito Vão: 90 Anos de Arquitetura Brasileira" - Image 4 of 4Sesc 24 de Maio receberá a exposição Infinito Vão: 90 Anos de Arquitetura Brasileira - Mais Imagens+ 3