Mestrando pela FAUUSP, é arquiteto e urbanista pela UFSC e estudou na Universidade Politécnica de Valência durante a graduação. Colaborador do ArchDaily desde 2012, é editor de conteúdo, comunidade e redes sociais. Profissionalmente, também atua na área de expografia e cenografia.
Com a arquitetura vernacular como inspiração, Kathryn Larsen é uma biodesigner que trabalha com algas marinhas. Ao longo de sua carreira, ela tem feito uma investigação intensiva sobre tal material que há séculos é utilizado ao redor do mundo e já comprovou ter resistência à podridão e ao fogo, ser livre de composições tóxicas, com características de isolamento comparáveis à lã mineral e possuir um enorme aporte sustentável. Sua pesquisa busca trazer tal componente para o desenvolvimento de pré-fabricação e outras tecnologias que permitem a criação de novos revestimentos e outros elementos, tais como mantas isolantes e painéis acústicos.
Durante o último Festival do Design Indaba, tivemos a oportunidade de entrevistar Kathryn. Leia a entrevista e saiba mais sobre seu trabalho abaixo.
Outros corpos, espaços e linguagens, que são invisibilizados ou simplesmente parecem não caber na atual cidade de São Paulo, estão sendo projetados em sua paisagem. "Vozes Contra o Racismo" é uma mostra e proposição que insere novos imaginários para a cidade que está em constante disputa de narrativas. Através do evento, até o dia 24 de agosto, a rua deixará de ser apenas um espaço de trânsito para abrigar também obras de arte, os edifícios se tornarão telas e monumentos serão apagados para servir de suporte a expressões artísticas que apresentam rumos que normalmente são invisibilizados pela história.
A reciclagem de materiais na arquitetura é cada vez mais valorizada a fim de possibilitar a criação de projetos sustentáveis. Certamente os contêineres navais tem sido um dos elementos que ganharam destaque nos últimos anos para a concepção de edifícios privados e públicos que respeitam o meio-ambiente. Além do apelo ecológico, esta escolha pode acontecer pela rapidez e facilidade de montagem, pela opção de um canteiro de obras mais limpo, ou até mesmo pelas diferentes soluções projetuais que este material proporciona. Com seus tamanhos padronizados, torna-se possível a criação de uma estrutura modular que permite infinitas possibilidades de intervenção no material, de modo que ele se adeque a diversos usos.
Galpões, sejam industriais ou rurais, são tipologias facilmente encontradas ao redor do mundo. Alguns desses espaços de abrigo são seculares e provavelmente foram construídos para armazenar produtos ou comportar fábricas. No entanto, através de fenômenos urbanos e novas tecnologias, muitos deixaram de funcionar de acordo com seu uso inicial e passaram a configurar lugares de interesse para diversos empreendimentos que envolvem a readaptação dessas estruturas para atender a novas funções.
Gerson Castelo Branco é um arquiteto autodidata do Piauí. Sua arquitetura é composta por um conjunto de referências e experiências vividas que ele sintetiza como "uma expressão de liberdade", a Paraqueira.
Já passamos da metade de 2020 e, como não poderia ser diferente, foram publicados centenas de projetos residenciais no ArchDaily que abrangem os mais distintos meios de viver o cotidiano. Num ano marcado pela pior crise sanitária que a humanidade passou no último século, a pandemia de Covid-19, a casa ganhou novos significados e valores, reiterando que por mais diverso que seja seu programa, seu fator principal sempre será abrigar os moradores.
O que seria de todo o ambiente construído sem seus usuários? Esta pergunta talvez facilite a compreensão de que a arquitetura e o urbanismo não se sustentam apenas como espaço físico, pelo contrário, ganham significado principalmente através das movimentações e vínculos humanos e não-humanos que - juntos dos traços arquitetônicos ou espontâneos que compõem a paisagem urbana - provocam as sensações que cada indivíduo sente de forma única.
Arquitetos e arquitetas em geral são pessoas que gostam de falar o quanto influenciam comunidades através de seus desenhos e estão corretos ao dizer isso. Afinal, os espaços junto de diversos fatores sociais influenciam o modo como cada indivíduo se sente ao ocupar a cidade ou um edifício. Mas esses projetos respondem a todos os usuários da mesma maneira? Nos propomos a questionar o modo como a arquitetura lida com a comunidade LGBTQIA+ através de uma chamada aberta em nossos canais das redes sociais, trazendo o depoimento de nossos leitores sobre como eles vivem estes espaços e como seria possível representar, também, a própria comunidade LGBTQIA+ no campo arquitetônico.
Provavelmente o fator mais limitador de um projeto é o orçamento. Um baixo orçamento demanda muito mais da inventividade do arquiteto para garantir a qualidade de sua obra. Como a maioria das construções possuem um investimento financeiro menor do que os arquitetos gostariam, achamos fundamental buscar alguns exemplos onde os projetos se destacaram por sua inventividade e conseguiram tirar partido deste "problema" para criar soluções de qualidade.
A tecnologia BIM (Building Information Modeling) permite organizar de maneira estruturada e disciplinada o processo projetual ao manter num mesmo arquivo desenho, modelo e documentação de cada projeto. Seja através do ArchiCAD ou Revit, cada vez mais os escritórios migram para este tipo de ferramenta pelo auxílio que elas prestam aos arquitetos. Aqui, selecionamos dez obras, de distintas escalas, que foram realizadas através de softwares BIM.
Hoje se celebra o Dia Mundial da Bicicleta devido aos vários benefícios sociais, econômicos e ambientais que o uso deste meio de transporte e lazer oferece. Ao aprovar a comemoração deste dia, a ONU reconhece a contribuição do ciclismo dentro dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, incluindo a construção de cidades e comunidades mais sustentáveis. Tal pensamento ganha ainda mais força durante e pós pandemia, e ao pensar formas saudáveis de se locomover pela cidade, a mobilidade ativa se destaca entre as alternativas possíveis e exequíveis em curto prazo, e ela não diz apenas sobre ciclovias, mas sobre abraçar o cidadão num todo.
O uso de materiais pré-fabricados torna a obra mais sustentável, barata e eficiente. Para isso, o projeto deve definir o processo e etapas de construção, respeitando a solução arquitetônica e integrando toda a estrutura com as instalações do edifício. Logo, a obra é realizada em curto prazo, o custo da mão de obra e manutenção é reduzido, assim como o desperdício de materiais.
Selecionamos dez projetos que adotam materiais pré-fabricados e demonstram os benefícios desta escolha aliados à uma criativa estratégia projetual. Veja todos, a seguir.
Enquanto o MASP está fechado, de acordo com as instruções da Organização Mundial da Saúde, é possível matar a saudade do acervo do museu através do Google Arts & Culture ou através de sua programação #maspemcasa.
Há 50 anos atrás Clarice Lispector já apontava o quão difícil era desvendar Brasília: "os dois arquitetos não pensaram em construir beleza, seria fácil; eles ergueram o espanto deles, e deixaram o espanto inexplicado". Hoje, a capital federal completa 60 anos e continua intrigante para estudiosos, curiosos e qualquer pessoa que se permita tentar conhecê-la melhor. A fim de compreender parte do cotidiano que ali existe convidamos seis profissionais - de diferentes lugares do campo da arquitetura e do urbanismo -, que habitam a cidade, para compartilhar conosco suas visões e trazer mais algumas camadas que ajudam a construir uma interpretação sobre a utopia e realidade que Brasília representa atualmente.
A Netflix não serve apenas para procrastinação ou lazer, também pode ser uma ferramenta de aprendizagem quando o tema é Arquitetura e Urbanismo. Por isso, atualizamos nossa lista de dicas - entre séries e documentários - que tenha alguma relação com a profissão e possam, além de divertir, ampliar o seu conhecimento. Alguns títulos da lista anterior não estão mais em cartaz, mas agora são pelo menos dez produções de interesse para o público que gosta de se inspirar através deste canal de streaming.
A arquitetura nos inspira diariamente e não seria diferente com os músicos. Buscamos por músicas que retratam as influências que a arquitetura e o urbanismo - e até mesmo o próprio arquiteto - trouxeram para os músicos. Na seleção é possível se deparar com David Bowie cantando sobre Philip Johnson e Richard Rogers, Laurie Anderson citando falas de Buckminster Fuller, Tom Zé narrando o duelo entre dois edifícios ícones de São Paulo, a perspectiva do maracatu atômico sobre o entorno urbano e até mesmo os Beatles não muito confortáveis ao visitar um apartamento.
Conheça a lista completa de músicas sobre arquitetura, a seguir.
Projetar em pequenas áreas é um desafio que parece estar cada vez mais presente no ofício arquitetônico, visto o aumento das densidades urbanas e os espaços cada vez menores dedicados às residências. Para os arquitetos portugueses, lidar com a pequena escala e seus pormenores é algo já estabelecido no pensamento projetual, visto o modo como transformam as plantas compartimentadas de edifícios seculares através de reabilitações e reformas que proporcionam uma atmosfera contemporânea e funcional aos seus habitantes. Nesta ocasião, reunimos dez projetos, através de fotografias e plantas, como alguns poucos exemplos deste talento português.
Yvonne Farrell e Shelley McNamara, co-fundadores da Grafton Architects, receberam ontem o Prêmio Pritzker 2020. As primeiras mulheres a serem reconhecidas conjuntamente pela premiação, receberam também a Royal Gold Medal 2020 do RIBA.