A tradição da arquitetura moderna atesta que a cobertura dos edifícios é passível de utilização, e área tão nobre quanto os ambientes internos. Afinal, o terraço jardim é um dos cinco pontos da nova arquitetura segundo Le Corbusier. Apesar de o terraço jardim ser um dos pontos “obrigatórios” da arquitetura moderna, a cobertura útil precede (e muito) o arquiteto porta-voz do Modernismo. Diferentes usos foram dados em diferentes épocas às coberturas planas: desde mirantes para estudos astronômicos ancestrais até áreas de cultivo mais contemporâneas, passando pela burocrática acomodação de instalações elétricas e sanitárias. A cobertura de um edifício oferece área livre e exposição direta ao céu, portanto, em situações citadinas adensadas, aproveitar-se desse espaço como área de lazer faz bastante sentido.
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Do churrasco à contemplação: casas brasileiras com lajes úteis
Como aproveitar o pé-direito duplo na arquitetura residencial? Veja diferentes exemplos
Muito comum em museus e galpões industriais, devido à escala dos objetos que devem abrigar, o pé-direito duplo oferece uma série de vantagens estéticas e funcionais. No caso de programas residenciais, não é diferente. Nestes projetos, está normalmente associado às áreas sociais ou próximo às escadas, conformando um ambiente que pode brindar diversos benefícios de acordo com seu desenho, o tornando mais espaçoso, iluminado e impressionante pela altura diferenciada. Por isso, apresentamos alguns exemplos sobre como melhor aproveitar o pé-direito duplo em sua casa.
Nicho para banheiro e outras dicas para otimizar o espaço e estética deste ambiente
Projetar um banheiro exige um grande cuidado com os detalhes para que ele se mantenha bonito e organizado. A quantidade de produtos de higiene e cuidados de saúde, normalmente guardados nesse ambiente, exigem não apenas armários funcionais, mas também outras estratégias. Cada vez mais vemos a solução do nicho sendo utilizada para criar um recuo na parede que permite otimizar o espaço disponível e, de brinde, tornar o ambiente mais esteticamente agradável. Por isso, aqui trazemos alguns exemplos de nichos de banheiro e dicas para sua instalação, assim como outros exemplos que vão além das tradicionais saboneteiras.
Refrigeração e eficiência energética: uma nova era nos projetos de edificações
O mundo acaba de vivenciar os meses mais quentes já registrados, e as perspectivas não são otimistas. O aumento das temperaturas está provocando uma demanda crescente por sistemas de refrigeração, colocando em risco a possibilidade de desencadear um ciclo vicioso de aumento no consumo de eletricidade e emissões de carbono. Em um cenário onde o planeta enfrenta uma crise climática e um rítimo de urbanização sem precedentes, a interseção entre a eficiência energética dos edifícios e as tecnologias de refrigeração nunca foi tão crucial.
Entre função e estética: incorporando luz natural e ventilação nas fachadas
O conforto ambiental é um dos quesitos que contribui para o bom desempenho da arquitetura. Nos memoriais descritivos de projeto, frequentemente a incidência de iluminação e ventilação naturais são pontuadas como características vantajosas que agregam à estética e ao funcionamento do programa. De certa maneira, o conforto ambiental é parte da função do edifício, não está necessariamente ligada à atividade que ocorre no interior da construção, mas definitivamente tem parte no desenrolar dela.
A inteligência artificial correlaciona a materialidade com a arquitetura contemporânea? Um experimento com seis materiais de construção
À medida que a inteligência artificial (IA) se torna mais acessível, testemunhamos exemplos que ilustram suas diversas aplicações. Destacam-se entre eles as ferramentas generativas, que se destacam em sua capacidade de "criar" imagens por meio de estímulos, ou prompts, muitas das quais se distinguem por sua composição e vivacidade. Esses sistemas de IA são redes neurais com bilhões de parâmetros, treinadas para criar imagens a partir de linguagem natural, usando um conjunto de dados de pares texto-imagem. Assim, embora a pergunta inicial feita por Turing na década de 1950, "As máquinas podem pensar?", ainda persista hoje, a geração de imagens e texto está fundamentada em informações existentes, limitando suas capacidades.
O que surpreendeu muitos é a proximidade cada vez mais aparente de superar o teste de Turing e a crescente semelhança, em termos de visualizações, com o que um arquiteto com habilidades nessa área pode alcançar. Enquanto o debate persiste na comunidade arquitetônica sobre se a IA pode processar conceitos arquitetônicos, este artigo explora como ela interpreta materiais para desenvolver essas representações visuais. Com isso em mente, um único estímulo foi desenvolvido para este experimento (com a materialidade como variável) para aprofundar nos resultados obtidos.
Casas brasileiras com "salas-varanda": quando o estar se estende do interior para o exterior
Seja para se aproximar da natureza, melhorar qualidades de conforto ou para fins estéticos, a integração entre interior e exterior é quase sempre buscada nos projetos arquitetônicos residenciais. Ao olhar para os espaços de estar, esse diálogo entre ambientes abertos e fechados ganham ainda mais motivos. Afinal, ele torna os usos da sala mais flexíveis e sugere diversas formas de ocupá-las, independente da quantidade de pessoas ou da época do ano.
Precisamos repensar os cursos de arquitetura
Desde que os primeiros cursos de arquitetura foram criados no final do século XIX, poucas mudanças foram feitas em suas matrizes curriculares. A maioria dos cursos do mundo todo é focado em uma universidade neoliberal, cada vez mais projetada e definida pela produção de sucesso implacável e pelos moldes da indústria da construção.
Pouco se discute sobre o erro e a falha e a produção projetual é ainda extremamente voltada para formar star architects (arquitetos estrela) – termo usado para descrever arquitetos cuja celebridade e aclamação da crítica os transformaram em ídolos do mundo da arquitetura, criadores de grandes projetos e masterplans.
Pátios: o coração das casas indianas multigeracionais
A arquitetura residencial na Índia é um reflexo direto das práticas étnicas e estilos de vida de seus cidadãos. As primeiras casas foram desenvolvidas como unidades de assentamentos comunitários maiores. A arquitetura das residências indianas está profundamente emaranhada com valores culturais, frequentemente centrados nas ideias de família e relações comunitárias. Geralmente, uma única casa abriga uma grande família e atende às necessidades de várias faixas etárias sob o mesmo teto. A vida multigeracional exige uma sintaxe espacial específica para possibilitar conexões.
Precisamos aprender a desenhar novos banheiros
Embora haja registros de latrinas desde 3.100 a.C., a primeira privada foi criada em 1596 pelo inglês John Harington. Ele fez duas unidades: uma para ele e outra para a rainha Elizabeth 1ª.
A ideia não pegou à época e só em 1775 o escocês Alexander Cumming patenteou a privada moderna, já visando o escoamento num sistema de esgoto. Em 1885, outro inglês, Thomas Twyford criou a primeira privada em porcelana que substituiu as peças de madeira, descritas anteriormente.
Ideias criativas para prateleiras e estantes
Peças versáteis do mobiliário, as prateleiras desempenham um papel significativo na organização, decoração e otimização dos espaços domésticos, comerciais e industriais. Realizadas em diversos materiais e com uma infinidade de desenhos possíveis, elas ajudam a otimizar pequenos ambientes ao trazer versatilidade e acessibilidade para eles. Por isso, reunimos algumas sugestões que ajudam a tornar essas soluções tão comuns, que podem ser temporárias ou intrínsecas à arquitetura, num elemento de destaque no design de interiores.
Casas brasileiras: 7 projetos com fachadas opacas
Nem todos projetos buscam uma conexão constante com exterior, ao menos não em sua fachada frontal. Apesar de uma aparência não tão comum, são diversos os motivos para criar uma fachada opaca: privacidade, segurança, redução do consumo de energia, proteção contra as intempéries. Mais comum em edifícios governamentais, culturais ou religiosos, esta solução também é encontrada em alguns casos residenciais.
Integrando a arquitetura com a topografia: estratégias para construir em morros e encostas
Terrenos em declive, encostas, morros, colinas ou montanhas, representam um desafio aos arquitetos e engenheiros, mas também a possibilidade de criar casas que se apropriam do contexto para se tornarem ímpares. Após um estudo cauteloso da topografia, compreensões sobre o solo, sua drenagem, o acesso a sistemas de energia e hidráulica, pensar em como integrar a casa com a paisagem, sua estética e, sobretudo, torná-la um ambiente seguro e acolhedor é papel dos responsáveis por seu projeto arquitetônico.
Apoio móvel, fixo e engaste: entenda a diferença entre os tipos de apoio estrutural
Uma das maiores dificuldades quando estamos estudando é entender a aplicação dos conceitos que nos são apresentados. No ensino de estruturas é comum usarmos símbolos e abstrações para compreender as forças envolvidas em cada estrutura e como elas trabalham. Outro grande desafio é traduzir essa informação para algo tangível, isto é, os elementos construtivos.
O engenheiro Matheus Borges tem trabalhado em ilustrações em seu Instagram que nos ajudam a decodificar essas informações. Veja a seguir o que são e como se comportam os tipos de apoios.
Casas brasileiras: 15 residências integradas à topografia natural
O arquiteto italiano Vittorio Gregotti afirmava recorrentemente que “criar o lugar” é o ato arquitetônico primordial, a sua origem, visto que, simplesmente assentar uma pedra em um terreno já significa o início das “modificações” que transformarão o local em arquitetura. Assolados por essa ânsia pelas transformações, vemos as ideias sendo materializadas em relações e conceitos que, muitas vezes, trazem à tona o genius loci em uma abordagem fenomenológica que cria uma íntima correlação entre arquitetura e contexto, ressignificando lugares e afirmando o vínculo do homem com o mundo.
Como organizar os móveis nos espaços? 7 dicas essenciais
Como verdadeiros orquestradores espaciais, a expertise dos arquitetos se estende além da simples construção de edifícios, muitas vezes transcendo o reino físico do design. Eles possuem a habilidade única de criar espaços que não apenas são visualmente atraentes, mas que também parecem acolhedores, harmoniosos e, acima de tudo, funcionais. Abraçar esse papel fundamental envolve uma consideração cuidadosa de todos os detalhes que compõem um projeto; desde as fundações de um prédio até um sofá, os arquitetos devem garantir que todos os elementos, em todas as escalas, se unam de maneira coesa e influenciem positivamente nossas vidas cotidianas.
A versatilidade do dry wall na arquitetura: vantagens e desvantagens
Em meio à imensa possibilidade de soluções construtivas, todas apresentam vantagens e desvantagens, ganhos e limitações. Seja por motivos econômicos, de prazos, disponibilidade material ou desempenho espacial, cada tipo de material responde de uma forma ao projeto e confere-lhe um determinado aspecto visual e ambiental. Em geral, uma construção necessita a combinação de mais de um tipo de sistema construtivo, o que possibilita que se compense alguma “deficiência” de um material pelo desempenho de outro. Os painéis de gesso acartonado, ou dry wall, estão neste limiar entre a rejeição e a preferência.
Arquitetura com história: 7 casas brasileiras que respeitam as camadas do tempo
Cada vez mais o ofício da arquitetura se voltará para a reformulação de espaços existentes. Seja por questões de sustentabilidade, custos ou a falta de terrenos livres nas grandes cidades. Uma oportunidade de não apenas reformar um edifício, mas trabalhar com as camadas do tempo. A intricada tarefa de conduzir um diálogo entre materiais contemporâneos e antigos, reconhecer técnicas tradicionais ou, até mesmo, revelar elementos invisíveis da história e da geografia no ambiente construído para originar uma arquitetura única.
O que é Arquitetura Bicha?
O coletivo Arquitetura Bicha surgiu na pandemia, a partir do interesse em ler materiais sobre gênero e sexualidade na arquitetura. Os integrantes passaram a se reunir semanalmente para debater e investigar a bibliografia sugerida por cada um deles. Livros de teoria queer, feminismo e arquitetura foram dando ideias ao coletivo, que abriu um perfil na rede social Instagram, com o o objetivo de compartilhar as discussões.
As cidades mais populosas da América Latina em 2023
Em 11 de Julho foi celebrado o Dia Mundial da População, um evento anual criado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento em 1990 que busca conscientizar o público sobre as questões demográficas globais. Um tema não menos importante nos dias de hoje, já que espera-se que sejamos quase 10 bilhões de pessoas até 2050 e os últimos relatórios da ONU-Habitat estimam que, até lá, dois terços da população viverão em cidades. Ao mesmo tempo, este ano é especialmente interessante porque a Índia se tornou o país mais populoso do mundo, com 1,4286 bilhão de habitantes, o que naturalmente levanta a questão de como será construir para bilhões de pessoas.
O World Population Review avalia anualmente o crescimento das cidades e a quantidade de habitantes que vivem em áreas metropolitanas para entender as tendências de evolução global. Embora a lista das 20 cidades mais populosas do mundo contenha figuras repetidas da Ásia, como Tóquio, no Japão, Délhi, na Índia, e Xangai, na China, ao mesmo tempo há várias cidades latino-americanas, como São Paulo, Cidade do México e Buenos Aires, que tiveram um crescimento de 0,85%, 0,89% e 0,78%, respectivamente, em relação ao ano passado.
Nem toda cozinha precisa ser integrada: vantagens das cozinhas fechadas
Todo projeto tem como precedente um programa de necessidades. Em algumas tipologias, atividades específicas estão naturalmente atreladas a eles. Uma sala de reuniões em um escritório corporativo, um acervo num museu, dormitórios em uma residência. Essa última tipologia tem um programa de necessidades básico bastante definido: quartos, sala, banheiros, cozinha. O tamanho e a disposição desses elementos no espaço dependem de fatores diversos, mas não se faz uma casa sem algum deles.
Neuroarquitetura e paisagismo: espaços de cura e o potencial dos jardins sensoriais
A interseção entre a neurociência, a arquitetura e o paisagismo tem desencadeado uma revolução criativa no modo como projetamos ambientes construídos. A neuroarquitetura, um campo emergente que funde princípios neurocientíficos com design arquitetônico, tem destacado a influência profunda que os espaços físicos exercem sobre nossas emoções, comportamentos e bem-estar geral. Dentro desse contexto, os jardins sensoriais se destacam como espaços potencialmente terapêuticos, explorando a interação única entre o cérebro humano e a natureza.
O que é uma porta embutida? Maximizando espaço, flexibilidade e estilo
Populares na arquitetura vitoriana, as portas embutidas caíram de moda em meados da década de 1920 e as portas articuladas logo se tornaram a norma. Nos últimos anos, no entanto, um interesse renovado em soluções de economia de espaço e desdobramento trouxe-as de volta ao centro das atenções. O que costumava ser uma característica arquitetônica esquecida tem se tornando cada vez mais comum nos interiores modernos, juntamente com seu toque criativo e inúmeras funções. Essas portas deslizantes e elegantes podem dividir com eficiência, criar transições perfeitas, economizar espaço e contribuir para uma aparência única, sofisticada e elegante. Tudo isso enquanto adicionam um leve toque de poesia à casa; deslizando silenciosamente na parede, convidam os usuários a passarem e explorar o que está além, criando um forte senso de mistério e intriga.