Temos o prazer de apresentar os projetos finalistas do Prêmio ArchDaily Brasil Obra do Ano 2024. Após duas semanas de indicações, foram escolhidos os projetos favoritos entre centenas de obras construídas nos países de língua portuguesa. Nosso júri, composto por milhares de leitoras e leitores, realizou, mais uma vez, um excelente trabalho na seleção destas 15 obras.
A partir de hoje até o dia 3 de abril às 23h59 (horário de Brasília GMT-3) vocês podem votar uma vez por dia nas obras que consideram ser os melhores exemplos da arquitetura lusófona contemporânea. O resultado será divulgado no dia 4 de abril.
https://www.archdaily.com.br/br/1014993/premio-archdaily-brasil-obra-do-ano-2024-conheca-os-15-finalistas-do-maior-premio-da-arquitetura-lusofonaArchDaily Team
A arquitetura sempre desempenhou o papel primordial de prover abrigo e proteção para os seres humanos. Na pré-história, buscamos refúgio em cavernas naturais, aproveitando-se da estrutura rochosa para proteção contra os elementos naturais e os predadores. Com o tempo, os abrigos começaram a ser feitos de materiais encontrados na natureza, como galhos, folhas e peles de animais, evoluindo para casas mais permanentes e complexas, com paredes feitas de pedra, tijolos ou madeira, telhados para proteger contra a chuva e o sol, e portas para controlar o acesso. Desenvolvendo habilidades de construção mais avançadas, utilizamos materiais como madeira, pedra, argila e a arquitetura evoluiu significativamente, com a construção de templos, palácios, casas e fortificações que proporcionaram não apenas abrigo, mas também simbolizavam poder, status e identidade cultural. Mesmo assim, basicamente, nossas construções permanecem sendo uma envoltória que nos protegem das intempéries.
Das pedras maciças dos templos gregos aos arranha céus envidraçados, flertamos com uma gama de possibilidades e espessuras para separarmos o que consideramos interno e externo. Este artigo busca explorar essa diversidade de espessuras na arquitetura, desde materiais simples até técnicas construtivas complexas, destacando como essa variação não só proporciona proteção, mas também influencia nossa percepção e interação com o ambiente construído.
https://www.archdaily.com.br/br/1014935/de-veus-finos-a-barreiras-espessas-explorando-diferentes-larguras-em-envelopes-arquitetonicosJosé Tomás Franco and Eduardo Souza
Dois quilômetros. Essa é a altura esperada para a futura torre saudita que Foster + Partners está projetando. Com o dobro da altura do atual recordista - Burj Khalifa de Dubai -, o edifício multibilionário coroará o céu da cidade de Riad abrigando escritórios, residências e espaços de entretenimento. O projeto faz parte de um programa de desenvolvimento pelo qual a Arábia Saudita está passando, liderado pela visão do príncipe herdeiro Mohammad bin Salman de marcar o país com escala e ambição por meio de uma série de empreendimentos gigantes. Dentro desse plano de ação, as torres super altas destacam-se como símbolos de visibilidade e fama global, mas também como alvos de críticas pelos seus excessos, tais quais os custos de construção astronômicos e a falta de preocupação ambiental.
A Casa da Arquitectura abriu concurso para a atribuição de 10 bolsas de investigação para doutoramento, financiadas pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), ao abrigo do protocolo de Cooperação para Financiamento do Plano Plurianual de Bolsas de Investigação para estudantes de doutoramento celebrado entre as duas entidades.
https://www.archdaily.com.br/br/1014842/casa-da-arquitectura-abre-concurso-para-10-bolsas-de-doutorado-em-portugalArchDaily Team
Como um método de fabricação aditiva, a impressão 3D tem sido caracterizada pela construção de objetos através da deposição horizontal de material, camada por camada. Isso ainda restringe, no entanto, a fabricação de elementos e limita a forma dos primeiros protótipos dentro da faixa que permite a adição de material em uma única direção, tornando difícil criar formas complexas com curvas suaves.
No entanto, a equipe da disciplina de Tecnologias de Construção Digital na ETH Zurique – integrando design computacional, fabricação digital e novos materiais – tem explorado um método de fabricação aditiva robótica não planar, que facilita a impressão de estruturas finas com dupla curvatura.
No imaginário de grande parte da população, a favela assume representações muitas vezes paradoxais e proporcionalmente opostas. Sob o olhar de quem não a vive, ela é constantemente associada ao crime, a sujeira ou a doenças, ao mesmo tempo em que é considerada a expressão estética de um país, sendo o berço de elementos culturais reconhecidos mundialmente, como o samba no caso do Brasil.
Por décadas, nossa sociedade predominantemente adotou uma abordagem extrativista ao formular modelos para fabricação de materiais em diversas indústrias. Embora agora saibamos que esse modelo é insustentável, uma grande questão permanece: Como devemos fazer? Pode ser que ainda estejamos longe de oferecer uma resposta definitiva a esse desafio. Ainda assim, é empolgante notar que, em um contexto marcado por um horizonte global e ecológico desafiador, a comunidade arquitetônica mantém uma abordagem positiva ao buscar uma reavaliação do que fazemos e como fazemos.
Esse movimento pode estar ganhando relevância devido ao surgimento de novas gerações mais conscientes ambientalmente, como a Geração Z e Alpha. O que é certo é que estamos testemunhando o desenvolvimento de novas filosofias de produção, como materiais à base de plantas, que adotam práticas voltadas para favorecer o uso de recursos derivados de plantas, reduzir a dependência de processos extrativos e promover alternativas conscientes e sustentáveis em diversos aspectos da fabricação e produção de materiais na arquitetura.
https://www.archdaily.com.br/br/1014549/cultivando-arquitetura-um-vislumbre-de-tres-materiais-a-base-de-plantasEnrique Tovar
Arquitetura é sobre dar forma aos lugares onde as pessoas vivem. Não é mais fácil, nem mais complicado do que isso. Aqui estão três palavras-chave: "forma", "lugar" e "vida". Assim que refletimos sobre esses termos, imediatamente compreendemos que essas coisas não são tão simples. — Alejandro Aravena
Com esta sentença do prefácio do Guia de Arquitetura do ArchDaily, Alejandro Aravena reflete sobre a complexidade subjacente da arquitetura. Algo essencial para nossas vidas, mas que, com as crescentes complexidades do nosso mundo, se torna uma tarefa desafiadora.
É por isso que, pelo quarto ano consecutivo, embarcamos em uma pesquisa global, avaliando o trabalho, o ethos e a missão por trás de práticas inovadoras de todo o mundo. Trabalhos que representam a diversidade que está remodelando nosso campo; práticas que atuam em todo o espectro da arquitetura e suas fronteiras difusas, abrangendo desde pequenos estúdios até profissionais ativistas, startups e outras formas de produção, pesquisa e pensamento.
As 20 práticas selecionadas representam a diversidade entre aqueles que lideram o caminho na direção que a arquitetura deveria seguir. Suas missões são variadas, mas em todas elas notamos uma prática consciente em relação aos desafios de nosso mundo.
Conheça as melhores Novas Práticas de Arquitetura de 2024 do ArchDaily:
O bambu, conhecido pela sua resistência e ecologia, enfrenta frequentemente um adversário formidável: insetos e fungos. Apesar da sua resiliência, estas pragas podem comprometer a sua durabilidade ao longo do tempo. No entanto, existe uma solução simples, mas eficaz, para aumentar a longevidade e a robustez do bambu. Neste artigo, revelamos o método Vertical Soak Diffusion (VSD) – uma abordagem econômica que garante que seus projetos de bambu resistam ao teste do tempo.
Com o tema “Tudo Começa em Casa: Ações Locais para Cidades e Comunidades Sustentáveis”, a 12ª Sessão do Fórum Urbano Mundial (WUF, na sigla em inglês) será realizada no Cairo, Egito, entre os dias 4 e 8 de novembro de 2024. A conferência retorna ao continente africano depois de mais de 20 anos após sua primeira edição em Nairóbi, Quênia, em 2002.
O evento é convocado pelo Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat) e coorganizado pelo Governo da República Árabe do Egito, e representa a maior conferência global sobre o futuro das cidades. As sessões serão realizadas no Centro de Conferências Internacional do Egito, e terão transmissão online gratuita.
https://www.archdaily.com.br/br/1014509/12o-forum-urbano-mundial-debate-acao-local-para-cidades-e-comunidades-sustentaveisArchDaily Team
O conceito de “olhos da rua” talvez seja o mais famoso dentro da literatura arquitetônica e urbanística quando o assunto é segurança urbana. Jane Jacobs utiliza essa expressão para se referir às pessoas que – de forma consciente ou inconsciente – utilizam os espaços públicos ou os contemplam desde suas casas, gerando uma vigilância natural. Um movimento que, no âmbito da nossa disciplina, é fomentando tanto por meio de espaços públicos de qualidade quanto pela potente relação entre o público e o privado criada através das fachadas das edificações. Defendendo esse controle cotidiano, Jacobs acredita em um modo de fazer arquitetura e cidades que condena a verticalização em excesso, reforçada por edifícios isolados e de uso único os quais negam o contato com rua.
A 8ª edição do prêmio ArchDaily Brasil Obra do Ano chegou e novamente precisamos da sua ajuda para selecionar os melhores projetos de arquitetura do ano. Ao votar, você passa a fazer parte de uma rede imparcial de jurados reconhecendo os projetos mais relevantes publicados no ano passado.
https://www.archdaily.com.br/br/1014128/premio-archdaily-brasil-obra-do-ano-2024-votacoes-abertasArchDaily Team
Como a arquitetura e o urbanismo podem voltar a contribuir no debate e na produção de Habitação de Interesse Social (HIS)? Essa foi uma das principais perguntas que orientou o processo de elaboração do Caderno de Diretrizes de Habitação de Interesse Social no Jardim Lapena, desenvolvido pela Fundação Tide Setubal e pelo BlendLab para a região da Zona Leste de São Paulo. Esse caderno reuniu um conjunto de diretrizes sobre habitação, modelo de gestão, implantação e integração com o meio urbano e orientou as propostas para uma Chamada de Projetos + Lapena Habitar realizada no fim de 2022.
Transparência, integração e limites são palavras chave para entender a obra de Riken Yamamoto. Vencedor do Prêmio Pritzker em 2024, o arquiteto japonês pode ser reconhecido por sua capacidade de estabelecer e desafiar conceitos espaciais de materialidade convencionais, criando espaços que promovem interações e conexões entre as pessoas e seu entorno. A transparência, seja na configuração física dos edifícios, na escolha dos materiais empregados ou na filosofia subjacente aplicada a todas as obras, emerge como um elemento central que perpassa toda sua carreira.
A escolha de Riken Yamamoto como vencedor do prestigiado Prêmio Pritzker 2024 é recebida com agradável surpresa. Seu portfólio arquitetônico, caracterizado por um profundo compromisso com o engajamento comunitário e uma percepção aguçada das dinâmicas locais, exemplifica o poder transformador da arquitetura na sociedade. Atendendo às demandas de crianças, adultos e idosos, o trabalho de Yamamoto destaca o impacto profundo que a arquitetura pode ter na vida de indivíduos de todas as faixas etárias. Para conhecer mais a fundo a formação e trajetória profissional do arquiteto, reunimos a seguir 15 fatos e curiosidades sobre Riken Yamamoto.
Várias cidades nos Estados Unidos estão sofrendo com a falta de milhões de unidades habitacionais. Agravada por outros fatores, essa escassez está aumentando radicalmente o custo tanto para alugar quanto para comprar casas. Los Angeles não é exceção; com 74% do seu território destinado exclusivamente à casas unifamiliares, a construção de habitações multifamiliares é limitada a uma área extremamente pequena da cidade, tornando a construção de novas habitações acessíveis muito difícil. Além disso, processos complexos de aprovação, que duram vários anos, muitas vezes tornam esses projetos ainda menos viáveis.
Por isso, em dezembro de 2022, a prefeita Karen Bass tomou uma decisão drástica ao declarar estado de emergência para acelerar a aprovação de projetos de habitação acessível, permitindo aos investidores acelerar projetos que contemplariam um sistema de aluguel estável por meio de permissões rápidas e isenções de regras de zoneamento. A Executive Direction (ED1) gerou um aumento nas solicitações para construção de habitações acessíveis, surpreendentemente, não apenas de investidores que usam dinheiro público, mas também de particulares.
Nos últimos anos, a Índia testemunhou o ressurgimento do interesse em materiais de construção naturais, impulsionado pelo aumento das preocupações ambientais e um crescente desejo de resgatar estilos de vida tradicionais. De Mumbai, com suas movimentadas ruas, às tranquilas aldeias de Kerala, arquitetos, construtores e comunidades estão se unindo para explorar o potencial da terra, do bambu, da cal e de outros materiais orgânicos na criação de estruturas que sejam relevantes para cada contexto e que também incorporem os ideais contemporâneos do país. Essa mudança em direção ao uso de materiais naturais e recursos vernaculares reflete um movimento em prol da sustentabilidade e de uma conexão mais profunda com a natureza.
Situados nas paisagens desérticas mais remotas do Oriente Médio e além, esses acampamentos oferecem uma oportunidade única de conexão com o ambiente através da experiência solitária em cenários amplos e expansivos.
Ao evitar intervenções estruturais que possam modificar as paisagens históricas, os projetos destacam habilidades, materiais e técnicas arquitetônicas tradicionais e locais, ao mesmo tempo em que oferecem interiores de luxo.
Como parte de nossa tradição anual, perguntamos aos nossos leitores quem deveria ganhar o Prêmio Pritzker 2024, a premiação mais importante no campo da arquitetura.
O Prêmio Pritzker — financiado por Jay Pritzker por meio da Hyatt Foundation nos Estados Unidos — tem sido concedido a arquitetos vivos, independentemente de sua nacionalidade, cuja obra construída "produziu contribuições consistentes e significativas para a humanidade por meio da arte da arquitetura”.
Em fevereiro deste ano, a rede hoteleira americana MCR Hotels adquiriu a icônica BT Tower em Londres. A torre, que está incluída na lista de patrimônio local, se localiza em Fitzrovia, no coração de Londres, e é um símbolo do passado recente da cidade. Anteriormente conhecida como Torre de Telecomunicações Britânica e Torres dos Correios, a BT Tower será transformada pelo Heatherwick Studio.
De Tafí del Valle a San Carlos de Bariloche, a implementação da pedra natural na arquitetura argentina contemporânea revela a decisão dos arquitetos de dialogarem com seu entorno, bem como destacar a pureza dos materiais. Embora a pedra seja um dos materiais de construção mais antigos que perdurou ao longo da história, sua aplicação em residências no Uruguai, Brasil ou México apresenta características diferentes em relação às texturas, formas, tons e padrões.