A24 e Atomic Monster confirmaram recentemente uma adaptação cinematográfica de The Backrooms, um curta-metragem de terror do Youtube (expandido para uma série) criado pelo diretor de 17 anos e artista de efeitos visuais Kane Parsons.
Com base na lenda urbana homônima, The Backrooms se passa em 1996 em um labirinto aparentemente infinito de espaços de escritório com paredes amarelas e carpetes, banhados com uma iluminação interna fluorescente, lembrando um edifício abandonado. Sua estética corporativa kitsch é reforçada pelo filtro VHS, estilo de gravação de fita o qual permite que Parsons oculte imperfeições (ou evite algum efeito estranho) que um simples cenário 3D criado no Blender e editado no Adobe After Effects poderia apresentar durante o estágio de pós-produção.
Temos menos de sete anos para reduzir pela metade as emissões de gases de efeito estufa se quisermos manter o aumento da temperatura global abaixo de 1,5°C, o limite considerado necessário pela ciência para evitar alguns dos impactos mais perigosos das mudanças climáticas. Em 2022, inundações, secas e ondas severas de calor tiraram milhares de vidas e afetaram milhões de pessoas em todo o mundo, oferecendo um vislumbre do que devemos esperar se falharmos na ação climática. Uma vez que as cidades são responsáveis por mais de 60% das emissões globais e abrigam mais da metade da população mundial, mudar a maneira como lidamos com o ambiente urbano precisa estar no centro de nossos esforços para conter a crise do clima.
https://www.archdaily.com.br/br/997123/5-acoes-pelo-clima-que-cidades-devem-priorizar-a-partir-de-2023Rogier van den Berg e Leo Horn-Phathanothai
Alguns dirão que é o ar fresco, a paz e a silêncio, e outros a proximidade constante da natureza; no entanto, todos concordamos que há algo único no campo. Ao entrar em uma casa de campo, todas essas qualidades podem ser refletidas pela lente do design de interiores contemporâneos, criando um ambiente acolhedor, leve e calmo. Conhecidos por seu lugar em ambientes rurais ou agrícolas e projetados para a vida no campo, as casas tradicionais dos anos 1700 foram inicialmente influenciadas por suas condições geográficas, melhorando o relacionamento com o meio ambiente. Ao conservar abordagens tradicionais, como plantas simples, telhados de duas águas e varandas grandes, a estética do campo passou por transformações para se adaptar aos modos de vida contemporâneos. Ao reutilizar e usar a arquitetura rural tradicional como uma referência direta, analisamos como os projetos atuais seguem suas estratégias de design singulares: materiais nobres, espaços conectados ao entorno e espaços simples e funcionais com detalhes únicos.
Movimento arquitetônico que surgiu na década de 1950, o brutalismo se difundiu nas décadas seguintes em diversos continentes. Nesta conversa, o Arquicast busca conectar, para além dos aspectos da historiografia, o legado dessa forma de produção de espacialidades e de edifícios icônicos.
Com muitas ruas vazias e a Associação Nacional de Serviços de Saúde do Reino Unido levada ao limite, o Heatherwick Studio propôs um novo tipo de espaço de saúde. A iniciativa Health Street se insere no coração das comunidades, reimaginando a forma como enxergamos o bem-estar e a saúde de maneira holística. Esta abordagem de fomento da saúde se baseia na integração de instalações lideradas pela comunidade nas ruas locais.
Historicamente lar de vikings, reis e rainhas, Copenhague é uma cidade vibrante que mistura a arquitetura contemporânea com rios, ruas estreitas de paralelepípedos, antigas casas de madeira e castelos antigos. Repletos de história, os seus edifícios possuem um legado histórico que passa pela memória de todos os personagens, épocas e acontecimentos pelos quais a cidade passou. Como manter toda essa história viva? Ao reformar edifícios tradicionais com projetos modernos, Copenhague respeitosamente tira proveito de sua arquitetura histórica enquanto se adapta às tendências atuais.
Tomando um momento para visualizar o ambiente já construído antes de encarar uma tela em branco, a reforma permite que os arquitetos reaproveitem as estruturas existentes para um novo uso, preservando seu caráter e história, e reduzindo o impacto ambiental de novas construções. Através dos casos mais marcantes de reforma de edifícios clássicos da cidade, este artigo analisa três diferentes estratégias de reutilização de edifícios históricos através de um design inovador e sustentável.
Na Bienal de Arquitetura de 2023, o Pavilhão da Finlândia apresentará a exposição Huussi, Imagining the Future History of Sanitation, que trata da arquitetura da circulação de água e nutrientes, questionando o vaso sanitário com água e suas implicações para o futuro. "Huussi" é a palavra finlandesa para banheiro externo, um pequeno banheiro de compostagem usado pelos finlandeses em ambientes rurais e casas de campo. A exposição, com curadoria de Arja Renell e The Dry Collective, apresenta esta tipologia como ponto de partida para encontrar soluções alternativas à gestão de águas residuais, inspirando os profissionais a começarem a pensar em novas soluções de saneamento. Em seu cerne, a exposição questiona as consequências dos resíduos no contexto da crise climática que o mundo atravessa.
A Austin Transit Partnership selecionou as firmas UNStudio, HKS e Gehl para liderar a arquitetura e o planejamento urbano do Project Connect, uma expansão do sistema de transporte público da cidade texana. O projeto integrará o sistema ferroviário, expandirá as rotas de ônibus e se conectará com uma variedade de serviços por toda a cidade. Em novembro de 2020, os cidadãos de Austin aprovaram o Projeto Connect, levando à criação da entidade independente Austin Transit Partnership, encarregada de implementar o projeto.
Pavilhões e instalações temporárias, como as utilizadas em eventos, exposições ou festivais, apresentam-se como um grande desafio em relação à economia circular na arquitetura devido à sua condição efêmera. Parece contraditório debater sobre o gerenciamento de recursos e tentar extrair o máximo valor dos materiais minimizando o desperdício e a poluição do meio ambiente ao projetar uma estrutura que deve ser usada por um período limitado de tempo. No entanto, existem várias estratégias para repensar a forma como estamos desenhando estas estruturas e promover a circularidade.
Conhecida por suas impressionantes construções, Dubai pode adicionar à sua lista de projetos uma ciclovia de 93 quilômetros que envolveria toda a cidade. Projetada pelo estúdio de arquitetura Urb, a mega estrutura seria uma via coberta destinada exclusivamente para ciclistas e pedestres, com o objetivo de incentivar os três milhões de habitantes de Dubai a trocar os carros por meios de transporte mais sustentáveis e saudáveis.
https://www.archdaily.com.br/br/998012/dubai-planeja-ciclovia-climatizada-de-93-quilometros-de-extensaoArchDaily Team
Paul Clemence compartilhou conosco imagens do empreendimento de uso misto Amaris em Washington D.C., uma das últimas obras concluídas pelo renomado arquiteto uruguaio-americano Rafael Viñoly. A série fotográfica revela um edifício curvilíneo de formato distinto que se abre para espaços públicos ao longo do rio Potomac. O volume é criado para acomodar unidades residenciais com vistas generosas para a paisagem circundante, marcando o ponto final de uma fileira de novos edifícios no empreendimento The Wharf.
O World Monuments Fund (WMF) anunciou que dedicará mais de US$ 10 milhões para projetos de preservação destinados a proteger sítios culturalmente significativos de todo o mundo com necessidade urgente de intervenção. As iniciativas variam em escopo, de sítios ucranianos históricos até a proteção de sítios arqueológicos remotos representativos da Civilização Chachapoyas do Peru. O conjunto de projetos lançados em 2023 visa abordar e ajudar a mitigar as ameaças enfrentadas pelos lugares tombados: conflitos, mudanças climáticas e sub-representação.
A iluminação artificial oferece uma variedade de estratégias para projeto de interiores. Muito utilizadas em projetos comerciais e restaurantes enquanto artifício estético para atrair clientes e criar ambientes que estimulem os sentidos, a iluminação artificial também pode ser aplicada em projetos residenciais transformando os ambientes, criando lugares aconchegantes e bem iluminados.
Em 2020, em meio à primeira onda de bloqueios devido à pandemia, o município de Amsterdã anunciou sua estratégia para se recuperar dessa crise adotando o conceito de “Economia Donut” (traduzido também como economia da rosquinha). O modelo é desenvolvido pela economista britânica Kate Raworth e popularizado por meio de seu livro, Doughnut Economics: Seven Ways to Think Like a 21st-Century Economist, lançado em 2017. Ela argumenta que o verdadeiro propósito da economia não precisa igualar o crescimento. Em vez disso, o objetivo é encontrar um ponto ideal, uma forma de equilibrar a necessidade de fornecer a todos o que precisam para viver uma vida boa, uma “base social”, enquanto limitamos nosso impacto no meio ambiente, “o teto ambiental”. Com a ajuda de Raworth, Amsterdã reduziu essa abordagem às proporções de uma cidade. O modelo agora é usado para informar estratégias em toda a cidade em apoio a essa ideia abrangente: proporcionar uma boa qualidade de vida para todos sem colocar mais pressão no planeta. Outras cidades estão seguindo este exemplo.
Mario Cucinella Architects acaba de ganhar um concurso fechado para projetar duas torres multifuncionais em Viena. Situado no 2º distrito da capital austríaca, onde o empreendimento urbano dinâmico “Viertel Zwei” está em obras há algum tempo, o projeto consiste em dois arranha-céus, ambos de diferentes linguagens arquitetônicas e feitos para diferentes propósitos, que conformarão um complexo urbano.
Quando as pessoas descrevem o movimento modernista em sua totalidade, fazem ampla referência aos arranha-céus de aço e vidro que marcam presença no horizonte de muitas cidades, ou mais especificamente, ao Estilo Internacional que surgiu na Europa após a Primeira Guerra Mundial. O Estilo Internacional representou o progresso tecnológico e industrial e um renascimento das construções sociais que influenciariam para sempre a maneira como pensamos sobre o uso do espaço em todas as escalas. Muitas vezes projetados como edifícios politicamente carregados, procurando fazer uma declaração aos governos totalitários, muitos arquitetos que influenciaram o estilo mudaram-se para os Estados Unidos após a Segunda Guerra Mundial, abrindo caminho para alguns dos edifícios e arranha-céus mais icônicos construídos no século XX.
A madeira é um material natural, renovável e pode apresentar baixas emissões de carbono se manejado adequadamente. No entanto, enquanto material de construção, quando submetida a uma força direcional ao longo de sua fibra, a madeira serrada é estruturalmente instável e considerada inadequada para cargas mais elevadas. Em comparação, a madeira laminada cruzada (CLT) — cuja fabricação envolve simplesmente a colagem de várias camadas de madeira com as fibras arranjadas numa trama perpendicular — atinge um nível muito mais alto de rigidez estrutural ao longo de ambos os eixos. Os componentes de CLT devem ter no mínimo três camadas, mas podem ser reforçados com a adição de outras. Simplificando, devido à complexa física envolvida na laminação perpendicular, a resistência da CLT é semelhante à do concreto armado, com desempenho comprovado sob forças sísmicas.
Então, o que há de novo? A madeira já existe há tempo suficiente, e a usamos como material de construção há séculos. Certamente esta não é a primeira vez que alguém percebe que ela fica mais forte quanto mais você a usa. Bem... como era de se esperar, a mudança de popularidade da madeira laminada cruzada na construção coincide com uma maior compreensão e foco nas causas ambientais, mas a relação nem sempre foi positiva.
A 7ª edição do prêmio ArchDaily Brasil Obra do Ano chegou e novamente precisamos da sua ajuda para selecionar os melhores projetos de arquitetura do ano. Ao votar, você passa a fazer parte de uma rede imparcial de jurados reconhecendo os projetos mais relevantes de 2022.
Nas próximas três semanas, a inteligência coletiva de nossos leitores filtrará centenas de projetos de países lusófonos — Brasil, Portugal, Moçambique, Angola, Guiné-Bissau, Timor-Leste, Guiné Equatorial, Macau, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe —publicados em 2022, selecionando as melhores obras construídas em território de língua portuguesa.
De um universo de centenas de obras publicadas em 2022, os leitores escolherão seus favoritos, dos quais os 15 mais votados passarão à segunda fase do Prêmio.
O Premio Obra do Ano 2023 é oferecido pela Dornbracht, empresa conhecida internacionalmente por seus produtos para cozinhas e banheiros.
O projeto da Suíça para seu pavilhão nacional na 18ª Exposição Internacional de Arquitetura-La Biennale di Venezia terá curadoria de Karin Sander e Philip Ursprung para explorar as relações territoriais dentro do Giardini de La Biennale. Com o título Vizinhos, o projeto se concentra na proximidade espacial e estrutural entre o Pavilhão Suíço e seu vizinho venezuelano. Ao transformar a própria arquitetura na exposição, o projeto também destaca a ligação entre os arquitetos das duas estruturas: o suíço Bruno Giacometti (1907 - 2012) e o italiano Carlo Scarpa (1906 - 1978). A exposição ficará aberta de 20 de maio a 26 de novembro de 2023.
A cultura refletida em um material. Os azulejos portugueses narram temas históricos, do religioso ao profano. Conformam a paisagem e os cenários lusitanos ao revestir edifícios, interiores e espaços públicos. E, desta forma, sua expressão segue em constante mudança e adaptação para tecer a ancestralidade mourisca com a contemporaneidade.
"Fábrica de afetos" é uma obra em exposição de Antonio Yemail que ficou à mostra na Galeria Policroma, em Medellín, até meados de fevereiro. Ela foi criada a partir de um longo processo envolvendo diferentes estudos de caso sobre a relação entre gatos e pessoas. Há mais de uma década Antonio pesquisa uma arquitetura específica para seres esquivos a partir de vários campos, incluindo pesquisa, academia, prática arquitetônica e artística.
A Bienal de Arquitetura de Veneza 2023 anunciou nesta terça-feira, 21 de fevereiro, que a edição deste ano incluirá 63 pavilhões nacionais. A exposição internacional, com curadoria de Lesley Lokko, contará com 89 participantes, mais da metade dos quais são da África ou da diáspora africana.
Entre os escritórios convidados estão Adjaye Associates, atelier masōmī, Kéré Architecture, MASS Design Group, Sumayya Vally e Moad Musbahi, Theaster Gates Studio, Andrés Jaque / Office for Political Innovation, Liam Young e Neri&Hu Design and Research Office, para citar apenas alguns.
Nos dois casos, área reduzida, materiais simples e orçamento modesto não foram impeditivos para um projeto arquitetônico virtuoso que tirou máximo proveito das qualidades do entorno e da orientação do terreno, provando que limitações podem servir de impulso para projetos de grande qualidade.