Estamos muito animados em compartilhar uma grande notícia: em breve lançaremos nosso primeiro livro, The ArchDaily Guide to Good Architecture [O Guia ArchDaily para uma Boa Arquitetura].
Em parceria com a renomada editora internacional gestalten, tiramos um tempo para recordar os mais de 40.000 projetos publicados nos últimos 15 anos, buscando identificar suas contribuições e responder à ousada questão do que é uma boa arquitetura. A grande abrangência do ArchDaily é um reflexo de quão importante é a arquitetura hoje, à medida que a complexidade cada vez maior do nosso mundo impõe cada vez mais pressão e demandas ao nosso ambiente construído. Para lidar com questões como a crise climática, escassez de energia, densidade populacional, desigualdade social, escassez de moradias, urbanização acelerada, identidade local e falta de diversidade, a arquitetura precisa se abrir.
A fotografia de arquitetura tem sido historicamente um gênero dominado por homens, assim como a própria arquitetura e a indústria da construção em geral. Mas esse cenário está mudando rapidamente. Alguns dos maiores nomes da fotografia de arquitetura muntial agora são mulheres e no campo nacional, não é diferente. Ao enfrentar barreiras de gênero, sendo uma das principais dificuldades a exposição ao espaço público em horas não usuais, carregando equipamentos valiosos — como a fotógrafa Ana Mello já afirmou em entrevista — essas profissionais estão rompendo paradigmas e eternizando as obras com seus olhares aguçados e sensíveis.
A Autoridade Portuária de Nova York e Nova Jersey anunciou a escolha de Foster + Partners e da empresa de design multidisciplinar A. Epstein and Sons International Inc, com sede nos EUA, para repensar o terminal de ônibus de Manhattan, o mais movimentado do mundo. O projeto visa expandir a sua capacidade, substituindo o antigo terminal de ônibus de 72 anos por uma nova instalação de padrão internacional. O novo terminal será projetado para oferecer a melhor experiência ao usuário, atendendo às necessidades de transporte público da região no século XXI, ao mesmo tempo em que impulsiona a comunidade ao redor e permite a remoção de ônibus intermunicipais das ruas locais.
A consultoria digital japonesa Gluon planeja preservar no metaverso a Nakagin Capsule Tower em Tóquio, um dos exemplos mais representativos do Metabolismo japonês de Kisho Kurokawa. O "3D Digital Archive Project” está usando uma combinação de técnicas de medição para registrar o icônico edifício em três dimensões e recriá-lo no metaverso. A torre encontra-se em fase de demolição devido ao estado precário da estrutura e à incompatibilidade com as normas sísmicas vigentes, bem como ao estado geral de decadência e falta de manutenção.
Ao longo dos anos, as configurações urbanas foram mudando e assumindo novas formas. Os espaços de trabalho tornaram-se mais flexíveis, os escritórios em casa são comuns e os crescentes custos na construção levaram a mudanças na forma como as edificações são concebidas e construídas, nos direcionando para áreas externas públicas e comunitárias destinadas à atividades de lazer e encontros sociais. Nossos estilos de vida em constante transformação estão, portanto, moldando uma nova paisagem urbana que influencia na maneira como concebemos e usamos esses espaços. Entretanto, algumas tipologias menores e muitas vezes não reconhecidas persistiram e permanecem tão necessárias como sempre foram.
Estes não são lugares de função definida, mas abrigam instâncias valiosas em nosso dia-a-dia. São os espaços intersticiais (ou intermediários) que atuam como amortecedores e conectam nossos espaços privados aos edifícios ou ambientes públicos e funcionais. São os corredores, áreas de espera, elevadores, escadas, entradas e outras zonas de transição que entrelaçam nosso ambiente construído.
https://www.archdaily.com.br/br/987010/espacos-intersticiais-e-vida-publica-pequenas-intervencoes-que-tecem-nosso-ambiente-construidoHana Abdel & Paula Pintos
As últimas duas décadas mostraram ao mundo novas maneiras de viver como resultado de diferentes mudanças sociais, econômicas e ecológicas. Naturalmente, essas mudanças chegaram à arquitetura e à prática urbana, provocando novos conceitos dentro das tipologias tradicionais. Ao projetar um espaço, independentemente de sua função, sempre se priorizaram as necessidades dos usuários, garantindo-se a praticidade e funcionalidade, mas, recentemente, palavras-chave como flexibilidade, privacidade, inclusão e consciência ecológica tornaram-se forças motrizes por trás dos processos de design. Neste Interior Focus, veremos como as cidades atuais e as tendências de vida em todo o mundo reformularam o design de interiores e introduziram modificações nas tipologias típicas.
As cidades humanas giram em torno das relações entre pessoas e lugares. As comunidades prosperam com recursos compartilhados, espaços públicos e uma visão coletiva para sua localidade. Para nutrir cidades felizes e saudáveis, arquitetos e o público em geral aplicam métodos de placemaking ao ambiente urbano. Placemaking - a criação de lugares significativos - depende fortemente da participação comunitária para produzir efetivamente espaços públicos atraentes.
A arquitetura molda nossas vidas todos os dias, mas como ela pode ser descentralizada? No centro dos esforços para projetar ambientes de realidade estendida (XR) está o desejo de tornar esses projetos mais humanos e mais relacionáveis. À medida que tecnólogos, arquitetos e os próprios usuários desenvolvem novas ferramentas para o metaverso, bem como espaços aumentados e virtuais, novos projetos são cada vez mais democratizados e de código aberto. Ao mesmo tempo, o processo de design está sendo reimaginado.
A arquitetura é criada para as pessoas, mas como se projeta além da escala humana? Com o interesse pela biodiversidade e habitats de animais em alta, acelerado pela crise climática, há também a questão do abrigo e o que significa projetar espaços de interação e reabilitação. À medida que o olhar dos arquitetos vai além das estruturas para as pessoas, sua atenção é voltada para diferentes tipos de recintos e espaços abertos que repensam o envolvimento com os animais e seu bem-estar.
Para mais um episódio da série sobre Habitação de Interesse Social (HIS), o Arquicast selecionou um recorte importantíssimo da nossa história recente: o Programa Minha Casa Minha Vida (MCMV). São discutidas as bases e os fundamentos do chamado déficit habitacional, os avanços do programa e suas mazelas.
A 17ª edição do "Architecture Student Contest” chegou ao fim, com a participação de mais de 220 universidades de 32 países. Neste ano, o desafio era transformar um distrito em Varsóvia, Polonia, com o objetivo de revitalizar uma área localizada ao lado da Estação Ferroviária de Warszawa Wschodnia, trabalhando simultaneamente no desempenho, bem como nos aspectos arquitetônicos, ambientais e sociais. Isso envolveu o design de uma nova moradia de estudantes e novas habitações, além de um centro de reuniões e entretenimento em um antigo prédio industrial que foi classificado como patrimônio histórico da cidade. O objetivo do concurso é desenvolver um projeto com impacto positivo para seus usuários e no planeta, com baixas emissões de carbono durante todo o seu ciclo de vida.
Os escritórios Gênesi e EVO Arquitetos foram premiados com o terceiro lugar no concurso nacional Iconicidades, promovido pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul e lançado em abril deste ano. A iniciativa buscava selecionar as melhores propostas de transformação de espaços públicos em locais de estímulo à economia criativa nas cidades de Pelotas, Rio Grande, Santa Maria, Cachoeirinha e São Leopoldo.
https://www.archdaily.com.br/br/986972/genesi-e-evo-arquitetos-sao-premiados-no-concurso-de-requalificacao-da-casa-da-feitoria-e-museu-do-imigrante-em-sao-leopoldoArchDaily Team
Hoje em dia está cada vez mais fácil notar a presença da tecnologia nas grandes cidades devido à velocidade em que nos movemos e ao capital. “Smart Cities” ou “Cidades Inteligentes”, é um termo popular para descrever a relação do planejamento urbano e tecnologia, cujo eixo norteador é a informação em prol da conectividade dos edifícios. Entretanto, a acessibilidade a essas novas tecnologias, revelou como é possível, a partir de nossas experiências únicas como cidadãos, acompanhadas de uma grande preocupação com o registro dos ambientes urbanos, mapear e vivenciar as cidades a partir de outras perspectivas.
A crise climática tornou as ondas de calor mais prováveis e intensas em todo o mundo. No hemisfério norte, as temperaturas recordes estão colocando milhões de pessoas em perigo. Durante os últimos meses, ondas de calor recorrentes afetaram a Europa Central e Ocidental, causando incêndios florestais, evacuações e mortes relacionadas ao calor. Nos Estados Unidos, os líderes locais também estão pedindo cautela, enquanto cidades densamente povoadas na Ásia estão anunciando estratégias para lidar com as temperaturas extremas.
As cidades estão na linha de frente desta emergência de saúde pública. As pessoas que vivem em áreas urbanas estão entre as mais atingidas quando ocorrem ondas de calor, em parte devido às ilhas de calor urbano. Este é um fenômeno que ocorre quando as cidades substituem a cobertura natural do solo por densas concentrações de superfícies que absorvem e retêm o calor, como pavimentos e edifícios. Os níveis de risco de calor também variam por bairro, sendo os setores menos influentes e historicamente marginalizados os mais afetados devido à densidade da população, acesso limitado aos sistemas de refrigeração e disponibilidade limitada de espaços verdes urbanos.
Ao contrário do que algumas pessoas erroneamente dizem, o enxaimel não é um estilo, mas sim uma técnica construtiva. Trazida ao Brasil pelos imigrantes alemães, foi utilizada principalmente em regiões do Espírito Santo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A técnica se tornou hoje um forte elemento de atração turística. Mas afinal, o que define ela?
https://www.archdaily.com.br/br/985955/o-que-e-arquitetura-enxaimelArchDaily Team
Existe uma só maneira de habitar o litoral? A costa do Pacífico, o maior oceano da Terra, é um vasto território que possui uma grande diversidade de temperatura, ventos, topografia, entre outras condicionantes. Portanto, há uma grande variedade de ecossistemas que vão desde a extremidade congelante dos polos, amplos desertos, florestas, até a selva tropical quente e úmida. Essa diversidade majestosa não é alheia à arquitetura, que responde aos diferentes contextos nos quais se insere. Como resultado, há uma multiplicidade de obras arquitetônicas que compartilham o enquadramento das vistas para o mar.
A lista a seguir apresenta 30 projetos residenciais ao longo da costa do Pacífico latino-americano, revelando as diversas abordagens arquitetônicas que existem neste litoral.
O premiado projeto Moradas Infantis em Canuanã foi desenvolvido pelos estúdios de arquitetura Aleph Zero e Rosenbaum entre 2016 e 2017. Localizado em uma escola rural mantida durante quase 40 anos em Formoso do Araguaia, no Tocantins, atende cerca de 842 alunos em um regime de internato. Os arquitetos foram escolhidos para requalificar o alojamento, formado por duas vilas idênticas, uma para mulheres e outra para homens, propostas para 270 alunos cada uma, e elaborar uma solução arquitetônica que organizasse o espaço habitacional dos estudantes em uma área escolar.
https://www.archdaily.com.br/br/985951/moradas-infantis-em-canuana-encontro-entre-arquitetura-vernacular-e-tecnologias-industriaisAlexandre Kok, Caio França, Gabriela Rudge, Lara Girardi, Lia Soares, Maria Clara Calixto, Marina Liesegang, Marina Saboya, Pedro Trama, Tamara Silberfeld e Valentina Kacelnik
Fruto direto do aquecimento global, o fenômeno das ondas de calor tem se mostrado mais avassalador e frequente a cada novo verão. A mais recente delas irrompe há dias na Europa, com agravamento nos países da região oeste, a exemplo de Bélgica e Reino Unido. O derretimento da superfície da pista de aterrissagem do Aeroporto de Luton e os incêndios causados na vila de Wennington, em Londres, e em Calatayud, no sudoeste da Espanha, são alguns dos episódios que ajudam a entender os contornos críticos do problema.
A venda casada é um dos grandes problemas relativos ao direito do consumidor e costuma ser proibida na maioria das economias de mercado. Ela acontece quando o vendedor condiciona a comercialização de um produto ou serviço à compra de outro. No Brasil, o código de Defesa do Consumidor, no artigo, 39, inciso 1.º,condena expressamente tal artifício.Por sua vez, a Lei 12.529/2011, a qual estrutura o sistema brasileiro de defesa da concorrência, em seu art. 36, inciso XVIII, estabelece que a venda casada constitui uma infração da ordem econômica.
O MVRDV iniciou a construção do Edifício Skanderbeg, conhecido como Tirana's Rock, um projeto de uso misto esculpido na forma do herói nacional da Albânia. O edifício é envolto em varandas curvas que dão forma à cabeça de Skanderbeg, servindo como um marco icônico na Praça Skanderbeg, no centro de Tirana. Uma vez concluído, o projeto será um dos maiores edifícios do mundo que também funciona como uma escultura figurativa, celebrando a história cultural do país e dando à capital albanesa uma identidade única.
"A luz e o movimento permitem-nos alcançar qualquer coisa que seja reconhecida como bela". Essa é uma frase de Álvaro Siza Vieira, arquiteto português que é unanimidade no mundo da arquitetura. Sua obra conduz a relação entre o espaço construído e o seu entorno, desenhando verdadeiras obras de arte que privilegiam a natureza. No design de mobiliário, a abordagem pode ser similar. A intervenção pode se dar ao luxo da condição de arte, de ressignificar e pertencer a novos diálogos como que emoldurados por uma cena de Museu.
Levada por essa provocação, a Dell Anno apresenta, para a campanha 2022 da marca, uma abordagem que reforça ainda mais o seu DNA de conexão entre arquitetura, arte e moda. Intitulada Singular Dell Anno, a campanha estabelece um paralelo com o trabalho sublime do arquiteto português, homenageando seu legado de simplicidade e sofisticação arquitetônica, que lhe rendeu o reconhecimento a nível mundial e o tornou grande influência arquitetônica de nossa atualidade.
"Menos é mais!", "ornamento é crime", são algumas das frases de modernos que moldaram a linguagem arquitetônica ocidental no século passado e ainda seguem como forte influência na hora de pensar os espaços hoje. O minimalismo, por mais que dificilmente seja realizado dentro de sua essência original, ainda tende a valorizar o vazio, a limpeza estética e o purismo do espaço.
O escritório de arquitetura holandês Mecanoo revelou seu projeto para o conjunto de arranha-céus mais alto da cidade de Haia, na Holanda. Apelidado de "The Grace", o projeto consiste em duas torres, uma de 150 metros de altura e outra de 180 metros. O projeto residencial vem como uma resposta à crescente demanda por moradias populares, além de promover um maior senso de comunidade.
O International High-Rise Award 2022/23 nomeou 34 projetos de destaque de 13 países diferentes para concorrer à edição deste ano. Selecionados pelo Deutsches Architekturmuseum (DAM), os edifícios selecionados foram escolhidos entre mais de 1.000 novos arranha-céus em todo o mundo, datados dos últimos dois anos. Como em anos anteriores, observou-se um declínio considerável nos arranha-céus concluídos.
O júri de jurados internacionais para o High-Rise Award deste ano foi composto pelo arquiteto Sven Thorissen (MVRDV) e incluiu arquitetos, engenheiros, críticos de arquitetura e representantes do DekaBank, da cidade de Frankfurt e do Deutsches Architekturmuseum (DAM). No outono, cinco finalistas serão anunciados para segunda etapa do processo, e o vencedor será lançado em 8 de novembro de 2022.