Este artigo foi originalmente publicado em 20 de julho de 2018. Para ler sobre outros projetos icônicos de arquitetura, visite nossa seção Clássicos da Arquitetura.
O Parque Ibirapuera constitui-se de um marco na cidade de São Paulo e na arquitetura moderna brasileira. Abrigando um conjunto de cinco edifícios culturais conectados por leve e sinuosa marquise, o projeto concebido pelo arquiteto Oscar Niemeyer em harmonia ao paisagismo, é como uma poesia pairando na malha urbana paulistana.
Com projeto encomendado em 1951 pelo Governador Lucas Nogueira Garcez, responsável por instituir uma comissão idealizadora composta por representantes dos Poderes Público e Privado nas comemorações do IV Centenário da Cidade de São Paulo, decidiu-se que o parque tornaria-se marco para a capital, servindo como importante chave cultural e de lazer. A ideia, que já havia sendo discutida anteriormente por Ciccillo Matarazzo, permitiu então a idealização de uma proposta que abrigava um conjunto de edifícios de caráter cultural e artístico.
Elementos metálicos vêm sendo usado na arquitetura e construção civil há centenas de anos, seja como elemento decorativo, coberturas ou mesmo para reforçar estruturas de alvenaria. No entanto, é apenas na segunda metade do século XVIII que surgem as primeiras pontes cuja estrutura era inteiramente feita em ferro fundido. Um século mais tarde, o ferro foi substituído por uma liga mais resistente e maleável, muito usada ainda hoje na arquitetura: o aço.
Mais denso que o concreto, a resistência o aço subverte seu peso e proporciona maior rigidez com menos material - permitindo a realização de estruturas mais leves e esbeltas que aquelas feitas de outros materiais, como a madeira ou o próprio concreto. Não é, de longe, o material mais usado na arquitetura residencial, entretanto, seu uso tem possibilitado a construção de alguns interessantes - e belos - exemplos de casas contemporâneas:
Como parte de nossa cobertura da Bienal de Veneza 2018, apresentamos a seguir a participação do escritório paulistano GrupoSP: uma instalação intitulada "unnamed spaces" que faz parte da exposição FREESPACE. Abaixo, os arquitetos descrevem sua contribuição com suas próprias palavras.
Espaços sem nome [unnamed spaces] era uma forma pela qual o professor e artista Flávio Motta [1] costumava designar os espaços livres, gentis e abertos de arquiteturas radicais que abrigavam a imprevisibilidade da vida. Podem também se referir aos espaços abertos ou as clareiras existentes em nossa urbe.
Normalmente, os espaços de uma casa são distribuídos em áreas comuns, quartos, cozinha e banheiros. No entanto, às vezes o cliente exige outros programas relacionados ao seu trabalho ou lazer, tornando o projeto da residência mais complexo. Como arquitetos, nos deparamos com um desafio interessante: mesclar a vida privada de seus habitantes com programas mais abertos, gerando espaços híbridos, muitas vezes de uso misto.
Conheça, a seguir, 26 projetos de residências que contam com notáveis adições, como lojas, campos de futebol, celeiros, estufas e até pistas de skate.
Plantas e espécies vegetais são excelentes elementos para compor a arquitetura e espaços construídos. Entretanto, quando se trata de ambientes internos – áreas que geralmente recebem menor quantidade de luz e ventilação natural – certas espécies apresentam resistência à adaptação.
Por isso, ao pensar em espécies vegetais para interiores - seja uma casa, apartamento ou um espaço comercial - algumas espécies são mais indicadas e se adaptam melhor. Compilamos, a seguir, 13 espécies com boa adaptação a ambientes internos.
Casas podem ser a projeção mais poderosa do valor da arquitetura. Uma vez que abrigar-se é essencial para todos nós, conceber o lar é a função universal da arquitetura. Somos todos especialistas em como nossa casa deve ser, para nós mesmos.
Mas os arquitetos geralmente têm uma visão diferente do lar. Vinte anos atrás — durante a recessão antes da última recessão —lembro-me de ouvir um arquiteto declarar que poderia se sustentar projetando casas até que “um trabalho de verdade surgisse”. Outro meme arquitetônico é o clássico primeiro emprego: projetar uma casa para seus pais.
É sempre muito delicado intervir em edificações históricas. Na arquitetura, seja por operações de restauro ou de requalificação espacial, projetos de intervenção são muitas vezes necessários para dar uma “vida nova” a edificações abandonadas ou descaracterizadas, alterando ou qualificando seu uso.
Junto ao desafio de preservar as construções já existentes, tentando não modificar bruscamente o desenho original das mesmas, há ainda o desafio por implantar edifícios ou elementos anexo capazes de atender as necessidades intrínsecas de cada caso, de forma a não “ferir” e/ou descaracterizar as edificações originais.
O piso de caquinhos, utilizado a partir da década de 1940 nas tradicionais casas brasileiras é considerado um legado à história paulistana. Mas, você conhece a história por trás dessa pavimentação?
Entre as décadas de 1940 e 1950, com o crescimento financeiro e desenvolvimento industrial, o polo cerâmico consolidava-se na cidade de São Paulo. Entre as indústrias, a Cerâmica São Caetano, localizada na cidade de mesmo nome da região do Grande ABC Paulista, destacava-se. Com cerca de três mil funcionários e um extenso perímetro – que hoje se transformou em um bairro autossuficiente, a fábrica produzia peças cerâmicas tingidas na cor vermelha, com placas quadradas nas dimensões de 20x20 centímetros – que era a mais popular e com menor preço. Além disso, eram produzidas peças nas cores pretas e amarelas, com preço mais elevado.
Responsável por atingir o marco de maior artista em integração da arte na arquitetura no território nacional, de forma que nenhum outro artista atingiu o tamanho de sua Obra Institucional, Athos Bulcão uniu a tradição da azulejaria à inventividade da composição aplicada na Arquitetura.
A tradição ceramista, que nasce de nossas raízes remontando as origens portuguesas através dos painéis figurativos compostos por pequenos módulos cerâmicos pintados, ganhou destaque a partir do período moderno através de nova vertente trazida pela produção dos azulejos abstratos geométricos.