Casas de madeira construídas sobre palafitas no distrito Educandos de Manaus. Foto de guentermanaus, via Shutterstock
A pandemia global provocada pelo coronavírus tem demandado ações emergenciais para salvar vidas que, por sua vez, demandam medidas complementares para preservar empregos e renda, especialmente da parcela mais vulnerável da população. No campo da arquitetura e do urbanismo não é diferente: a precarização de parte significativa dos profissionais se agrava em função da imposição do isolamento social como medida absolutamente essencial para enfrentar a pandemia. Sem reservas para garantir condições mínimas de sobrevivência, muitas arquitetas e arquitetos estão sem alternativas. Medidas emergenciais, como a renda básica, em discussão no Congresso, são urgentes. Acertadamente focam em pessoas de baixa renda, mas ações adicionais são necessárias, dada a dimensão da crise.
A pandemia de COVID-19 está nos mostrando mais uma vez a importância da prática profissional da arquitetura em situações de emergência. Atualmente, estima-se que 900 milhões de pessoas estão sendo forçadas à trabalhar de casa por causa do vírus, enquanto a maioria dos hospitais ao redor do mundo está enfrentando dificuldades para atender à todos os pacientes infectados. Por outro lado, esta não é a primeira vez que abrigos emergenciais se tornam uma prioridade e até mesmo uma urgente necessidade. Estruturas temporárias, historicamente, serviram à uma série de diferentes crises humanitárias. Esta pandemia não é a primeira e tampouco será a última vez que precisaremos delas.
Com os hospitais nos Estados Unidos cada vez mais lotados devido à pandemia do COVID-19, a startup JUPE HEALTH está criando uma série de unidades móveis para lidar com a falta de leitos. Segundo a equipe, o projeto foi concebido como unidades de repouso e recuperação que podem ser rapidamente implantadas, mas também podem servir como UTIs móveis.
A pandemia do COVID-19 reformulou a vida urbana e também deixou muitas ruas e edifícios vazios à medida que as pessoas praticam o distanciamento social. Da Times Square em Nova Iorque à Place de la Concorde em Paris, fotógrafos estão registrando essas cidades vazias em um momento de tensão no mundo todo. O New York Times publicou recentemente uma matéria intitulada O Grande Vazio, mostrando um novo lado da vida urbana em cidades e espaços públicos de diferentes países. Mais recentemente, cinco fotógrafos foram contratados para registrar Roterdã, nos Países Baixos, durante a pandemia.
O arquiteto, urbanista e escritor Michael Sorkin faleceu no dia 26 de março, em Manhattan, devido a complicações causadas por COVID-19. Diretor e fundador do Michael Sorkin Studios e presidente do grupo de pesquisa sem fins lucrativos Terreform, Sorkin era conhecido por seus artigos publicados no Village Voice, The Nation e muitas outras revistas.
A pouco mais de dois meses, a cidade chinesa de Wuhan surpreendeu o mundo ao construir um hospital em menos de dez dias. Com capacidade para mil novos leitos, trinta unidades de terapia intensiva e uma dezena de salas de isolamento, o Hospital Wuhan Huoshenshan foi construído às pressas por uma equipe de mais de sete mil trabalhadores em resposta à emergência sanitária causada pelo COVID-19. Pouquíssimas pessoas estavam preocupadas ou sequer conscientes daquilo que estava acontecendo do outro lado do mundo naquele momento. Mas tudo mudou muito rapidamente e hoje, com um saldo de meio milhão de casos positivos e mais de vinte mil mortes confirmadas no mundo todo até o dia 26 de Março, a escassez de recursos – e de espaços adequados para o atendimento básico e intensivo – nos centros médicos da maioria de nossas cidades está começando a ser um problema real, e muitos países estão começando a se preparar para o pior.
BIM pode ser uma ferramenta importante para a organização do canteiro de obras. Foto de Jamie Street, via Unsplash
A Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura do Rio Grande do Sul - AsBEA-RS lançou em seu canal do Youtube mais de 40 horas de vídeos com aulas e discussões sobre BIM, sustentabilidade, normas técnicas e outros temas relacionados à arquitetura.
Cortesia de CURA/ CRA-Carlo Ratti Associati e Italo Rota
O escritório CRA-Carlo Ratti Associati, juntamente com Italo Rota e uma equipe internacional de especialistas, desenvolveu o CURA (Unidades Conectadas para Doenças Respiratórias), uma espécie de módulo de terapia intensiva plugável para a pandemia de COVID-19. Um projeto de código aberto para hospitais em situação de emergência, a primeira unidade do projeto está atualmente em construção em Milão, Itália.
A medida que a pandemia de coronavírus continua a se espalhar rapidamente pelos quatro cantos do planeta, levantando uma série de questionamentos e perguntas ainda sem respostas, a única resolução possível para este momento para a maioria dos países afetados (e até agora a nossa mais eficaz arma para combater a disseminação do vírus), foi a implementação de medidas de quarentena à população. O isolamento social serve para evitar a circulação do inimigo invisível, minimizando as possibilidades de contágio. Como resultado de tais medidas restritivas, espaços públicos e privados foram fechados, muitas vezes, por tempo indeterminado. Tais medidas, recebidas inicialmente com certo ceticismo e depois com certa resignação, não apenas têm se mostrado bastante eficientes na diminuição de novos contágios e consequentemente das mortes, mas também provocaram um alvoroço no cenário econômico mundial, levantando uma pergunta com duas conotações bem diversas: e agora? o que vamos fazer? Enquanto alguns se perguntam como seguir trabalhando neste momento de contenção, milhões de pessoas se perguntam se terão o que comer no dia seguinte.
O Departamento de São Paulo do Instituto de Arquitetos do Brasil (IABsp), disponibilizou uma série de vídeos de palestras, aulas e debates em seu canal no Youtube. São vídeos sobre mobilidade urbana, patrimônio arquitetônico, concursos de projetos, política urbana, habitação, saneamento ambiental, expografia, entre outros.
À medida em a China anuncia o fechamento de hospitais temporários em Wuhan em decorrência da diminuição dos casos de COVID-19 e estabilização da pandemia, países do ocidente assumem posturas cada vez mais restritivas para impedir que a epidemia se alastre. Em face das políticas de quarentena e isolamento impostas por autoridades do mundo todo, perguntamos aos nossos leitores como o coronavírus está afetando o cotidiano dos arquitetos. As respostas ajudam a compor um quadro geral do clima instaurado pela pandemia - e o modo como estamos lidando com ela.
Em períodos de pandemias, como a que enfrentamos agora com o COVID-19, a quarentena é uma medida fundamental para conter os riscos à população e não sobrecarregar o sistema de saúde. Nestes momentos de reclusão, são comuns a revisão de hábitos e os questionamentos sobre o modelo de vida que levamos. Como arquitetos, um dos desafios da profissão é projetar locais que satisfaçam as necessidades básicas comuns a todos, mas também as especificidades de cada indivíduo, de forma que as residências deem conta de abarcar o necessário para a vida cotidiana durante tempo indeterminado.
A União Internacional de Arquitetos, UIA, o Instituto de Arquitetos do Brasil, IAB e a Comissão Executiva UIA2020RIO seguiram as recomendações das autoridades públicas e da indicações gerais da OMS em meio à pandemia de COVID-19 e optaram por adiar o 27° Congresso Mundial Arquitetos para julho de 2021. A decisão faz coro à diversos outros eventos relacionados à arquitetura que tiveram que ser adiados, dentro os quais a Bienal de Veneza e o Salone del Mobile.
Em resposta à disseminação generalizada do surto de coronavírus no planeta, acredita-se que cerca de 900 milhões de pessoas estejam em quarentena domiciliar atualmente. De um dia pra o outro, profissionais do mundo todo foram impelidos à ficar em casa, provocando uma mudança repentina e inesperada para um modo de trabalho remoto, o que por si só, representa um grande desafio para a grande maioria deles. Embora a rotina da maioria dos arquitetos e arquitetas tenha mudado muito pouco ou quase nada, o home office é ainda hoje uma prática pouco comum para muitos de nossos colegas. Para a equipe do ArchDaily, por outro lado, isso já é realidade há muito tempo. A partir da nossa experiência, podemos garantir que não apenas é viável trabalhar em casa, mas que este modo de trabalho nos permitirá ter mais tempo para aprimorar as nossas habilidades e conhecimentos.
https://www.archdaily.com.br/br/936128/conselhos-para-trabalhar-em-casa-durante-a-pandemia-de-covid-19Niall Patrick Walsh
Edifícios nem sempre são capazes de dar respostas rápidas às questões sociais mais urgentes. Ainda assim, no auge da crise pandêmica na China, as fachadas dos edifícios se transformaram em um dos principais veículos de informação e um das armas mais poderosas no combate à disseminação do vírus. Rapidamente, no pior momento do surto de coronavírus na cidade de Wuhan, as autoridades locais utilizaram telas de LED e super-projetores para reproduzir imagens de esperança e solidariedade. Recentemente, outros países também adotaram a mesma estratégia, e até agora, parece que tal abordagem tem dado ótimos resultados no combate à propagação do contágio.
A pandemia do Coronavírus tem tomado conta dos noticiários há alguns meses e impondo modificações, até então inimagináveis, ao cotidiano de toda a população mundial. Ainda que a situação seja preocupante e até desesperadora em alguns casos, ter ciência do comportamento do vírus e entender formas de evitá-lo, parece ser o melhor caminho. A COVID-19 é uma doença respiratória e se espalha por gotículas no ar. O que a torna especialmente perigosa é sua alta taxa de contágio, uma vez que o vírus pode sobreviver fora do corpo humano, no ar e em superfícies como metal, vidro e plásticos, se estes não forem desinfetadas adequadamente. Mas de que forma o vírus se comporta em cada um dos materiais? [Última atualização: Julho de 2020]
À medida em que todos nós diminuímos o ritmo para reduzir o impacto da pandemia de COVID-19, quero compartilhar com vocês como o ArchDaily está enfrentando essa situação e o que estamos fazendo (juntos com vocês) para manter a comunidade da arquitetura informada e conectada. Esta é nossa responsabilidade.