C21 Encontros | Lições para São Paulo O que temos a aprender com outras cidades
Quais experiências e soluções urbanas mundo afora poderiam ser adaptadas ou replicadas em São Paulo para criarmos uma cidade mais humana e saudável? Esse é o tema do nosso encontro que acontece no próximo dia 29, às 19h, na Galeria Idea!Zarvos.
Para essa conversa, recebemos:
Gabriel Ranieri, arquiteto, urbanista e sócio-diretor do Studio Arthur Casas;
Philip Yang, fundador do Instituto Urbem, instituição dedicada à estruturação de projetos urbanos;
Maurício Barbosa, diretor da Hurbana, voltada à expansão do modelo da Cidade Pedra Branca (SC);
A mediação é de Mariana Barros, sócia-fundadora da
Este artigo foi originalmente publicado em Common Edge.
Quando Brenda Mendoza contou a um repórter da NPR sobre seu trajeto para o trabalho, ela se tornou o rosto da atual crise habitacional em Los Angeles. Mendoza, uma roupeira de um hotel Marriott, morava com sua família em um apartamento em Koreatown, onde cresceu, a apenas 10 minutos de seu trabalho. O proprietário aumentou o aluguel, então ela se mudou para um lugar mais barato em Downey. Quando esse aluguel também ficou inacessível, ela se mudou para Apple Valley e agora levanta às 3h30 da manhã para dirigir 160 quilômetros até o trabalho, deixando o marido e o filho em seus empregos pelo caminho. Ela não se mudou para Apple Valley para investir em uma casa que pudesse amar. Simplesmente encontrou um aluguel igualmente instável, mas ligeiramente mais acessível, a horas de seu local de trabalho.
O que é arquitetura? São projetos grandiosos com estruturas complexas, desafiando as leis da física? São edifícios simples e cotidianos que, quando reunidos, criam o tecido urbano? Em meados do século XVIII, Laugier introduziu o conceito de cabana primitiva, uma estrutura, essencialmente uma casa, projetada e construída para atender às necessidades básicas do ser humano primitivo: abrigá-lo das intempéries da natureza. Qualquer estrutura que atenda a esses requisitos seria considerada uma arquitetura autêntica. Porém, desde então, nossas necessidades evoluíram e estão muito mais elaboradas, principalmente quando se trata de nossas casas. Elas precisam oferecer abrigo, segurança, conforto térmico e espaços amplos. As nossas casas devem ser econômicas, sustentáveis e ter acesso à Internet, entre muitos outros pré-requisitos. Então, como seria a casa ideal do ser humano contemporâneo e, portanto, a "verdadeira" arquitetura?
The Science of a Happy Home Report, relatório realizado por Resi primeiro em 2020 e novamente no pós-pandemia de 2023, procurou descobrir exatamente quais elementos as pessoas acreditavam constituir o definitivo lar feliz. Os resultados foram seis qualidades proeminentes: uma casa que é adaptável para atender às nossas necessidades em constante mudança, uma casa que nos permite conectar e construir relacionamentos, uma casa que reflete a nossa personalidade e valores, uma casa nutritiva que fornece as condições que precisamos para prosperar (ou seja, qualidade do ar), uma casa que nos ajuda a relaxar e uma casa que oferece segurança e nos faz sentir seguros. Essas necessidades, no entanto, não estão sendo atendidas na maioria dos lares do Reino Unido, e é aí que entra a Resi.
A janela para resolver a mudança climática está se estreitando; qualquer solução deve incluir o carbono incorporado. O Sexto Relatório de Avaliação publicado pelo IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) concluiu que o mundo poderia emitir apenas 500 gigatoneladas a mais de dióxido de carbono, contados a partir de janeiro de 2020, se quisermos ter 50% de chance de ficar abaixo de 1,5 grau. Somente em 2021, o mundo emitiu cerca de 36,3 gigatoneladas de carbono, a maior quantidade já registrada. Estamos no caminho para estourar nosso orçamento de carbono nos próximos anos e, segundo o relatório, “as escolhas e ações implementadas nesta década terão impactos agora e durante milhares de anos.”
O episódio 75 do Betoneira contou com a presença de Otavio Zarvos, fundador da imobiliária Idea!Zarvos, de São Paulo. Na entrevista, ele contou sobre seu primeiro projeto construído no bairro Vila Madalena, e como atraiu outros investidores, comprou alguns imóveis no entorno e iniciou o que viria a ser uma das imobiliárias mais conhecidas da cidade. Sua experiência como administrador o ajudou a planejar e fazer as contas necessárias para o empreendimento dar certo.
A Atrium Ljungberg divulgou recentemente o projeto Stockholm Wood City, o maior empreendimento urbano em madeira do mundo. A construção está prevista para iniciar em 2025 e os primeiros edifícios devem ser concluídos em 2027.
Com impressionantes 250 mil metros quadrados, o projeto estabelece um exemplo sustentável para o mercado imobiliário, o que é essencial já que o ambiente construído contribui com 40% das emissões mundiais de CO₂. Além disso, a Stockholm Wood City está prestes a se tornar um ponto de virada na arquitetura e planejamento urbano sustentável. Situada em Sickla, no sul de Estocolmo, este bairro inovador oferecerá mais de duas mil residências e sete mil espaços comerciais. Ao mesclar espaços de trabalho, residências, comunidades, estabelecimentos gastronômicos e espaços de varejo, o objetivo é criar um ambiente urbano vibrante e dinâmico.
A satisfação em viver mais está associada a oportunidades de seguir uma vida ativa, manter-se atualizado e sentir-se inserido na sociedade. Para isso, cabe aos espaços construídos favorecerem isso a partir de estruturas flexíveis, moldáveis às necessidades de seus usuários, de forma gradual e adaptativa, independente de sua idade.
O setor imobiliário começa a despertar para o imenso potencial que existe na arquitetura voltada à qualidade da saúde e ao aumento da expectativa de vida humana. À medida que olhamos para o futuro dos imóveis, podemos esperar um uso mais inteligente das tecnologias, com inovações e novas métricas para estabelecer uma melhor compreensão do que é bem-estar e qual sua relação com o ambiente natural ou construído. Essa qualificação representará aumento exponencial nas vendas com a viabilidade de tornar um imóvel flexível e adaptável ao longo dos diferentes momentos da vida de seu morador.
https://www.archdaily.com.br/br/1001648/espacos-para-o-envelhecimento-ativo-estrategias-arquitetonicas-para-o-aging-in-placeCiro Férrer Herbster Albuquerque e Maria Eduarda Alvares Kopper
Existe uma compreensão subjetiva que nos orienta quando pensamos sobre valores de imóveis. E esse entendimento está basicamente conectado à fórmula como os mercados moldam as cidades. Enquanto uma distribuição espacial dos preços nos sugere valorizar mais as terras dispostas nos centros urbanos, o mesmo modelo econômico faz um contraste e propõe valores menores aos espaços mais afastados.
Historicamente, zonas centrais portuárias foram as responsáveis pelo desenvolvimento de muitas cidades em polos comerciais, que se expandiram também por princípios geográficos e econômicos. Em um modelo urbano padrão, é a partir do centro que as forças de mercado distribuem os preços das terras e suas densidades, que, certamente, consideram os custos de transporte, a renda e a população total.
O Centro de Arquitetura da Estônia escolheu a exposição "Home Stage", com curadoria de Aet Ader, Arvi Anderson e Mari Möldre da b210 Architects, para representar o Pavilhão da Estônia na 18ª Mostra Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza. Montada em um apartamento alugado perto da saída dos fundos do complexo Arsenale, a exposição explora a contradição entre o local de moradia como um lar e como um valor de troca. Artistas estonianos farão uma residência neste apartamento em Veneza, que se tornará tanto uma casa como um palco. A exposição estará aberta de 20 de maio a 26 de novembro de 2023.
Um desenvolvedor em Nova York comprou o primeiro edifício comercial de token não fungível (NFT) na cidade de Nova York. "Localizado" na 44 West 37th Street, o NFT de 4.700 metros quadrados serve como um ativo digital imutável que aponta para uma transformação na forma como projetamos, construímos, operamos e monetizamos nossos espaços, com apenas "um clique". O edifício de 16 andares foi criado pela empresa de inteligência espacial Integrated Projects e questiona a função da arquitetura no mercado imobiliário e no metaverso.
O grande debate começa: como projetamos e construímos uma cidade de forma que todos se beneficiem? Naturalmente, você já tem uma posição nessa guerra urbana. Ou você é um NIMBY, acrônimo de “Not In My Backyard” (não no meu quintal, em tradução livre), o que significa que você se opõe a novos empreendimento em seu bairro; ou você é um YIMBY, “Yes In My Backyard”, e é pró-desenvolvimento, seja qual for seu motivo. Mas essas siglas não descrevem os problemas reais que levam as pessoas a se posicionarem de um lado ou de outro desse infinito cabo de guerra do “Não construa isso!” e “Sim! Construa isso!”
O MetaMundo lançou seu segundo NFT tridimensional, uma casa ao lado do oceano, completa com uma galeria NFT, pavilhões de meditação e áreas de entretenimento. A estrutura foi projetada pelo arquiteto americano e criativo híbrido Luis Fernandez para se tornar um espaço imersivo para fazer reuniões, brincar e relaxar. Através deste projeto, o arquiteto pretende explorar a mudança de paradigma da construção no metaverso. À medida que as leis da física se tornam irrelevantes e os materiais são reduzidos a imagens de superfícies, ele se pergunta o que a arquitetura significará para o metaverso, como vamos experimentá-la e como vamos usá-la?
Adam Neumann, cofundador da empresa de coworking WeWork, está lançando a Flow, um novo empreendimento que visa transformar o mercado imobiliário residencial de aluguéis. Embora os detalhes ainda não estejam claros, a empresa parece estar focada na criação de um produto de marca com foco nos recursos da comunidade, conforme relatado pelo The New York Times. A empresa recebeu apoio financeiro de aproximadamente US$ 350 milhões da Andreessen Horowitz, uma importante empresa de capital de risco do Vale do Silício e um dos primeiros investidores do Facebook e do Airbnb. Espera-se que a Flow seja lançada em 2023.
O Alexander Team e a empresa de desenvolvimento imobiliário do metaverso Everyrealm, anunciaram o lançamento de "The Row", uma comunidade imobiliária do metaverso exclusiva para membros, com arquitetura projetada por artistas de renome mundial. The Row será lançado na plataforma Mona de construção de mundos do metaverso e contará com uma série limitada de 30 marcos arquitetônicos em 3D, cada um vendido como NFT projetado por artistas como Daniel Arsham, Misha Kahn, Andrés Reisinger, Alexis Christodoulou, Six N. Five e Hard.
O mais novo episódio do Arquicast sobre as tendências no mercado da construção trata de temas que centralizaram os debates em arquitetura ao longo de 2021 e como essas questões estão orientando as expectativas do nosso mercado para este novo ano. Sustentabilidade, inovação, tecnologia e cultura de trabalho estão entre os conceitos abordados e que, de alguma forma, parecem centrais às mudanças que 2022 anuncia.
No ano passado, os NFTs entraram no domínio da arquitetura, provocando discussões sobre o papel da profissão na futura economia digital. Do design de imóveis digitais a exposições e eventos de arquitetura explorando seu valor até chegar aos escritórios de arquitetura estabelecidos que abraçaram o novo meio, os NFTs foram adotados pela profissão como a promessa de uma nova forma de produção criativa. Veja, a seguir, um resumo dos experimentos da arquitetura com NFTs até agora, juntamente com uma série de artigos do Archdaily esclarecendo o assunto.
A aflição e o estresse que vêm com a compra de uma casa é algo que todos os interessados em adquirir uma propriedade temem. O longo processo de negociações entre compradores e vendedores, pagamentos adiantados e custos burocráticos elevados exigem um processo mais simples e conveniente nas transações imobiliárias. Os consumidores de hoje esperam um rápido retorno em todos os serviços, incluindo a compra de uma casa. Digite iBuyers e descubra como eles estão removendo os obstáculos em torno deste procedimento e tornando as avaliações e vendas de casas um processo mais automatizado.
Você estaria disposto a comprar uma casa através de um robô, utilizando apenas um aplicativo? À medida que a tecnologia se torna cada vez mais integrada ao setor de arquitetura e real state, a ideia, antes bizarra, torna-se realidade. Apenas uma década atrás, quase ninguém falava sobre tecnologia e startups no ambiente construído. O setor imobiliário, que historicamente carecia de inovações tecnológicas em comparação a outros setores, agora está se posicionando para se reinventar, como um setor mais eficiente, flexível e automatizado - resultando em uma das mais novas palavras-chave, que está dominando o mundo, as proptechs - (property technology).