No início deste ano, a companhia holandesa TomTom (TOM2) divulgou um relatório detalhado com as cidades ao redor do mundo que mais sofrem com congestionamentos, baseado nos resultados do Índice TomTom Traffic 2017. De acordo com a análise mais recente, a Cidade do México permanece no topo da lista das mais congestionadas. Os condutores da capital mexicana gastam em média 66% a mais de tempo nos percursos em qualquer hora do dia, e até 101% nos horários de pico, totalizando assombrosas 227 horas a mais gastas no trânsito todos os anos.
As próximas colocadas são Bangkok (61%), Jacarta (58%), Chongqing (52%) e Bucareste (50%), constituindo as cinco cidades mais congestionadas do mundo. Saiba mais sobre o Índice de Tráfego da TomTom a seguir.
Costumo dizer aos arquitetos com os quais trabalho que pratiquem esse “mantra” todos os dias, pois sintetizam para mim os critérios básicos para o raciocínio do desenho urbano:
No início do ano, São Paulo se tornou oficialmente uma referência mundial em planejamento urbano. Um concurso promovido pelo Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat) premiou o Plano Diretor da cidade como um dos quatro melhores projetos entre 146 candidatos de 16 países. O reconhecimento é originado de um projeto que desde sua concepção visou diminuir a desigualdade social e promover o desenvolvimento econômico através de um fio condutor: o transporte coletivo. Entrevistamos o arquiteto e urbanista Gustavo Partezani, um dos responsáveis pela formulação do Plano Diretor Estratégico (PDE) de São Paulo e falamos sobre esse desafio, como o novo plano endereça essas questões e as mudanças já percebidas desde que o documento entrou em vigor, entre outros tópicos.
Em um recente TED Talk, o arquiteto Siamak Hariri apresentou o processo de projeto para o Templo Bahá'í da América do Sul. Parte de um concurso de 2003 para projetar o último dos templos continentais da fé, em Santiago, Chile, Hariri lembra-se de um momento como estudante em Yale quando aprendeu sobre o poder transcendente da arquitetura - algo que ele tentou recriar no projeto para este templo.
O jornal colombiano El Tiempo, através de sua plataforma digital El Tiempo 360°, oferece a oportunidade de percorrer e explorar diferentes locais turísticos do mundo. Suas produções audiovisuais abrangem um amplo espectro cultural, ressaltando o valor do cotidiano e o encontro entre espacialidade, geografia e identidade.
A plataforma escolheu Bogotá, percorrendo quatro de seus espaços mais emblemáticos com um mapa que ilustra também as obras urbanas e edificações. Junto a isso, os vídeos contam com uma pequena resenha sobre a paisagem e sua construção histórica.
Nesta série, o fotógrafo Julien Lanoo volta suas lentes para a Fundação Aishti, projetada pelo escritório Adjaye Associates em Beirute, um centro comercial e museu que exibe a coleção particular de arte contemporânea de Tony Salamé, fundador da luxuosa loja Aishti, do Líbano.
Localizado em um terreno costeiro no centro Beirute, o edifício integra os dois programas, estabelecendo o que os arquitetos chamam de "celebração de vistas nos espaços, bem como uma paginação homogênea de azulejos que apresenta uma linguagem que unifica o piso, fachada e cobertura do edifício." Os espaços internos são organizados em torno de um átrio central reflexivo, enquanto que uma paisagem ondulante recupera o espaço público à beira-mar e abre perspectivas para a cidade.
Ampliar o acesso das pessoas ao transporte público e às oportunidades da cidade é o atual grande desafio dos grandes centros urbanos brasileiros. É preciso pensar no futuro como um cenário de ruas mais vibrantes, onde é seguro caminhar, usar a bicicleta ou o transporte público. Construir esse cenário é o objetivo do Desenvolvimento Orientado ao Transporte Sustentável (DOTS), tradução do termo original em inglês “Transit-Oriented Development”.
https://www.archdaily.com.br/br/870636/como-desenvolver-estrategias-para-o-desenvolvimento-urbano-no-entorno-dos-corredores-de-transporteITDP Brasil
Se eu tivesse que adivinhar, diria que já faz quarenta anos que Columbus, Indiana, foi o tema quente das conversas de coquetéis em encontros de arquitetura em Nova Iorque. Naqueles dias, era o patrocínio superalimentado do industrial J. Irwin Miller e sua relação com arquitetos como Eero Saarinen e Alexander Girard que estimularam uma onda de arquitetura inovadora e provocante na pequena cidade do meio-oeste dos EUA. Colombo, com uma população de 45.000 habitantes, tem um posto de bombeiros Robert Venturi, uma escola John Johansen, um parque de Michael Van Valkenburgh e vários edifícios de Eliel e Eero Saarinen, incluindo a icônica Casa Miller, de Eliel.
Histoire d’Architecture é o título da monumental obra em dois volumes escrita e ilustrada pelo historiador francês Auguste Choisy em 1899 em que se dedica, como sugere o nome, ao estudo da história da arquitetura, desde os primórdios das artes de construir e da arquitetura egípcia até a investigação de monumentos e edificações mortuárias contemporâneas [de sua época, evidentemente] e revestimentos decorativos, passando também pela observação da arquitetura grega e romana e suas técnicas construtivas. Um enorme compêndio da história da arquitetura de 1.442 páginas e 1.700 ilustrações[1] que esmiúça seus mais detalhados pormenores.
Tenho dado aulas nos últimos dez anos e tenho visto com espanto como os estudantes universitários de arquitetura estão cada vez mais convencidos de que a Faculdade de Arquitetura é como o Uber ou o Netflix.
Acostumaram-se a escolher, rejeitar e evadir, apenas deslizando um dedo para o lado. Se você não gostam do escritório, podem deslizar algo mágico e passar ao seguinte. Como quando pedem um Uber e cancelam a viagem se não gostam do carro ou do rosto de quem irá recebê-los na porta. Creem que se os professores não os qualificam como esperam, eles podem dar uma ou duas estrelas na avaliação e a universidade lhes devolverá sua mensalidade. Nada do encontro de ideias e aprendizagem progressiva que significa a universidade. Pagam (ou seus pais) por um serviço, como uma assinatura do Netflix ou uma casa no Airbnb.
O bem-estar mental é um tema de verdadeira preocupação na arquitetura. Uma pesquisa recente do The Architects' Journal revelou que mais de 52% dos estudantes de arquitetura expressaram preocupação com relação à sua saúde mental. [1] Quando se leva em consideração a quantidade de tempo dedicado aos trabalhos, a natureza competitiva do curso,e a própria duração do curso, talvez isso não seja surpreendente.O costume de "virar noites" da maioria das escolas de arquitetura potencializa o problema, como estudos mostram que a falta de sono reduz a resiliência da mente para questões como ansiedade e depressão. [2]
No entanto, este aspecto do sistema de educação em arquitetura não está mostrando nenhum sinal de mudança. O que os estudantes de arquitetura (e profissionais) podem fazer para minimizar o impacto que a arquitetura tem no seu bem-estar psicológico? Eu diria que a resposta, pelo menos parcialmente, pode ser encontrada na prática da meditação.
A crise da mobilidade urbana inspirou a reflexão sobre os modais de transporte e sua relação com eficiência, tempos de trajetos, poluição gerada, infraestrutura necessária, custos de implantação e operação e os impactos na saúde dos usuários. Atualmente, governos realizam grandes investimentos em novas infraestruturas que permitem que populações equivalentes a cidades inteiras se desloquem longas distâncias diariamente. Em São Paulo, por exemplo, o equivalente à população do Uruguai sai da Zona Leste para o Centro todos os dias.
Vamos encarar. Todos nós gostamos de viajar, visitar novas cidades, conhecer novas culturas e experimentar novas gastronomias. Geralmente, quando voltamos para casa com cargas de roupa suja e exaustos, sentimos que precisamos de um feriado das nossas férias. Mas mesmo assim, no momento em que chegamos em casa, já estamos pensando na próxima viagem. No entanto, nem sempre podemos viajar; tempo, dinheiro ou compromissos podem acabar nos impedindo de rodar o mundo. Neste caso, podemos recorrer à Internet, mais especificamente ao YouTube.
Mate sua vontade de viajar (ou alimente ela) com os vídeos de Epic, que dão ênfase "ao que vemos cotidianamente mas que passa despercebido". Do detalhe de um guarda-corpo gótico ao skyline de uma metrópole, sente-se e percorra o mundo com estes vídeos de Epic.
https://www.archdaily.com.br/br/870323/visite-50-lugares-do-mundo-atraves-de-sua-tela-e-sem-distracoesArchDaily Team
Pode parecer audacioso, mas Fortaleza tem o objetivo de se tornar a cidade mais ciclável do Brasil. Nesse caminho, a mobilidade da capital do Ceará passa por mudanças que beneficiam tanto os moradores quanto os turistas que, além das belas paisagens, agora podem encontrar ciclovias, ciclorrotas e um sistema mais integrado de transporte coletivo.
Ao todo, a rede cicloviária da cidade soma 204,6 km, resultado de um crescimento de 180% desde 2012, quando era de 72,9 km. Dois sistemas incentivam as pedaladas: o Bicicletar, iniciado em 2014, que tem 80 estações de bicicletas compartilhadas pela cidade e surgiu como uma solução de transporte de pequeno percurso para facilitar o deslocamento das pessoas. Atualmente,conta com 133 mil usuários cadastrados e 2.600 viagens por dia, o que já ajudou a evitar que 535 toneladas de gás carbônico fossem emitidas na atmosfera. No último dia 23 de março, foi lançado o projeto Mini Bicicletar, que busca incentivar o uso da bicicleta desde a infância, com ações educativas e opções de lazer para as crianças em espaços públicos.
Muitas vezes planejamos nossa graduação como um período que temos que passar fazendo o que os professores nos pedem, seguindo os livros, sem refletir muito e cumprindo com o currículo. Claro que este é o caminho mais rápido para terminar a corrida, mas nem sempre é a maneira mais divertida, e é certamente a menos enriquecedora. Ocasionalmente aparecem alunos que nos lembram que nem tudo na faculdade se resume a ser aprovado, que temos que fugir das predefinições. Esse é o caso dos espanhóis Alfonso Melero e Luis Ortiz.
As tecnologias digitais deveriam, supostamente, acabar com o desenho. E de algum modo, elas fizeram isso, com o CAD tirando o desenho à mão de cena há muito tempo. Mas o desenho é mais do que mera delineação - desenhos construtivos em escala - ou mesmo renderização, que se converteu em uma mera ferramenta de marketing. Na verdade, como Sam Jacob escreve, o desenho constitui um "ato arquitetônico" fundamental que está no cerne da auto-compreensão da disciplina.
Jacob descreve um novo modo de desenho "pós-digital" que incorpora pistas narrativas, alusões históricas de arte e técnicas de colagem habilitadas por softwares. Lembra as perspectivas de um ponto de fuga de Mies e as pinturas metafísicas de Chirico, bem como a irreverência afetada do pós-modernismo. É um estilo popularizado por blogs como KoozA/rch, fundado pela arquiteta Federica Sofia Zambeletti há três anos. Conversamos com Zambeletti sobre o ressurgimento do desenho arquitetônico e como o estilo poderia em breve esgotar-se.
Se você está lendo isso, você provavelmente trabalha no mundo do design, e como resultado você já pode ter ouvido falar de Scrum. Esse é um método de projeto originalmente introduzido por Hirotaka Takeuchi e Ikujiro Nonaka nos anos 80 para descrever um processo de desenvolvimento de produto e posteriormente formalizado como um software por Jeff Sutherland, em 1995. Ele depende da organização de uma equipe e de suas tarefas em torno dos princípios de foco e flexibilidade: foco em uma tarefa singular dentro de um determinado período de tempo e flexibilidade em resposta à mudança da demanda do cliente, feedback do usuário e desafios da atividade. O Scrum mantém um projeto dentro do cronograma, onde toda a equipe está trabalhando para um resultado importante dentro de datas definidas e comunicando continuamente potenciais impedimentos para atingir o prazo.
Esta semana, a Apple Store em Dubai foi inaugurada oficialmente ao público, tornando-se o 494° estabelecimento desde a abertura de sua primeira loja em 2001, no Condado de Fairfax, Virginia. A partir deste momento, as lojas se tornaram sinônimo de design inovador e de intenso uso de materiais translúcidos e transparentes.
Com essas novas lojas, a Apple tem tentado construir o que eles chamam de uma "praça moderna", onde os visitantes vão não apenas para comprar, mas para inspirar-se, aprender e se conectar com outras pessoas em um espaço comunitário acolhedor.
Para marcar a abertura da sua nova loja em Dubai, selecionamos 11 das lojas mais icônicas da Apple em todo o mundo.
O projeto de transformação da residência Castor Delgado Perez, criada por Rino Levi em 1958, na nova sede da Luciana Brito Galeria recebeu o prêmio Preservação de Patrimônio Moderno na categoria Arquitetura daAPCA(Associação Paulista de Críticos de Arte), em 2016. No vídeo, a galerista Luciana Brito, o arquiteto José Armênio de Brito Cruz e a paisagista Klara Kaiser - todos premiados - revelam detalhes do processo. O vídeo, realizado pela APCA e pela Editora Monolito, foi dirigido por Fernando Serapião e contou com a parceria de fomento do CAU/SP.
O SketchUp é um dos softwares de modelagem 3D mais utilizados na comunidade criativa internacional, graças a suas ferramentas intuitivas de trabalho e das constantes atualizações por parte dos usuários, tanto através de sua biblioteca de código aberto como o desenvolvimento de plugins.
Como qualquer ferramenta digital, as dicas e a frequência do uso permitem que o trabalho se torne mais organizado e rápido, obtendo, no caso do SketchUp, um ambiente de trabalho eficiente.
Por esta razão, apresentamos algumas dicas úteis para quem trabalha com o SketchUp.
Ontem, dia 26 de abril de 2017, comemoramos o aniversário de 100 anos de I.M. Pei. A ocasião oferece uma oportunidade maravilhosa para dar uma olhada retrospectiva em um dos arquitetos mais significativos e produtivos dos últimos 100 anos, com muitas organizações de eventos, comemorações e simpósios para falar sobre Pei e seus projetos notáveis. No entanto, nesses eventos, assim como em toda a carreira de I.M. Pei, é improvável que haja muita conversa intelectual sobre seu legado arquitetônico. A principal discussão em torno de I.M. Pei ainda está focada em seu talento de projeto e narrativas intrigantes sobre o carisma que ele usa para convencer os clientes a continuarem através de projetos árduos.
Embora o próprio Pei nunca tenha falado muito sobre sua teoria projetual ou sobre a base intelectual de seus projetos, essas simples narrativas deixam certas questões sem resposta: de onde vem a inspiração de I.M. Pei para a forma arquitetônica? Como seu projeto arquitetônico afetou os arquitetos e artistas e contribuiu intelectualmente para o mundo da arte contemporânea?
https://www.archdaily.com.br/br/870108/a-inspiracao-de-im-pei-uma-comparacao-de-sua-arquitetura-com-a-arte-minimalistaTianci Han
Diferente de muitas outras artes, a arquitetura guarda algumas singularidades que só poderiam encontrar respaldo em um campo que, por natureza, se coloca como uma combinação de outros campos. De início, chamá-la de arte pressupõe afastar o foco de sua natureza técnica e social, voltando-o para questões relativas à liberdade artística e experimentações formais daqueles que a concebem. Falso se tomado como único modo de compreender e abordar a arquitetura, mas verdadeiro se visto como um dos modos de fazê-lo.
Há uma peculiaridade na arquitetura como arte, se a tomarmos em comparação com outras artes: o não-reconhecimento do “artista”. A produção de outros campos, ao atingir determinado grau de reconhecimento e legitimação dentro do próprio campo, extrapola seus limites e passa a fazer parte do conhecimento daquilo que se pode chamar de “público” – ou, pessoas de fora do campo, ou ainda, leigos.
Temos publicado diversos artigos sobre novos projetos de cruzamentos de trânsito que buscam tornar a vida dos pedestres mais segura. Um destes projetos são as faixas de pedestres inauguradas na cidade de Brummen, Países Baixos, que se iluminam quando as pessoas estão atravessando a rua.
Imagine um arquiteto de fama mundial ser o primeiro ocupante de seu primeiro projeto. E não qualquer arquiteto, mas I.M. Pei, que completa hoje incríveis 100 anos. Isso realmente aconteceu com o arquiteto costarriquenho David Konwiser, sete anos atrás, quando Pei alugou um apartamento na "Villa Punto de Vista" para passar o Ano Novo, embora o inacreditável encontro quase não tenha se tornado realidade. Apenas dois meses e meio antes da chegada de Pei, a villa era mais um canteiro de obras que um edifício construído. Compreensivelmente, esses dois meses e meio foram "os mais difíceis... da minha carreira - e provavelmente da minha vida", como descreve Konwiser neste artigo para o Architectural Digest. Apesar dessa imensa pressão, ou talvez por causa disso, a vila ficou pronta para a sua estreia, onde receberia seu mais ilustre ocupante.