Enquanto a cidade continua a evoluir e se transformar, cantos mortos na paisagem urbana começam a emergir, reduzindo, em consequência, os níveis de atividades no nosso ambiente construído. Essas "zonas mortas" se referem a áreas onde falta engajamento ativo, elas permanecem vazias e privadas de pessoas, já que não se mostram mais úteis ou atraentes. Enquanto a pandemia de Covid-19 se aproxima do fim, a primeira questão que podemos enfrentar após a pandemia é a retomada do nosso ambiente urbano. Um sopro de vida em uma paisagem urbana cansada e desatualizada...
O elemento focal na criação de um ambiente urbano ativo e saudável é o aumentar a vitalidade através da ocupação e criação de espaços. Criar lugares diversos e interessantes para morar, florescer, e trabalhar. Aqui estão cinco estratégias regenerativas que animam a paisagem urbana e produzem ambientes resilientes, atraentes e flexíveis.
Seja apreciada em um restaurante ou preparada em casa, uma coisa é fato: a comida une as pessoas. Por essa razão, os arquitetos passaram a colocar as cozinhas no coração das casas, oferecendo aos moradores um espaço para cozinhar, jantar e passar bons momentos com seus familiares e amigos. No entanto, nem todas residências comportam cozinhas espaçosas, já que algumas casas são muito pequenas e outras não têm uma configuração espacial favorável para isso. A seguir, exploraremos como arquitetos e designers utilizam diferentes layouts de cozinha em diferentes situações e para diferentes usuários.
Em 24 de fevereiro de 2022, a Rússia iniciou uma invasão em larga escala no território ucraniano. Sendo a maior crise de refugiados e o maior conflito armado no território europeu neste século até o momento, esta guerra está mobilizando pessoas em todo o mundo para pressionar as autoridades a encerrar o conflito armado. Personalidades e instituições do campo da arquitetura participaram desses atos de solidariedade, emitindo declarações, condenando ações e até encerrando atividades na Rússia. Da UIA ao MVRDV, e até organizações russas como o Instituto Strelka, o mundo da arquitetura está denunciando esses atos de violência e apoiando um cessar-fogo imediato.
Quando pensamos em saúde, pensamos em médicos, enfermeiras, cirurgiões, radiologistas e anestesistas – as pessoas que tratam doenças e salvam vidas.
Mas esquecemos um grande grupo de pessoas que os tornam bem-sucedidos em salvar vidas – especialistas em codificadores médicos, gerentes de serviços de saúde, arquitetos e engenheiros hospitalahres e outros que correm nos bastidores para trazer resultados positivos para a saúde.
Na arquitetura, o mais comum é desenhar apenas para os humanos. No entanto, abranger o escopo do projeto para outras espécies é um exercício que vem sendo proposto em diversas encomendas. De um mobiliário específico até o design de interiores todo pensado para o animal, as possibilidades de criar um ambiente mais lúdico e confortável, tanto para humanos quanto para os animais, são diversas.
https://www.archdaily.com.br/br/977799/mobiliario-para-gatos-mais-conforto-e-saude-para-os-felinos-em-casaEquipe ArchDaily Brasil
A região central de São Paulo estampa as contradições das nossas cidades. Por um lado, verificam-se imóveis ociosos em regiões bem atendidas por infraestruturas urbanas, por outro lado, cresce o número de pessoas em situação de rua, alojadas em barracas e estruturas precárias improvisadas.
Embora o principal evento trágico tenha ocorrido em 1941, durante toda a ocupação o espaço foi utilizado como local de extermínio pelas forças alemãs. Com efeito, entre 70 e 100 mil pessoas perderam suas vidas em Babyn Yar. Sem uma arquitetura destinada à tragédia e apenas uma paisagem remanescente, não há espaço de memorialização para o reconhecimento público.
O termo "arquiteto" pode ser aberto à interpretações tal como "artista". No entanto, a definição universalmente reconhecida do papel é considerada como aquele que projeta e planeja edifícios, um membro fundamental em termos de construção de edificações. A arquitetura como profissão, no entanto, apresenta-se como uma ocupação muito diversificada. Como uma arte e ciência em todos os sentidos, oferece aportes sobre uma vasta gama de assuntos que podem ser aplicados a uma variedade de empreendimentos diferentes.
Muitas vezes aos estudantes de arquitetura são oferecidos caminhos tão rígidos, limitados por essas ideias míopes de que um arquiteto deve seguir uma direção específica para florescer no campo. Quando na verdade é interessante notar as vastas oportunidades que surgem quando se dá a oportunidade de diversificar. Aqui estão os arquitetos que se ramificaram e se tornaram designers de moda de sucesso…
Com prédios envidraçados de todos os lados e salas brilhantemente iluminadas de maneira monótona, não é supresa que queiramos espaços internos e externos que sejam menos claros. Refúgios de sombra no sol escaldante, salas escurecidas e contrastes são bem recebidos pelos olhos como um oásis. O alto consumo de energia e o aumento da poluição por iluminação no mundo todo mostram o quão sério o problema do excesso de luz é, e sua contribuição alarmante para as mudanças climáticas. Para um futuro melhor, é imperativo explorar maneiras de projetar e focar no potencial da escuridão.
Pela primeira vez na história a população urbana superou a rural. Hoje 55% das pessoas vivem em centros urbanos e as projeções mostram que esse número deve chegar a quase 70% em 2050. Isso representa um aumento de 2.5 bilhões de pessoas vivendo em áreas urbanas. Dessa forma nos perguntamos, qual é o modelo de urbanização que queremos para as próximas décadas? A resposta a essa pergunta depende da compreensão do aumento nos índices de urbanização como um desafio não só para as áreas urbanas mas também para as áreas rurais e periurbanas – sejam elas produtivas ou naturais.
Tsz Yan Ng é diretora, professora, pesquisadora e artista de uma empresa com sede em Michigan, cujo trabalho interdisciplinar e colaborativo busca desafiar e melhorar as práticas modernas de construção e processos de manufatura. “Não mudamos a maneira como construímos há tanto tempo”, disse Ng. “Precisamos pensar nisso de forma mais produtiva – não apenas economicamente – mas como uma coleção de vozes diferentes. A arquitetura é um ecossistema global de pessoas, onde a soma é maior do que as partes.”
O futuro das casas fabricadas pode reinventar algo que já existe amplamente nos Estados Unidos – os estacionamentos de trailers. Por todo o país, essas pequenas casas estão sendo reimaginadas por arquitetos, que estão utilizando materiais mais sustentáveis e técnicas de construção inventivas para criar casas acessíveis e ressignificar a conotação negativa que já cercou esse tipo de moradia.
As moradias estudantis assumem muitas formas ao redor do mundo, porém, a tipologia mais comum é um alojamento fechado. Enquanto os futuros alunos escolhem as universidades com base no rigor acadêmico, programas esportivos, atividades extracurriculares e futuras oportunidades de carreira, eles agora querem saber como será viver dentro e fora do campus. Isso forçou os arquitetos a repensarem os projetos tradicionais de dormitórios buscando algo mais inovador que reflita melhor o que os alunos querem (e esperam) em suas residências universitárias.
Essa frase chamou a atenção durante a palestra de Diébédo Francis Kéré no AAICO (Architecture and Art International Congress), que ocorreu no Porto, em Portugal, entre 3 e 8 de setembro. Após ser introduzido por ninguém menos que Eduardo Souto de Moura, Kéré iniciou sua fala com a simplicidade e humildade que pautam seu trabalho. Suas obras mais conhecidas foram construídas em locais bastante remotos, onde materiais são escassos e a força de trabalho é dos próprios moradores, utilizando os recursos e técnicas locais.
Ao longo do último século, os carros foram o elemento dominante no planejamento de cidades e municípios. Pistas para veículos, expansão de faixas, estacionamentos e garagens foram sendo criados e usados enquanto continuamos nossa dependência pesada em carros, deixando os planejadores urbanos com a tarefa de desenvolver maneiras criativas para tornar as ruas mais seguras para ciclistas e pedestres. Mas muitas cidades, especialmente algumas na Europa, se tornaram exemplos de ideologias progressistas sobre como projetar novos espaços para nos tornarmos livres dos carros e repensar as ruas para torná-las mais amigáveis aos pedestres. Será que já estamos experimentando a morte lenta dos automóveis pelo mundo e favorecendo os que preferem caminhar ou andar de bicicleta? E se sim, como isso pode ser feito em uma escala ainda maior?
Ao longo dos anos, o design de interiores evoluiu de acordo com as necessidades que vão se apresentando, mas sobretudo de acordo com as experiências que se busca provocar no usuário. Nos últimos dois anos, testemunhamos uma mudança radical e um interesse especial por este assunto, pois a pandemia nos obrigou a prestar mais atenção na configuração dos espaços que habitamos. Isto fez com que surgissem projetos muito mais integrais, que atendem ao bem-estar do usuário, combinando cores, experiências sensoriais, tecnologia e elementos naturais que promovem a saúde.
Março é o mês em que se comemora o St Patrick's Day, ou Dia de São Patrício, uma homenagem ao padroeiro da Irlanda que faleceu no dia 17 de março de 461. Para além da comemoração religiosa, o St. Patrick's Day, é marcado por grandes festas nas ruas, bares e pubs de países de colonização inglesa como Canadá, Estados Unidos e, claro, a República da Irlanda.
A República da Irlanda está localizada na Ilha da Irlanda, a noroeste da Europa Continental e faz fronteira com a Irlanda do Norte, um dos países que compõem o Reino Unido, do qual conquistou sua independência logo no começo do século XX, em 1919, após um intenso conflito. Desde a Guerra da Independência o país tem lutado para valorizar e reconhecer sua cultura local, incluindo sua arquitetura, histórica ou contemporânea. Conheça um pouco mais da arquitetura do país através da obra dos sete escritórios contemporâneos reunidos a seguir.
Singapura vem continuamente construindo sua reputação como uma cidade na natureza, e seu design há muito tempo mostra uma forte consciência de reconhecer que os espaços verdes são importantes. Planejadores urbanos e arquitetos tomaram a decisão consciente de tecer a natureza por toda a cidade, à medida que continuam desenraizando novos edifícios e empreendimentos, incorporando a vida vegetal em qualquer forma, seja através de telhados verdes, jardins verticais escalonados ou paredes com plantas.
Este artigo explorará as ações pioneiras que estão ocorrendo em Singapura para criar uma cidade e nação com maior biodiversidade e como isso fornece uma visão de como outras grandes cidades podem adotar iniciativas semelhantes na próxima década para fornecer um plano para o futuro.
“Através de edifícios que demonstram beleza, modéstia, ousadia e invenção, e pela integridade de sua arquitetura e gesto, Kéré defende graciosamente a missão deste Prêmio”, diz o comunicado oficial do Prêmio Pritzker de Arquitetura. Anunciado hoje por Tom Pritzker, presidente da The Hyatt Foundation, Francis Kéré é o 51º vencedor do prêmio criado em 1979, sucedendo Anne Lacaton e Jean-Philippe Vassal. Elogiado por ir além dos limites do campo disciplinar, o arquiteto atua simunltaneamente em Burkina Faso e na Alemanha.
Michael Beneville abriu seu estúdio no distrito de Flatiron, na cidade de Nova York, há uma década. O escritório reformado de dois andares tem pé-direito de 6 metros, móveis sob medida e uma parede de janelas em arco que miram a 19th Street. Beneville e sua equipe não têm estado no estúdio juntos de maneira regular há meses – pelo menos não fisicamente. Os funcionários do pequeno estúdio criativo, conhecido por seu trabalho de design em experiências imersivas como o megacomplexo de entretenimento AREA15, em Las Vegas, estão todos espalhados pelo país por conta da pandemia, mas se reúnem frequentemente em uma réplica virtual do estúdio para reuniões, sentando em torno de uma mesa digital, seus avatares segurando copos digitais de café.
Um estudo recente sugere que nossa galáxia, a Via Láctea, não pode ser vista por um terço da humanidade. Por quê? Milhões de lâmpadas urbanas permanecem ligadas em nossas cidades todas as noites, mas apenas parte de sua luz é usada para realmente iluminar ruas ou calçadas – o resto é perdido e emitido acima do horizonte, iluminando o céu noturno e contribuindo para o que é conhecido como poluição luminosa. Como o brilho artificial das cidades aumenta a cada ano, as consequências desse fenômeno urbano vão além de apenas nos impedir de ver estrelas. Outros efeitos nocivos incluem: um ofuscamento perigoso que pode reduzir a segurança, consumo excessivo de energia, desperdício de dinheiro e recursos, interrupção dos ciclos diurnos e noturnos naturais dos ecossistemas, supressão da produção de melatonina e várias repercussões negativas na saúde pública. Nesse sentido, escolher as luminárias certas (com um design bem pensado) é fundamental para reduzir a poluição luminosa.
Painéis de compensado, madeira laminada, chapas de MDF e placas de OSB são bons, podem ser economicamente viáveis e cumprem com eficiência determinadas funções, mas nenhum deles oferece a mesma atmosfera da madeira maciça. A nobreza deste material geralmente vem acompanhada de um custo elevado, mas as qualidades estética e sensorial são inigualáveis.
A seguir, reunimos exemplos de projetos que empregam madeira maciça em elementos do mobiliário. Mesas e cadeiras, camas e armários feitos com madeiras de diferentes espécies, novas ou de demolição, refinadas ou rústicas, de distintas texturas e colorações que podem servir de inspiração para seu projeto arquitetônico ou de interiores.
Poucos eventos culturais unem o mundo todo como as Olimpíadas. Hoje, atletas de todo o mundo continuam participando de diversas competições após a pandemia de Covid-19. Os Jogos Olímpicos são considerados a principal competição esportiva do mundo, com mais de 200 nações participantes. Devido a isso, coloca-se em pauta o papel da arquitetura e do design no desenvolvimento urbano das cidades-sede após os jogos.
Segundo a arquiteta e pesquisadora Patrícia Akinaga, o urbanismo ecológico surgiu no final do século XX como estratégia para criar uma mudança de paradigma no que diz respeito ao desenho das cidades. Com isso, os projetos urbanos deveriam ser pensados a partir das potencialidades e limitações dos recursos naturais existentes. Ao contrário de outros movimentos anteriores, no urbanismo ecológico a arquitetura não é o elemento estruturador da cidade — a própria paisagem o é. Ou seja, as áreas verdes não devem existir apenas para servir ao embelezamento dos espaços, mas como verdadeiros artefatos de engenharia com potencial de amortecimento, retenção e tratamento das águas pluviais, por exemplo. Com o urbanismo ecológico, o desenho urbano passa a ser definido pelos elementos naturais intrínsecos ao seu tecido.