Além de renderizações hiper-realistas e representações precisas de como são os projetos após serem concluídos, as visualizações se tornaram ferramentas para comunicar atmosferas e emoções retratadas pelos arquitetos. O uso de diferentes mídias, combinando composições arquitetônicas, arte, iluminação e muitas vezes música, gerou um novo gênero de narrativa arquitetônica que mistura realidade com imaginação. À medida que o mundo mergulha em NFTs e experimenta tecnologias de ponta para criar ambientes digitais, as visualizações podem em breve se tornar "a nova realidade".
O ArchDaily teve a oportunidade de conversar com a artista visual Ceren Arslan sobre expandir a prática de arquitetura, seu processo criativo, seu último projeto EXIT e o que o futuro guarda para visualizações arquitetônicas.
Seja para demarcar uma mudança de direção, para destacar seus primeiros degraus ou enfatizar a sua própria presença em determinado ambiente, escadas que combinam dois ou mais materiais tendem a chamar a atenção pelos diálogos estabelecidos entre as características particulares de cada material. Concreto, aço e madeira são algumas das escolhas mais comuns na composição estrutural de escadas devido à sua alta resistência e versatilidade. Mas, quando combinados, esses diferentes materiais extrapolam as suas possibilidades individuais e revelam como o design pode ser adaptado às suas peculiaridades e às conexões entre si.
A combinação de texturas, cores e acabamentos entre materiais pode impulsionar inúmeras soluções criativas para esses elementos de circulação vertical, como pode ser visto na Casa da LÂM, do AD+studio e a Casa 9A, do 23o5Studio, caracterizadas por escadas com uma base bruta e robusta que se encontra com uma leve e elegante sequência de degraus. Já a composição inversa, uma base leve combinada a uma estrutura robusta de degraus, funciona de forma engenhosa na Casa Chulavista, de Luis Carbonell e na Casa Angatuba do escritório messina | rivas, onde a base leve de madeira é seguida por degraus de concreto aparente.
Ao examinarmos a tag 3d printing no ArchDaily é visível como essa tecnologia tem se desenvolvido rapidamente. Se nos primeiros anos observávamos o conceito como um futuro distante ou com exemplos em pequena escala, nestes últimos temos observado construções inteiras impressas e volumes cada vez mais complexos sendo produzidos. Desenvolvido através da leitura de um arquivo de computador, a manufatura aditiva com concreto - ou outro material construtivo - apresenta inúmeras dificuldades para proporcionar um processo eficiente e que possibilite que a técnica construtiva torne-se realmente massificada. O exemplo do pavilhão impresso pelo consórcio De Huizenprinters ilustra bem este processo.
As cidades têm um papel fundamental na busca por soluções e políticas para reduzir os problemas que resultam nas atuais mudanças climáticas globais. As áreas urbanas são, hoje, responsáveis por mais de 70% das emissões de dióxido de carbono (CO₂) — uma das principais causas do efeito estufa e de suas consequências para o meio ambiente e para a vida de todos.
A moradia sempre será um tema e desafio para os arquitetos. Pensá-la de forma que atenda a toda a população e em contextos mais precários é uma das tarefas mais complexas, e talvez impossíveis, de serem plenamente consolidadas. Cada lugar e família sempre colocarão pontos distintos de prioridade em um projeto, motivo pelo qual recorrer a um padrão de soluções não é o ideal. No entanto, diversas propostas apresentam possibilidades de intervenção que criam uma intricada costura entre os mais distintos fatores: infraestrutura básica, programa, desejos próprios, estética, orçamento. Por isso, reunimos aqui alguns exemplos brasileiros de habitações populares, que vão desde uma casa unifamiliar até grandes blocos residenciais.
Nos últimos dois anos, o metaverso vem ganhando destaque, levando os arquitetos a considerar suas implicações para nossa relação com o ambiente físico e como a arquitetura pode contribuir para este novo espaço virtual. A arquitetura no metaverso não é mais um assunto marginal, tendo sido abraçada por escritórios consolidados. "O metaverso é onde grande parte da ação e inovação arquitetônica acontecerá no futuro", diz Patrick Schumacher. Sem restrições físicas, propriedades materiais e custos de construção, o metaverso desbloqueou um novo reino de expressão arquitetônica. A seguir, apresentamos algumas das várias maneiras pelas quais a profissão se envolve com o campo em expansão dos ambientes digitais.
Em seu livro mais recente, Survival of the City, o economista Edward Glaeser faz um diagnóstico dos conflitos de interesses que permeiam o debate urbano. Segundo ele, há uma oposição essencial entre os insiders — moradores tradicionais, interessados na manutenção do status quo e na valorização de seus imóveis — e os outsiders — novos moradores, interessados em moradia acessível e novas alternativas de trabalho, consumo e espaço urbano.
https://www.archdaily.com.br/br/980769/nimby-e-yimby-duas-visoes-da-cidadeAndrey Barbosa, Gabriel Nunes, Guilherme Pereira e Pedro Portes
Você sabe o que são fazendas urbanas? Já pensou em cultivar seu próprio alimento em casa no seu jardim ou em freezers especializados? O transporte de alimentos para consumo nas cidades é um dos grandes problemas de poluição ambiental (além de financeiro) do mundo hoje.
A maioria dos panfletos distribuídos pelo mercado imobiliário tendem a mostrar orgulhosamente um componente de seu programa: a varanda gourmet. Você já parou para pensar que talvez esses espaços, que normalmente são compostos com uma churrasqueira, falam mais sobre uma possível área de especulação do que a própria cultura do churrasco presente na vida do brasileiro?
https://www.archdaily.com.br/br/949555/varanda-gourmetArchDaily Team
A quase sete quilômetros do verde do Parque Uhuru, no centro de Nairóbi, fica o assentamento informal de Kibera. É uma área cujo caráter urbano é composto por telhados de ferro ondulados, paredes de taipa e uma complicada rede de postes de energia. Kibera, neste momento, é um lugar bem conhecido. Muito já foi escrito e pesquisado sobre essa “cidade dentro de uma cidade”, desde suas questões de infraestrutura até sua navegação na pandemia do COVID-19.
À medida que o mundo da arquitetura oscila na recente publicidade acerca do Metaverso e NFT, Zaha Hadid Architects está na vanguarda da inovação, mostrando-nos exatamente como usar a Web 3 e suas oportunidades socioeconômicas para os arquitetos em âmbito global.
O tema ganhou especial relevância no início deste ano, com cada vez mais plataformas publicando sobre o assunto. Toda essa recente propaganda nos obriga a avaliar nosso papel como arquitetos, se queremos ou não atender o mundo digital.
Através da construção de uma ficção, esta obra de Federico Lagomarsino se apresenta enquanto uma paisagem, com o objetivo de criar uma imagem de tudo o que acontece na sociedade contemporânea quando algum evento ou ocorrência singular ocorre, como, nesta ocasião, a queda dos dois maiores meteoritos detectados até hoje na América do Sul.
Uma das produções televisivas mais bem avaliadas dos últimos tempos, “Severance” (“Ruptura”, no Brasil), série sci-fi da Apple TV+ lançada em 2022, estabelece instigante premissa: funcionários da misteriosa Lumon Industries se voluntariam a participar de um experimento que criará em seus cérebros a separação definitiva entre a vida pessoal e profissional, de modo que as memórias do trabalho e da rotina privada não mais se cruzam. O procedimento gera, dessa forma, um alter ego intermitente, alheio mutuamente ao ego e hiperfocado na sua respectiva dimensão. A hábil direção de Ben Stiller e Aoife McArdle, somada às atuações afinadas do elenco, faz jus ao ótimo plot de Dan Erickson, mas ponhamos em destaque aqui como a ambiência principal do show — a matriz da corporação, situada na fictícia cidade de Kier — acentua a angústia passada pela exígua equipe de empregados através da arquitetura que os abriga e aliena durante o expediente diário.
Desde o surgimento da profissão de designer, impulsionada na Revolução Industrial com o a produção crescente de objetos e o desejo de uma classe média ávida por consumir; designers, decoradores e arquitetos são conhecidos como profissionais que criam espaços e produtos para embelezar o mundo.
Neste 5 de maio foi inaugurada a primeira edição do Model. Festival de Arquiteturas de Barcelona. Um evento organizado conjuntamente pela Câmara Municipal de Barcelona e pelo Colégio de Arquitetos da Catalunha (COAC) que nos aproxima da arquitetura experimental e nos ajuda a repensar como queremos viver juntos através de novos modelos de cidade e novos imaginários.
A cartografia consiste na representação geométrica plana, simplificada e convencional da superfície terrestre, apresentada em forma de mapas, cartas ou plantas. Por se tratar de uma representação bidimensional de algo que é tridimensional, todas as representações sofrem algum tipo de deformação, de modo que a escolha por um método leva em conta não apenas aspectos técnicos, mas também políticos.
BEYOME, um projeto liderado pelo Project Consortium em conjunto com os arquitetos do Enorme Studio, procura transformar as habitações tradicionais, proporcionando maior grau de flexibilidade dos espaços internos para se adaptar aos variados estilos de vida contemporâneos. Mas como fazer o espaço se adaptar aos diferentes usos? Que estratégias poderiam ser desenvolvidas para ampliar a área útil de nossas casas?
Segundo uma pesquisa realizada pela ABRECON (Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos da Construção Civil e Demolição), houve, nos últimos anos, um crescimento na reciclagem de resíduos de construção e demolição (RCD) no Brasil. Segundo o relatório de 2015, o percentual de RCD reciclados no país naquele ano foi de 21%, enquanto em 2013 este total correspondeu a 19%.
O cenário, apesar de otimista, ainda não é ideal, e o crescimento de RCDs reciclados ainda é considerado pequeno. No Brasil, os resíduos da construção civil podem representar entre 50% e 70% da massa dos resíduos sólidos urbanos. Ou seja, ainda é preciso defender uma prática comum de reciclagem e de reuso de materiais na arquitetura, sobretudo no contexto brasileiro.
CopyCat é o ato de emular algo que já foi criado e usá-lo num outro contexto. Copycats podem existir na música, nas artes, no design; mas eles não são exatamente uma inspiração projetual ou uma referência estilística, mas sim uma cópia literal com quase nenhuma modificação da obra original.
Em arquitetura é como se você se inspirasse em uma obra emblemática de outro espaço-tempo e o colocasse numa local sem ligação com as raízes originais do estilo-obra.
O abrigo é uma questão primordial na Arquitetura. As formas de habitar e se relacionar com o espaço no qual vivemos cotidianamente é uma eterna discussão da disciplina que se propõe a trazer uma melhor qualidade de vida, mas também inovar nas questões do morar. Ao agregar outras camadas como especulação imobiliária, uma grande densidade habitacional em centros urbanos, a busca pelo nomadismo ou, até mesmo, a mera vontade de seguir uma tendência, o debate em torno das casas de pequena escala estão cada vez mais presentes. Com isso, nos perguntamos, qual o mínimo de área necessária para viver?
Se hoje as tecnologias despontam para diversas formas de representação e interação com o desenho, compreender como os arquitetos se comunicam através dos traços realizados à mão pode ser fundamental para se aprofundar no tema da visualização arquitetônica. Através da simplicidade dos gestos, pequenos textos ou uma colagem de referências, é possível traduzir ideias de forma inovadora, diferentemente dos modos que um render pode apresentar. Por isso, evidenciamos aqui o trabalho de grandes nomes como Lina Bo Bardi, Renzo Piano, Pezo von Ellrichshausen e Mikkel Frost, que a partir de diferentes técnicas revelam distintos modos de representar um projeto.
O design dos mapas e a importância dos ambientes construídos continuam a ser essenciais para a experiência dos jogadores dentro dos mundos virtuais dos videogames, principalmente no gênero de tiro em primeira pessoa (FPS), como em Valorant, da Riot Games. A Riot, que tem como característica tentar romper paradigmas que a indústria dos videogames usa há décadas, continua a surpreender e a desafiar as expectativas de seus antecessores no gênero de tiro.
O planeta já está 1,1°C mais quente devido a alterações climáticas induzidas pelos humanos, e milhões de pessoas já enfrentam consequências reais do aumento das temperaturas, da elevação do nível dos oceanos, de tempestades mais severas e de chuvas que escapam às previsões meteorológicas. Uma redução rápida das emissões é essencial para conter o aumento da temperatura e garantir um futuro mais seguro para todos. Também são essenciais investimentos capazes de proteger as comunidades dos impactos cada vez mais severos que continuarão piorando com o tempo.
https://www.archdaily.com.br/br/980598/o-que-sao-as-perdas-e-danos-das-mudancas-climaticasPreety Bhandari, Nathaniel Warszawski, Deirdre Cogan e Rhys Gerholdt
Normalmente, pessoas buscam um salão de beleza para saírem de lá transformadas. Além das modificações estéticas, o próprio ambiente pode gerar diferentes sensações que alteram o humor dos clientes. Sendo assim, alguns estabelecimentos contratam arquitetos e designers de interiores para pensar em modos de inovar seus espaços. Relaxar, divertir, surpreender, são apenas algumas das ações que podem ser passadas através de um projeto que pensa em distintas formas de trazer conforto aos usuários.