O estúdio de arquitetura francês Coldefy e o escritório de arquitetura italiano CRA-Carlo Ratti Associati apresentaram o projeto "Theatrum Naturae", ou "Teatro da Natureza", selecionado como pavilhão nacional da França na Expo Osaka 2025. A proposta acolhe tanto habitats naturais quanto artificiais, com o objetivo de ilustrar como o design pode conectar os mundos humano e não-humano, ao mesmo tempo em que destaca a contribuição da França para a cultura e o meio ambiente natural. Na exposição, os visitantes serão convidados a explorar os diversos ecossistemas da França e a redescobrir uma conexão com a natureza.
Recentemente, o renomado escritório dinamarquês BIG anunciou o lançamento do seu projeto para a cidade de Gelephu, no Butão. Um masterplan inspirado na cultura do país e nos seus princípios de felicidade. A "Mindfulness City" apresentará inúmeras possibilidades de apropriação ao público, trazendo investimentos em infraestrutura, educação e tecnologias sustentáveis, tudo sob os preceitos da Felicidade Interna Bruta (FIB).
Este artigo foi originalmente publicado em Common Edge.
A fascinação de Christopher Payne por fábricas vem de décadas. Como estudante de arquitetura na Universidade da Pensilvânia na década de 1990, Payne teve a sorte de conseguir um emprego de verão na Inspeção de Edifícios Americanos Históricos, dentro do Serviço Nacional de Parques. "Eles enviavam equipes de estudantes de arquitetura, historiadores e fotógrafos para documentar todo tipo de projeto", diz ele. "Documentamos silos de grãos em Buffalo, pontes de ferro fundido em Ohio, uma usina elétrica no Alabama e parques nacionais em Utah. Essa experiência incutiu um profundo apreço pela arquitetura industrial". Após a formatura, trabalhou por vários anos como arquiteto na cidade de Nova York antes de fazer a transição em tempo integral para a fotografia. Seus livros publicados incluem New York’s Forgotten Substations: The Power Behind the Subway (Subestações Esquecidas de Nova York: A Energia por Trás do Metrô); Asylum: Inside the Closed World of State Mental Hospitals (Asilo: Dentro do Mundo Fechado dos Hospitais Psiquiátricos Estaduais); North Brother Island: The Last Unknown Place in New York City (Ilha North Brother: O Último Lugar Desconhecido em Nova York); e Making Steinway: An American Workplace (Fazendo Steinway: Um Local de Trabalho Americano). No mês passado, Payne ministrou a Palestra Memorial Ralph Caplan, da School of Visual Art, e pouco depois, entrei em contato com ele para falar sobre seu livro mais recente, Made in America, seu longo caso de amor com fábricas e o processo fotográfico.
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Nos últimos anos, a Índia tem se destacado entre arquitetos e urbanistas de todo o mundo. Desde a rica herança cultural até iniciativas de cidades inteligentes por todo o país, dos atos de decolonização nos projetos arquitetônicos à evolução de um vernáculo modernizado, a Índia tem demonstrado o potencial de quem busca fomentar arquitetura e projeto urbano de qualidade. Este ano, o ArchDaily lançou a coluna ArchDaily Building for Billions, que discute os efeitos do aumento populacional, urbanização e crescimento econômico no ambiente construído da Índia. Building for Billions foi impulsionada pelo reconhecimento das mudanças e projetos inovadores que estão transformando o país.
Uma pessoa passa em média aproximadamente 90.000 horas, equivalente a um terço da vida, no trabalho. O local de trabalho pode ser um segundo lar para os adultos e essa relação tem alimentado um desejo de mudança duradouro nos escritórios. Ao longo das décadas, vários fatores, incluindo pandemias, crises econômicas e mudanças nas preferências geracionais, têm impactado a natureza do trabalho e os lugares onde as pessoas trabalham. Os fenômenos recentes da "Grande Demissão" e a adoção generalizada de arranjos de trabalho remotos e híbridos aceleraram a transformação dos locais de trabalho. Em resposta, as organizações estão cada vez mais priorizando a experiência geral dos funcionários, reconhecendo a necessidade de criar ambientes que acomodem estruturas em evolução, ao mesmo tempo em que promovem satisfação, engajamento e bem-estar entre sua força de trabalho.
O escritório Kengo Kuma & Associates apresentou o projeto de um novo empreendimento de uso misto em Miami, Flórida. Esta é a primeira iniciativa de uso misto do arquiteto nos Estados Unidos, e promete se tornar uma atração popular na cidade. O "Distrito de Design MIRAI" abrigará espaços comerciais e corporativos.
O Desert X AlUla acaba de anunciar seu retorno em 2024 na Arábia Saudita. Marcando o ponto alto do AlUla Arts Festival, o Desert X AlUla é uma exposição de arte a céu aberto temporária, responsiva ao local e inclusiva, que acontece a cada dois anos na região desértica do país. Iniciando em 9 de fevereiro e indo até 23 de março de 2024, esta edição tem curadoria de Maya El Khalil, conhecida por sua consultoria de arte e trabalho no MENA, e Marcello Dantas, premiado curador brasileiro conhecido por suas práticas interdisciplinares.
É cada vez mais comum observar como as gerações atuais, caracterizadas por um maior respeito e consciência para com o meio ambiente, buscam novas formas de interagir com a natureza, ao mesmo tempo em que assumem a responsabilidade de protegê-la. Nesse sentido, o futuro da arquitetura está fortemente ligado à capacidade de equilibrar esses anseios e obrigações, especialmente no âmbito do projeto de espaços públicos naturais.
Através da integração de caminhos e passarelas sutis, o desenho de espaços públicos pode se abrir de maneira acessível para pessoas de todas as idades e habilidades. Juntamente com a seleção de uma paleta de materiais naturais, arquitetos e designers podem criar espaços que complementam seus ambientes. No entanto, por mais bonitos que possam ser esses espaços naturais, torná-los seguros e adequados para visitação pode ter efeitos prejudiciais em seu entorno. Por essa razão, o desenho e a seleção de materiais devem ser abordados de forma consciente e cuidadosa.
Este artigo é o sexto de uma série que sobre a Arquitetura do Metaverso. O ArchDaily, em colaboração com John Marx, fundador e Diretor Artístico Chefe da Form4 Architecture, traz artigos mensais que buscam definir o Metaverso, transmitir o potencial desse novo reino, bem como compreender suas limitações.
A Inteligência Artificial está na fase inicial da criação de mudanças fundamentais na maneira como projetamos e construímos edifícios e cidades. Algumas dessas mudanças serão abruptas e disruptivas para as práticas normativas. Outras levarão mais tempo para sentir o efeito dessa nova tecnologia, mas a mudança será abrangente. Quando combinada com o Metaverso, a IA também oferecerá vastas oportunidades para a profissão se expandir e crescer. Os tipos de espaços e ambientes que projetamos no Metaverso serão, em alguns aspectos, muito diferentes do que projetamos atualmente no mundo físico sozinho. A IA evolui a cada dia, e somos compelidos a aprender enquanto inovamos. A IA provou ser uma ferramenta poderosa para ajudar designers e nos desafia a alterar nosso processo de design. A combinação de IA com design narrativo é um desses desafios.
David Hotson fundou seu escritório em Nova York em 1991. Seus projetos são conhecidos por sua notável complexidade espacial e visual. Sua Igreja de São Sarkis em Carrollton, Texas, é especialmente distinta pelas qualidades luminosas e esculturais de seu espaço interior e também pelos grafismos de sua fachada. No início de 2023, esse trabalho ganhou o prêmio de Edifício do Ano nos Estados Unidos pelo World-Architects.com.
Nesta entrevista, conversamos sobre o processo de projeto do arquiteto, focado em tornar os vazios espaciais legíveis, sua inspiração na arquitetura bizantina, e o que torna sua premiada Igreja de São Sarkis tão especial.
O Instituto Americano de Arquitetos anunciou David Lake e Ted Flato, fundadores do escritório Lake|Flato Architects, sediada no Texas, como os vencedores da Medalha de Ouro AIA 2024. A dupla foi escolhida pelo júri por sua capacidade de tornar "a sustentabilidade empolgante de uma forma que poucos outros arquitetos conseguiram". Fundado em San Antonio em 1984, o escritório busca tornar o design ambientalmente consciente acessível e interessante, encontrando maneiras de fortalecer o vínculo entre os seres humanos e a natureza.
À medida que a temperatura cai no hemisfério norte, os espaços externos são cobertos por geada, gelo e neve, e nos vemos correndo de um ambiente aquecido para o outro, menos dispostos ou menos capazes de parar e apreciar o mundo natural ao nosso redor.
Para além de trazer um pinheiro para dentro de casa e enfeitá-lo para o Natal, costumamos deixar o mundo natural real seguir seus próprios ciclos sazonais até ressurgir na primavera. No entanto, ao convidar os efeitos positivos da vida vegetal para dentro de nossas casas, podemos melhorar tanto nossa saúde mental quanto o ar que respiramos, enchendo nossos lares de paz e alegria o ano inteiro, e não apenas no Natal.
Em 1993, um jovem casal com dois filhos pequenos e um amplo terreno nos arredores de Naarden, cidade a menos de meia hora de carro a sudeste de Amsterdã, contratou Ben van Berkel para projetar uma casa incomum. Eles buscavam algo progressista e inovador em todos os aspectos. Mais do que isso, queriam um tipo de construção "que fosse reconhecida como referência na renovação da linguagem arquitetônica". Antes de optarem pelo arquiteto, conversaram com diversos profissionais, incluindo Rem Koolhaas. Optaram por van Berkel, que, cinco anos antes, havia fundado seu escritório em conjunto com sua então esposa, Caroline Bos. "Visitei o local e o estudei cuidadosamente, já tinha ideias sobre o que chamei de quatro quadrantes da paisagem. Sabia que tipo de casa seria. Podia ver claramente onde ficariam os diferentes cômodos, como seriam formados e como se relacionariam entre si", comenta o arquiteto.
O casal não resistiu. Porém, não houve pressa no projeto, que levou cinco anos para ser concluído, sendo que a maior parte do tempo foi investida em seu projeto, passando por muitas iterações e refinamentos, todos inspirados no conceito da fita de Möbius.
A Madison Square Garden Entertainment (MSG), desenvolvedora por trás da recém-inaugurada The Sphere em Las Vegas, anunciou que os planos para um projeto similar em Londres foram revogados por falta de apoio dos departamentos de planejamento da cidade, de acordo com The Guardian. Os planos foram inicialmente anunciados em 2018, com permissão de planejamento registrada em março de 2019. A estrutura de 91 metros de altura, com capacidade para 21.000 assentos, seria localizada em Stratford, zona leste de Londres. Em novembro de 2023, após comentários desfavoráveis nos relatórios de oficiais de planejamento e oposição dos moradores, o prefeito de Londres, Sadiq Khan, voltou atrás e deixou de apoiar o empreendimento.
A Comissão Europeia e a Fundació Mies van der Rohe anunciaram os 40 trabalhos selecionados para o Prêmio da União Europeia para a Arquitetura Contemporânea - Prêmio Mies van der Rohe 2024. Escolhidos por um júri composto por sete membros: Frédéric Druot, Martin Braathen, Pippo Ciorra, Tinatin Gurgenidze, Adriana Krnáčová, Sala Makumbundu e Hrvoje Njiric, a partir de uma lista de 362 indicados, os projetos "estão espalhados por 38 cidades europeias em 33 regiões e 20 países", e apresentam 14 programas diferentes.
No Brasil, as festas populares costumam ter uma profunda ligação espacial, histórica e simbólica com os espaços públicos das cidades, proporcionando uma experiência única de ocupação, apropriação e reelaboração coletiva desses locais durante suas ocorrências. Esses eventos não apenas utilizam os espaços urbanos de maneiras diferenciadas de seus cotidianos, mas também constituem a paisagem cultural e social das cidades, lançando outros modos e possibilidades de apreendê-la. Ao apropriarem-se das ruas, em suas possibilidades e em seu sentido e entendimento mais amplo, elas as concedem outros usos, o que, muitas vezes, ainda transgridem suas atividades habituais.
Os avanços na tecnologia de impressão 3D estão progredindo num ritmo sem precedentes, acompanhados pelo aumento na capacidade computacional para manipular e criar geometrias complexas. Essa sinergia oferece aos arquitetos um alto grau de liberdade artística em relação às texturas que podem ser geradas, graças à alta resolução e à capacidade de fabricação rápida. Se as dificuldades técnicas inerentes à produção estivessem fora de questão e os arquitetos pudessem esculpir virtualmente qualquer coisa em uma fachada, o que eles fariam?
A relação das cidades com a sustentabilidade do oceano foi destaque no Pavilhão Brasil da COP28, a Conferência de Mudanças Climáticas das Nações Unidas. O painel “Cidades, portos e conservação: esforço integrado para cidades resilientes e adaptadas às mudanças climáticas”, reuniu representantes do Governo Federal, de governos subnacionais, do setor privado e da sociedade civil, além de marcar o lançamento da publicação “Oceano Sem Mistérios – Construindo Cidades Azuis”.
Como arquiteto paisagista, Dan Kiley contribuiu significativamente para o mundo do design, tendo trabalhado com arquitetos influentes como Louis Kahn, I.M. Pei e Eero Saarinen. Influenciado pelas paisagens atemporais de André Le Nôtre, a maioria de seus projetos é conhecida por sua maneira de mesclar grades e alamedas, encontrando um equilíbrio entre a beleza natural e a organizada.
Aberta em 18 de janeiro, a exposição "O Legado da Arquitetura Paisagística de Dan Kiley" é uma exibição fotográfica itinerante que homenageia um dos mais importantes arquitetos paisagistas modernistas. Curada pela The Cultural Landscape Foundation, a exposição tem como objetivo explorar e aumentar a conscientização sobre o profundo impacto do arquiteto. Apresentada no The Exhibition Space @ ABC Stone no Brooklyn, a mostra oferece uma jornada cativante por 27 projetos cuidadosamente selecionados de Dan Kiley.
A organização internacional sem fins lucrativos World Habitat, em parceria com a UN-Habitat, anunciou os Prêmios World Habitat 2024. Eles visam destacar projetos que demonstram abordagens inovadoras e transformadoras para as moradias, incorporando princípios de adaptação às mudanças climáticas e soluções orientadas para a comunidade. Neste ano, foram selecionados oito projetos, dos quais dois foram reconhecidos com o Prêmio Gold World Habitat.
Com um pequeno investimento é possível transformar o banheiro. Sem a necessidade de grandes obras ou reformas, você pode criar um ambiente completamente novo ao levar algumas plantas para ele, repensar a iluminação ou ainda a partir de novas cores. Neste último caso, é possível pensar em como pintar as paredes ou os azulejos para transformar o ambiente. Por isso, apresentamos as tintas ideais para o caso e alguns projetos que podem trazer inspiração para a nova pintura.
À medida que a contagem regressiva para os XXXIII Jogos Olímpicos em Paris chega ao fim, a cidade se prepara para uma transformação completa de sua paisagem urbana e infraestrutura. Previstos para serem o maior evento já organizado na França, os jogos começarão em 26 de julho e irão até 11 de agosto de 2024. Faltando menos de 200 dias, o Conselho Municipal de Paris aprovou cerca de 43 novas iniciativas que atuam como catalisadores para a transformação da cidade, visando uma Paris mais verde, saudável e móvel. Desde a limpeza do rio Sena até a construção de uma ciclovia, passando pela ativação de uma linha de transporte e proibição do tráfego não essencial na cidade, o coração da capital francesa está em uma missão contra o tempo para requalificar seu centro histórico.
Espaços públicos, sejam eles internos ou externos, públicos ou privados, caracterizam-se como locais dos encontros, das oportunidades, trocas de ideias ou mercadorias, e, em última análise, são o que conferem identidade às cidades. Contudo, com a ascensão da internet e das redes sociais, diversas dessas funções migraram para o ambiente virtual ou perderam parte de sua relevância e tivemos um baque nas relações durante o longo tempo de isolamento com a pandemia. Diante desse desafio, os arquitetos se deparam com a questão fundamental de como revitalizar esses espaços cruciais para a sociedade, sabendo de sua importância vital. Será que o design pode ser a chave para reavivar esses locais? Como tornar locais que são, ao mesmo tempo, de todos e de ninguém, realmente confortáveis para as pessoas permanecerem?