O arquiteto Moon Hoon, com sede em Seul, descreve seu estilo e atitude em relação ao projeto como "posicionar a arquitetura na fronteira com a arte" e se divertir o máximo possível no processo.
A história dos desenhos de Hoon começou há 40 anos é um hábito que ele ainda mantém na forma de diários ou, como ele gosta de chamá-los, "livros de mágica". Todos os seus interesses se reúnem nesses livros a partir dos quais as ideias emergem e se transformam em fantasias arquitetônicas futuristas, com desenhos que eventualmente são construídos na vida real.
Veja, a seguir, alguns de seus desenhos que foram, de fato, construídos.
O designer gráfico americano, Peter Dovak, é um apaixonado pelo transporte urbano. Por isso, se dedicou a criar desenhos coloridos que representam os sistemas de uma maneira muito mais didática para que possam ser facilmente interpretados por todos.
Em um de seus últimos projetos, o 220 Mini Metros, se baseou nas redes de metrô e trens leves de 220 cidades do mundo e as simplificou através do desenho.
Muitas vezes se escuta que a arquitetura somente encarece os projetos. Que os arquitetos agregam uma série de complexidades - arbitrárias e caprichosas - que poderiam se evitadas a fim de diminuir os custos e que o projeto continuaria funcionando exatamente igual sem todas elas. Isso acontece em todos os casos? Mesmo que possivelmente mais rentáveis desde o ponto de vista econômico, os seres humanos não parecem ser felizes habitando frias 'caixas' de concreto; sem receber a luz solar ou a brisa do vento quando necessário; ou em bairros inseguros onde não existe a possibilidade de reunir-se com amigos e familiares ao ar livre. A qualidade na arquitetura é um valor que, cedo ou tarde, devolverá algo em troca.
A chave está no equilíbrio e um bom desenho nunca será completo se não for eficiente para além do ponto de vista econômico. Como, então, alcançar esse ideal? Revisamos o processo de desenho do 'Iceberg' em Aarhus, Dinamarca: um projeto que conseguiu convencer as autoridades e investidores ao propor um desenho de alto impacto e um orçamento limitado, que em sua forma procura responder totalmente o objetivo de garantir a qualidade de vida dos seus usuários e vizinhos.
Anna Heringer é uma arquiteta de origem alemã que leciona na Áustria e que já realizou obras bioclimáticas e artesanais em Bangladesh, pelas quais foi reconhecida com diversos prêmios internacionais, como o Aga Khan (AKAA) de Arquitetura de 2007.
A arquiteta dedicou grande parte de sua obra a fazer uma arquitetura socialmente sustentável em Bangladesh. Sua escola METI (Modern Education and Training Institute) em Rudrapur (2005-2006), projetada em colaboração com Eike Rosweg - e que havia sido originalmente seu projeto de conclusão de curso - foi reconhecida nacionalmente por ser uma obra especialmente bela e harmônica, construída com materiais e técnicas locais.
As primeiras cidades, datadas de 3.500 AC, inauguraram espaços feitos para encontros, trocas e interações entre pessoas. No decorrer dos séculos, as cidades foram se adaptando de acordo com novos padrões de densidade, zoneamento e transporte. Mas foi no século XX, ou mais especificamente no pós-guerra, que as cidades começaram a mudar radicalmente. Com o surgimento do automóvel, sua valorização enquanto bem de consumo, e a rápida disseminação do seu uso, houve uma inversão total: as cidades foram adaptadas e desenhadas para acomodar as viagens de automóvel. As cidades para pessoas passaram a ser cidades para carros.
https://www.archdaily.com.br/br/866944/como-as-medidas-de-desestimulo-ao-uso-do-automovel-melhoram-a-mobilidade-urbanaITDP Brasil
Ao projetar sua casa (não construída) para o programa Case Study da Arts & Architecture, Whitney Smith, assim como Richard Neutra, priorizou a conexão com o espaço externo. Sua motivação, entretanto, era mais específica do que o simples desejo de estender a área de estar da casa. Pelo contrário, ele queria criar um espaço altamente pessoal, voltado para a paixão de seu cliente hipotético. Vendo as plantas convencionais como uma camisa de força para os moradores que desejavam espaço de trabalho apropriado dentro de sua casa (seja um estúdio de costura ou uma sala escura para revelação de fotografias), o arquiteto buscou adaptar esta casa às necessidades de um horticultor.
"O espaço público é o novo quintal", diz Hamish Dounan, diretor associado da CONTEXT Landscape architects. "Grandes projetos de paisagismo podem realmente tirar as pessoas de seus apartamentos para irem passear. Isso pode levá-los a se engajarem de uma maneira social", acrescenta Shahana Mackenzie, CEO do Instituto Australiano de Arquitetos Paisagistas (Australian Institute of Landscape Architects - AILA). As tendências para ativar espaços públicos estão crescendo em popularidade em todo o mundo;parques e jardins urbanos, ruas vibrantes, calçadas mais largas e cafés com mesas ao ar livre. Assim, durante o Festival Internacional de Arquitetura Paisagística de 2016 realizado em Canberra em outubro de 2016, a Street Furniture Australia lançou um parque pop-up no espaço urbano subutilizado de Garema Place, em colaboração com o AILA, o Governo ACT e a In The City Canberra. O objetivo do parque pop-up foi criar uma pequena experiência social "para testar a teoria de que a maneira mais rápida e econômica de atrair pessoas é fornecer mais lugares para sentar". Além do mobiliário flexível, o projeto feito por CONTEXT Landscape architects incluíram cores vivas, iluminação adicional, um gramado, Wi-Fi gratuito e estantes como técnicas para fazer de Garema Place um lugar mais convidativo.
O processo e os resultados do parque pop-up foram documentados em um relatório da Street Furniture Australia, com alguns resultados impressionantes: antes do #BackyardExperiment, 97% das pessoas foram observadas apenas passando pelo Garema Place, sem parar, e 98% das pessoas que pararam no espaço eram adultas. Durante os 8 dias do experimento, o número de transeuntes aumentou em 190%, já que as pessoas escolheram caminhar pelo Garema Place em vez de tomar outras rotas. Além disso, 247% mais pessoas permaneceram no local para se sentar e desfrutar do parque pop-up e área circundante. Houve um incrível aumento de 631% de crianças no parque, o dobro do número de grupos de amigos, perto de um aumento de 400% no número de casais e quase 5 vezes a quantidade de famílias. Com esses números como evidência para o sucesso do #BackyardExperiment, leia abaixo um resumo dos elementos utilizados para evocar essa resposta positiva. Simples, econômicas e relativamente fáceis de implementar, essas intervenções são um atraente "coquetel" para qualquer espaço urbano subutilizado.
Localizada na região central da Argentina, a histórica cidade de Córdoba é a segunda cidade mais povoada do país; o que permite considerá-la como um importante centro cultural, educativo e financeiro. Seu denso centro histórico se caracteriza pela presença do tijolo - produto da obra de Togo Díaz - e a peculiar paisagem que vincula o urbano com o natural, outorgando como resultado uma exclusiva atmosfera que nos convida a percorrer suas ruas.
A característica cultura cordobense é evidenciada no seu espaço público urbano, seus córregos naturas e suas áreas pedonais, onde é possível apreciar uma heterogênea arquitetura clássica, moderna e contemporânea. Conheça a seguir uma lista de 15 lugares que todo arquiteto deve conhecer e visitar na cidade.
O trabalho do escritório espanhol RCR Arquitectes, que acaba de receber o Prêmio Pritzker 2017, era, até então, pouco difundido no Brasil, restrito sobretudo à Europa e aos círculos acadêmicos. Rafael Aranda, Carme Pigem e Ramon Vilalta mantêm seu escritório na pequena cidade de Olot, na região da Catalunha, há quase 30 anos, onde nasceram e estão construídas a maioria de suas obras. Como salientou o júri do Pritzker, uma de suas maiores qualidades é a de mostrar como os arquitetos podem ter "raízes firmes no local e os braços estendidos para o resto do mundo". Através da seleção de vídeos abaixo, é possível conhecer um pouco mais sobre a obra do escritório, e mais especificamente, apreciar a atmosfera de suas obras construídas.
No início de 2016 a Ministra de Ecologia e Energia da França, Ségolène Royal, anunciou a ideia de pavimentar mil quilômetros de rodovias com painéis solares nos próximos cinco anos.
Trata-se de uma estratégia do governo de promover a energia sustentável e aproveitar esta tecnologia para proporcionar energia a residências ou sistemas de infraestrutura pública, sobretudo em regiões onde a distribuição é mais complexa.
Pierre Chareau foi um arquiteto cuja maior parte dos edifícios foi demolida; um designer de interiores cujos projetos foram todos remodelados; e um cenógrafo cujos filmes você não pode ver. Estas nem são as circunstâncias mais auspiciosas para remontar uma retrospectiva, mas uma exposição ainda em curso no Museu Judaico, projetado por Diller Scofidio + Renfro (DS+R), tenta fazer isso.
Chareau, mais conhecido por seu único edifício ainda de pé, a Maison de Verre em Paris, desafia qualquer classificação ordenada. Sem nenhum tipo de formação arquitetônica, trabalhou brevemente como designer de móveis para uma empresa britânica para então seguir sozinho, criando um corpo idiossincrático de mobiliários, projeto de interiores para o cinema e a vida real e uma série de casas.
No ano passado tive a oportunidade de visitar o Studio Gang, certamente um dos escritórios mais conceituados e inspiradores da atualidade, liderado pela arquiteta Jeanne Gang. Ali pude conversar um pouco com sua equipe sobre o espaço de trabalho, alguns de seus projetos, sobre o futuro da arquitetura, o papel das mulheres nesta profissão e até mesmo sobre as inspirações para o projeto da Embaixada dos Estados Unidos em Brasília.
Inegavelmente, um dos maiores problemas urbanísticos de Campo Grande, são os vazios urbanos existentes em seu território.
Desde os primórdios dos planos diretores, diversas diretrizes tentaram regular a produção do espaço urbano, levando em conta sempre a necessidade de urbanizar os vazios, de sorte a permitir que a mancha urbana fosse contínua. A partir da década de 1970, a cidade recebeu contingentes populacionais em função de sua futura condição de capital de Mato Grosso do Sul em 1979 e, com isso, acelerou-se a urbanização descontrolada e os limites do perímetro foram sendo ampliados e os parcelamentos novos surgindo, disputando espaço com os conjuntos habitacionais públicos e com as ocupações irregulares em curso. Resultado ao fim da década, a cidade teve quase 200 favelas, mais de 10 mil novas casas construídas e uns 120 mil lotes vazios ao fim dos anos 1990.
https://www.archdaily.com.br/br/806692/o-problema-dos-vazios-urbanos-em-campo-grande-angelo-marcos-vieira-de-arrudaÂngelo Marcos Vieira de Arruda
A geografia do Irã consiste em grande parte de um planalto central do deserto, cercado por serras. Devido ao fato do país ser coberto principalmente por terra, areia e rocha, a arquitetura iraniana faz intenso uso de elementos de tijolo ou adobe. A maioria dos edifícios vistos em cidades maiores, como Teerã e Isfahan, são construídos usando métodos de amarração de tijolos similares, como pode ser visto em outras partes do mundo, mas certas construções, normalmente aquelas que datam mais atrás, apresentam incríveis tesouros geométricos. E não pára por aí - antiga arquitetura iraniana muitas vezes apresenta uma camada de azulejos sobre as construções de tijolos que podem criar maravilhas geométricas. A arte de criar complexidade usando elementos incrivelmente simples foi dominada pela arquitetura iraniana. Em um mundo arquitetônico onde a construção se tornou oculta por camadas de gesso e madeira compensada, poderíamos aprender muito com a beleza da geometria estrutural do Irã, onde a pele e a estrutura são (quase sempre) a mesma coisa.
A chegada e a popularização dos automóveis fizeram com que os espaços onde as pessoas caminhavam fossem segregados e colocados nas bordas das vias. Esses locais foram sendo cada vez mais comprimidos, os tempos para atravessar as ruas tornaram-se cada vez menores, até chegarmos aos dias atuais, de total predominância do automóvel sobre o pedestre. Porém, com o rápido aumento do número de pessoas nas grandes cidades e com os níveis de poluição do ar passando dos limites aceitáveis, essa realidade pode estar chegando ao fim. Aos poucos, importantes metrópoles mundiais como Nova York, Londres e São Paulo colocam em prática a chamada pedestrianização.
Se você também se sente sobrecarregado pelas etapas a serem seguidas ao trabalhar em um projeto, talvez se interesse em saber que os chilenos Domingo Sarmiento e Rodrigo Ortiz, membros do Comité de Arquitectos Jóvenes del Colegio de Arquitectos (CAJ), divulgaram um documento que serve de base para as etapas do desenvolvimento desenvolvimento de um projeto.
Desde a etapa de aprovação pelas autoridades até os projetos complementares, o documento, intitulado Desarrollo de un proyecto: pauta base para el desarrollo de un encargo, busca servir de orientação e apoio a todos os arquitetos jovens que estão iniciando seu exercício profissional e procuram compreender os procedimentos do desenvolvimento de um projeto.
https://www.archdaily.com.br/br/806445/como-abordar-um-projeto-de-arquitetura-um-guia-passo-a-passoArchDaily Team
O esforço da capital norueguesa em busca de uma alta qualidade atmosférica originou iniciativas focadas no fomento da mobilidade sustentável, dentre as quais o plano que visa proibir a circulação de automóveis no centro da cidade, previsto para entrar em vigor em 2019.
Com esta mudança no trânsito, a ideia é contribuir com a redução das emissões de poluentes em 50% até 2020, com base nas emissões da cidade em 1990.
ArchDaily continua a parceria com a revista The Architectural Review, trazendo introduções curtas aos temas das edições mensais da publicação. Nesta introdução à edição de dezembro - janeiro 2017 - comemoração do 120° aniversário da revista - a editora Christine Murray discute o legado desta, que vem há mais de um século, sendo uma das revistas de arquitetura mais respeitadas e aguarda, com expectativa, o futuro da publicação. "Olhando para a frente, estamos empenhados em fazer as coisas de maneira diferente - o que, paradoxalmente, é o que sempre fizemos", explica ela.
O arquivo da The Architectural Review é uma grande caixa de curiosidades - uma cacofonia de vozes, estilos, ilustrações e fotografias, ultrajes e encantos, personalidades e tendências, polêmicas, falhas e fetiches. Ao criar esta edição de aniversário, comemorando os 120 anos de crítica, queríamos capturar a diversidade e excentricidade dessa conversa arquitetônica. Como tal, o conteúdo do arquivo é organizado não cronologicamente, mas em temas perenes que ecoaram e evoluíram ao longo das décadas, da tecnologia à educação - forças que moldaram a profissão.
A melhor coisa sobre os modelos do Revit é quanto tempo eles podem fazer você economizar. A pior coisa sobre os modelos do Revit é quanto tempo eles levam para serem criados.
É uma sinuca de bico. Para economizar tempo, você precisa gastar tempo. Não é fácil encontrar esse tempo quando você tem projetos faturáveis para fazer e prazos para atender. Acredite em mim, eu sei.
E quando você terminar o modelo, quantas vezes você precisará revê-lo e atualizá-lo? E se você tem um projeto que é um tipo de edifício completamente novo? Seu modelo ainda funciona para esse tipo de edifício? E se você precisar seguir o padrão BIM de uma outra empresa? Você pode modificar seu modelo para atender as suas necessidades?
Planejamento urbano pode ser uma tarefa difícil dependendo dos elementos envolvidos, como tempo, participantes e tópicos.
Desde 2012, a empresa sueca MethodKit se dedicou em elaborar kits para simplificar as tarefas em diversos campos profissionais, utilizando cartas que definem questões e guiam discussões.
Inicialmente, estes kits foram orientados para o design e tecnologia digital, no entanto, esta ferramenta colaborativa e fácil de utilizar foi logo expandida para a arquitetura e planejamento urbano.
O Departamento de Arquitetura e Urbanismo (DAU) da PUC-Rio lança agora o segundo número da revista PRUMO cujo tema é o Ensino da Arquitetura. O objetivo dessa publicação é reunir reflexões críticas e experiências de pesquisadores, professores e jovens arquitetos que colocam em questão os atuais processos de formação do profissional nos cursos de graduação. Ou seja, esse novo número da PRUMO busca colaborar com o entendimento de como a pluralidade e complexidade do mundo contemporâneo, a ausência de certezas, a polifonia e, até mesmo, o borramento dos campos disciplinares determinaram (ou deveriam determinar) novas práticas de ensino em diferentes escolas de arquitetura.
Por que precisamos de ateliê (“studio”, no original) educacional no Japão? A resposta está na Y-GSA, uma escola de pós-graduação para arquitetos em formação.
Como outros projetos do trio catalão, a biblioteca se destaca por sua materialidade e técnicas construtivas, fazendo intenso uso da transparências e luz.
Após uma primeira série de fotografias que revelava geometrias arquitetônicas de Madri, Joel Filipe compartilhou novamente seu trabalho conosco; desta vez, a série Into the Fog. Nestas fotografias, Filipe apresenta, através de uma camada de neblina, arquiteturas conhecidas do skyline da capital espanhola.
Em fevereiro, a cidade de Xiamen inaugurou a primeira ciclovia elevada da China, que, com seus 8 quilômetros de extensão, se tornou a maior ciclovia elevada do mundo.
A construção da infraestrutura foi impulsionada pelo Governo Municipal de Xiamen com o objetivo de oferecer aos habitantes novas alternativas de deslocamento que não congestionem as ruas nem poluam o ar.